in all my lifes, it's you

adore you (parte dois)

continuação | 1,8k

Harry volta, e a carta em
forma de barquinho que Louis
lhe deu ainda está em sua mala.

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vocês aparentemente gostaram mesmo de Adore You, então não demorei muito pra trazer a última parte.
inclusive, uso esse recado pra dizer que as AU's já estão vindo. teremos marvel; hogwarts; mitologia grega ou só fantasia aleatória mesmo.
futuramente, também, uma coletânea igual à essa, mas com músicas brasileiras e em estados br's.
enfim, aproveitem.

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— Haz, sei que você chegou de viagem ontem à noite, sei que dormiu mal pelo jetlag e que são duas da tarde, mas me faria um grande favor?

Styles resmungou em sua cama, rolando emburrado sobre ela, mantendo o celular na orelha para ouvir a voz pidona de Niall.

— O que aconteceu?

— Nossa revista vai dar uma festa em parceria com algumas gravadoras e nossa colega novata que ia te substituir ficou doente, desmarcou hoje de manhã. É sua área, a empresa precisa de você lá. — Horan explicou com pesar.

Harry bufou. — Não estou no clima para eventos, Ni, quero ficar na minha cama e chorar toda água do meu cérebro.

A verdade é que ele já não tinha o que chorar. Chorou na vinda de avião, no aeroporto de Londres ao ver um casal se abraçando, no Uber para casa, porque no rádio tocou uma música que William adorava, chorou quando chegou em seu apartamento e ele não tinha o cheiro do menor.

Dormiu na primeira meia hora de Mamma Mia! e acordou com a ligação de Niall.

— Talvez uma festa te distraia um pouco disso que te magoou lá na Grécia, achei que seu mês lá tivesse sido bom. — Niall soou chateado.

— Foi o melhor mês da minha vida. — Disse firme, a voz soando embargada entretanto, fechou os olhos para as lembranças dos olhos azuis e risada alta. — Enfim, não posso escapar dessa afinal. Te vejo à noite.

Desligou o celular assim que Niall se despediu, desejando melhoras e pedindo desculpas. Não era culpa dele, então Harry disse que o amava e quando ouviu de volta, sorriu.

Olhou para seu teto branco, ignorando seu notebook ao lado, implorando para ser usado. Procure por ele, dizia. Harry não queria fazê-lo, estava apavorado.

Louis William Tomlinson.

William.

Harry poderia apostar todas suas fichas que aquele desconhecido de Ícara era o grande da sua vida. Ele sabia seu nome, sabia que era britânico, mas tinha medo. Medo que William morasse longe, que mentiu para ele e era casado com três filhos, que o enganou e era um político conservador enrustido que o usou em uma ilha deserta. Tinha medo de que William não fosse nada do que mostrou ser. Harry não queria sair ferido, Harry queria manter essa lembrança boa e inesquecível intacta para sempre. Queria manter Edward e William vivos para sempre.

Saiu da sua cama e foi até uma das malas que ainda estavam feitas, tirando de lá o barquinho de papel com a carta de William.

"Me encontre."

Analisou a letra do outro, lembrou de sua voz em francês, de suas tatuagens. Brijou o papel e o colocou em sua cômoda.

Dormiu por mais algumas horas, acordou quando a noite estava começando. Tomou banho, colocou um conjunto vermelho platinado com rosas pretas e uma camisa de botões também preta, coturnos de vinil e ajeitou seu topete.