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Pov Catarina:

O Luto pela perda de minha mãe já havia passado, eu tinha que aceitar que essa era a vontade de Deus,
E que ele decidiu levá-la.

Os dias estavam mais ensolarados na Inglaterra, o verão já havia chegado, eu particularmente preferia o verão do que o rigoroso e úmido inverno da Inglaterra.
Arthur gostava de fazer suas refeições ao Ar livre, e alí estávamos nós fazendo nosso desjejum no jardim de Ludlow.  Eu também gostava de fazer minhas refeições ao ar livre e com essa manhã ensolarada, estava sendo perfeito.

--- Eu sei que você gosta do verão.

Ele fala me olhando sorrindo, eu sorrio de volta.

--- Você já sabe muitas coisas sobre mim.

Falo discretamente perto do seu ouvido, eu estava sentada ao seu lado esquerdo.

--- Claro, E eu nesse momento queria estar com você nua em minha cama.

Ele fala em um sossurro em meu ouvido, que só eu podia escutar.
Abro um sorriso tímido, e abaixo meu olhar para minhas mãos que estavam entrelaçadas no meu colo.

Arthur volta a conversar com Richard pole, sobre assuntos de Ludlow. Aparentando estar tudo normal, éramos muito discretos em público não gostamos de ficar com carícias e carinhos em público, algumas pessoas diziam que aparentamos estar infelizes com o casamento, ou que não foi do nosso agrado.

Mas oque elas com certeza não sabiam, era que quando Eu e Arthur estamos sozinhos e longe dos olhos alheios. As coisas entre nós dois mudam e somos bem diferentes um com o outro.

Ao terminar nosso desjejum Arthur se despede de mim e sai para resolver alguns assuntos de Ludlow, e eu vou juntamente com Lina caminhar pelo Jardim.

Caminhamos em silêncio pelo enorme jardim de Ludlow, eu estava perdida em meus pensamentos.

Já iria fazer um ano deste que Eu e Arthur nós casamos, e até agora eu não tinha concebido nenhum filho.

Arthur não se importava em ter herdeiros, ele me falou diversas vezes que tendo eu ao seu lado já era o bastante.
Mesmo eu sabendo que isso era verdade, Isso ainda estava me preocupando.

Se eu não tivesse herdeiros por mais um ano, tenho certeza que Margaret Beaufort a mãe do rei Henrique. Iria questionar a minha fertilidade e iria pedir a anulação do meu casamento com Arthur, alegando minha impossibilidade de dar herdeiros a Arthur, e ao trono da Inglaterra.

Eu não falei com ninguém sobre essa minha preocupação nós últimos dias, mas agora com a morte da Rainha Elizabeth e a mãe do Rei Henrique sendo regente. Eu não duvidava muito que esse tipo de situação pudesse acontecer.

Lady Margaret Pole e Arthur já haviam me avisado quem era Margaret Beaufort a mãe do rei, e pediam que eu tomasse cuidado com ela, pois suas vontades e suas ordens sempre prevalecem.

--- Esta tudo bem infanta?

Lina me pergunta preocupada.

--- Está, eu só estava preocupada só isso.

Eu falo me esforçando para abrir um sorriso, mas Lina não pareceu muito convencida.

--- Oque te preocupa Infanta?

Ela me pergunta preocupada.

--- Você acha que a mãe do rei Henrique, pode pedir a anulação de um casamento alegando infertilidade?

Lina para de caminhar e olha em volta se não haveria ninguém para escutar, oque conversámos.

--- Talvez, já que o Rei Henrique faz todas as vontades da mãe.

Ela me responde, e sinto a minha preocupação ficar dez vezes pior.

--- Por acaso infanta o casamento seria o seu com o príncipe Arthur?

Ela me pergunta preocupada e eu balanço a cabeça em uma resposta silenciosa de sim.

--- Mas eles tem um acordo com a Espanha, se me envergonharem o acordo entre a Inglaterra e a Espanha termina.

Eu falo demostrando segurança, mesmo que por dentro eu esteja insegura e temendo pelo meu casamento.

(...)

Eu estava sentada em frente a lareira, nos meus aposentos. já havia anoitecido na Inglaterra.

Sou tirada dos meus pensamentos por Arthur entrando no quarto, ele me olha como me analisasse tentando procurar o motivo que estava me preocupando.

--- Oque te pertuba Catarina?

Ele me pergunta vindo até mim, com um sorriso doce nos lábios.

--- Não é nada de importante.

Eu falo sorrindo, Arthur então me pega no colo como eu fosse uma noiva, e me leva até a cama.
Ele me coloca na cama com cuidado e depois se senta do meu lado, olho para seus olhos brilhantes. e tudo que eu conseguia ver era amor e sinceridade.

--- Como eu não te conhecesse Catarina Aragão, me fala o que te preocupa.

Ele fala me olhando, eu abro um leve sorriso.

--- Já vamos completar um ano de casados, e até agora não tivemos herdeiros.

Eu falo, Arthur abre um sorriso doce que só tinha pra mim.

--- Já conversamos sobre isso, eu não me importo se temos filhos ou não, contando que você esteja ao meu lado.

Ele fala entrelaçando nossas mãos, eu respiro fundo antes de começar a falar.

--- Mas Sua avó Margaret Beaufort, não vai aceitar se nós não tivermos herdeiros, ela pode pedir uma despensa papal para anulação do nosso casamento, alegando minha infertilidade.

Quando eu termino de falar me arrependo, os olhos antes brilhantes de Arthur agora refletiam tristeza.

--- Ela não vai fazer isso.

Ele fala apertando mais nossas mãos.

--- Você mesmo falou que ela consegue tudo que ela quer, e convenhamos ela não quer o trono da Inglaterra ameaçado pela falta de herdeiros.

Eu falo preocupada, Arthur então acaricia o meu rosto com sua mão esquerda.

--- Ela não vai fazer, por que não vai conseguir logo eu serei o rei da Inglaterra, e você rainha, e eu prometo que irei me certificar que ela não seja uma ameaça para nosso casamento, e o nosso amor.

Ele fala logo depois sorrindo, e eu balanço minha cabeça em uma resposta silenciosa de sim, Arthur então abre um sorriso.

--- Não quero que se preocupe, afinal eu tenho uma surpresa para você.

Ele fala sorrindo.

--- Oque é?

Eu pergunto sorridente, e ele parece gostar da minha felicidade.

--- Vamos começar a plantar legumes aqui na Inglaterra, como na Espanha. e você terá suas Lactua.

Ele fala me olhando e eu o abraço.

lembro do dia em que reclamei que aqui na Inglaterra não havia legumes para comer, como tinham na Espanha. Na Inglaterra era muito difícil encontrar sementes para plantar, então tinham que vim importadas da Espanha, lembro também que falei que queria Lactua, mas ninguém na Inglaterra parecia saber oque era uma Lactua.

Arthur sempre fazia de tudo para que eu ficasse feliz e me sentisse em casa.

--- Obrigado.

Eu falo o olhando, nossos olhos então se encontram.

--- Não tem oque agradecer, sabe que gosto de ver você feliz.

Ele fala e então nos beijamos.
















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