Evan Castelhano
Em um beco escuro e mal iluminado estava eu caçando um traidor, ele não irá conseguir fugir desta vez. As ruas eram tão desniveladas que o fez tropeçar e cair no chão, descuido perfeito para acabar com os miolos dele.
— Eu j-juro que nunca contei nada à eles, Senhor Castelhano. Sempre fui fiel ao senhor.
— Até que mente bem, juii. — ele se ajoelhou perante mim e coloquei a arma na cabeça dele.
— Se me desse mais dinheiro talvez não teria entregado as rotas de contrabando.
Quando terminei de fazê-lo percebi alguém nas sombras, a pessoa notou que eu percebi a presença dela e iniciou-se uma grande caça de gato ao rato incansável.
— O que está fazendo aqui? — pergunto após conseguir parar a moça, que por sinal era Hannah.
— Por que matou um homem, Evan? — ela disse tentando se desvencilhar de mim porém eu a impedi.
— Não Deveria estar aqui.
— Você não deveria ter matado alguém, Evan!
— Fale baixo, Hannah!
— Me solte, Evan! Precisamos chamar por socorro, por uma ambulância.
— Ele morreu porque era traidor. É isso que traidores merecem, Hannah. Não há o que ser feito.
— Quero que me solte agora e nunca mais volte a me procurar.
— Eu não posso.
— Apenas me solte, Evan.
— Precisa engolir isso. — coloquei uma pílula entre os seus lábios.
— Evan não faz isso comigo, você disse que gostava de mim! — os olhos dela estavam lacrimejando. Eu odiava que isso estava acontecendo dessa maneira... Ela pegou as pílulas entre os dentes e a lançou no chão. Por mais que tentasse eu nunca ficaria com raiva dela; a adormeci com um sonífero, não poderia correr o risco de ser entregue às autoridades.
Como explicar que teve uma testemunha e eu não a matei? Esse é o erro mais básico que alguém pode cometer.
— Ajam com descrição.A levem ao quarto D2. — eu dei ordem para alguns empregados de confiança. Acendi um charuto e peguei um copo de vinho.
— Posso perguntar por quê a mulher está desacordada? Senhor Castelhano... O senhor nunca fez algo do tipo.
— Não é o que está pensando. Eu não fiz mal à ela e nem vou fazer.
— Por que essa moça desconhecida está aqui desacordada?
— Não. Eu não a sequestrei se é isso que está pensando. Não faça mais perguntas, Valéria. Apenas não a deixe sair daquele quarto e cuide dela, partiremos amanhã pela madrugada.— me sentei e dissimulei uma tranquilidade. A adrenalina estava muito alta e eu deveria cuidar mélitricamente meus passos a seguir.
— Tudo bem...
Teria que voltar à Itália o quanto antes, desejava ir com Hannah mas não nessas circunstâncias. Não queria ter de levá-la a força mas não tinha opções. Não poderia matá-la e não poderia deixá-la ir correr o risco dela me entregar à polícia. E o meu fascinio por ela só aumentou e não poderia ter sido assim. a era uma testemunha ocular, eu vi nos olhos dela que iria me entregar. Eu me livrei de tudo mas por puro desespero, pus tudo a perder.
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A VIDA É BOA COM VOCÊ
ChickLitHannah é uma florista humilde da cidade mais reclusa do Brasil. Seus dias cinzentos e nublados tomam mais cor quando um misterioso homem italiano começa a frequentar a floricultura onde trabalha. Evan Castelhano, sem pretensão nenhuma, decide vir pr...