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Pov Catarina:

Os dias pela Inglaterra se passavam nublados, eu caminhava pelos jardins de Westminster junto com Lina.

--- Saudades do verão.

Eu falo enquanto sinto a brisa do vento bater em meus cabelos, Lina dá uma pequena risada.

--- Você sempre fala isso infanta, quando o inverno chega.

Ela fala, enquanto caminhamos.

--- Como está Rosa, você teve notícias dela?

Eu pergunto para Lina.

--- Ela está bem, parece que conheceu outra pessoa e está muito feliz.

Ela fala sorrindo, e eu abro um sorriso em meus lábios. Rosa era a minha dama de companhia mas depois que perdeu seu bebê, ela decidiu voltar para a casa de sua família.

Estavamos caminhando, até que o príncipe Henry vem em nossa direção, ele para em minha frente e faz uma pequena reverência.

--- Vossa graça.

Ele fala me olhando com um sorriso Gentil em seus lábios.
Eu me esforço e tambem abro um leve sorriso em meus lábios, quase imperceptível.

--- Gostaria de me acompanhar para caçar?

Seus olhos atrevidos não escondiam suas segundas intenções para comigo.

--- Me perdoe Príncipe Henry, mas terei que recusar, não me sinto muito disposta hoje.

Eu falo inventando uma mentira qualquer, Lina balança a cabeça concordando.

--- Sim, a Infanta não se sente bem.

Ela fala reforçando minha mentira. Vejo o sorriso em seu rosto se desmanchar.

--- Tudo bem então, mas e outro dia?

Ele fala insistindo,  ah eu já deveria saber,  Henry é o irmão mais novo sempre foi muito mimado, pela avó e consegue tudo com muita facilidade, receber um não era horrível pra ele, ao contrário de Arthur ele era um jovem imaturo.

--- Talvez.

Eu falo, de maneira ríspida. Henry abre um sorriso aborrecido.

--- Até mais tarde princesa espanhola.

Ele fala se retirando juntamente com seu amigo Charlie Brandon.

--- Ele é insistente.

Fala a Lina.

--- É um jovem mimado já era de se esperar.

Eu falo, enquanto eu e Lina voltamos a caminhar pelo Jardim.

Henry me desejava mesmo sabendo que eu era a esposa de seu irmão mais velho, seja como for eu devia ter bastante cautela com Henry Tudor.

(...)

Os dias se passavam lentamente e com o inverno  da Inglaterra, A melhor coisa que me aconteceu foi Lady Margaret Pole ter vindo visitar eu e Arthur. Eu adorava sua companhia, ela era uma verdadeira amiga pra mim.

Sempre me tratou tão bem no Castelo de Ludlow enquanto morávamos lá, ela não ficou por muito tempo por aqui e logo regressou para sua casa.

Mas a surpresa maior foi a morte de Margaret Beaufort, ela morreu em seus aposentos. Admito já esperar por isso afinal ela já era uma velha, ela partiu levando consigo suas regras, e sua regência dominante no trono da Inglaterra.

O velório ocorreu normalmente assim como seu enterro.

Permaneci ao lado de Arthur o tempo inteiro, embora ele não parecesse muito abalado por isso. ainda conseguir ver a tristeza em seus olhos, por estar enterrando a terceira pessoa de sua família.

(...)

Quando a noite chegou eu e Arthur estávamos sozinhos em nossos aposentos, estavamos deitados em nossa cama.

Eu tinha minha cabeça deitada em seu peito, enquanto ele tinha seus braços ao meu redor.

--- Eu percebi o jeito que Henry te olha.

Ele fala, e eu posso sentir o ciúme em sua voz.

--- Ele é um jovem bastante mimado, mas agora com a morte da avó talvez ele mude.

Eu falo secamente.

--- Talvez ele se torne um bispo e eu o mande para uma igreja.

Fala Arthur, e eu dou uma risada ao imaginar a cena de Henry sendo um bispo.

--- Ele me convidou para caçar.

Eu falo me lembrando do ocorrido, Arthur olha nos meus olhos azuis com suas sombrancelhas franzidas,
eu dou uma breve risada ao perceber seu ciúmes.

--- Eu não aceitei é claro, eu já sei de suas intenções comigo e não permitir isso.

Eu falo e me sento na cama ficando de frente com Arthur.

--- Não precisa ter ciúmes,
sabe que eu nunca te trocaria por ninguém.

Arthur desvia os seus olhos de mim.

--- Eu não estou com ciúmes.

Ele fala.

--- Está.

Eu falo, em um tom divertido, Arthur então solta um suspiro e em seguida abre o sorriso que só tinha pra mim e me olha nos olhos.

--- Está bom, eu fiquei com um pouco de ciúmes.

Ele fala, Com sinceridade.
e nossos olhos se encontram, e eu me perco nos seus olhos brilhantes, abro um breve sorriso e abaixo o meu olhar.

Não consigo imaginar uma vida aonde Arthur tivesse morrido naquele dia, lembro do medo que sentir. Da maneira em que juntamos nossas mãos, quando pensei que fosse seus últimos minutos de vida.

Arthur se aproxima de mim, e Faz um afago em meu rosto com sua mão esquerda, tirando qualquer resquício de lembranças ruins que estavam rondando em minha mente, naquele momento.

--- Não consigo imaginar uma vida, sem você.

Ele fala com sua doce voz, coloco minha mão por cima da sua que estava Sobre meu rosto, e acaricio.

--- E eu também não consigo imaginar uma vida, aonde não tivesse você.

Eu falo, abrindo um sorriso em meus lábios.















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