— Oi, Mãe [...] Sim, estamos aqui ainda [...] Obrigado, sim vai dar cinco horas aqui.[...] — uma pausa imensa — Amo você, mãe.— ele desligou o celular e me devolveu.

— Certo.— disse por fim.

— Certo? O está certo, Hannah?

— Você é muito lindo.

— Não, não está nada certo.

— Melhores amigos com benefícios. Ou seja Amizade colorida, vai por mim!

— Vamos ter uma filha, Hannah. Isso não seria saudável pra ela.

— Para de colocar uma criança no meio pra impor suas vontades.

— Eu faço isso porque se eu dizer os meus motivos você não se dará o trabalho de ouvir.

— Qual a necessidade de rotular? Quase ninguém assume relacionamento hoje em dia.

— Eu quero assumir, você soube disso desde o elevador continuou porquê quis.

— Não seja grosseiro comigo...Assim é tão tranquilo... Sem crise, sem voltar atrás.

— Eu quero viajar com você, Hannah. Quero te buscar na faculdade, quero ouvir você dizer que é a minha esposa e o  quero  que  diga  pra  suas amigas o quanto sou desconfiado.

— Viajar pra onde, meu amor? Eu quero ficar no Brasil. Quando você tiver um tempo, você vem pro Brasil e nós ficamos esporadicamente.

— Hannah — disse segurando minha mão — O que preciso fazer para que seu coração bata mais forte?

— Deveria fazer uma limpeza de pele.

— Eu quero dormir com você todos os dias, não em períodos intermitentes... Você sabe que só faz isso quem tem alguma coisa a esconder.

— Ou não quer nada sério. Se eu tivesse algo a esconder, não faria questão de me explicar pra ti.

— Você me ama mas não o suficiente pra me namorar?

— Não é isso, eu só quero um pouco de paz.

— Você terá paz, Hannah, eu não vou caçar confusão. Vou ser de boa.

— Você é engraçado.

— Eu faço todo o papel de namorado pra você. Conversamos o dia todo, eu ja fui em alguns almoço com a sua família. Todo mundo achando que eu era seu namorado e você não negava e nem me assumia. Decida o que você quer, eu não posso fazer o papel de namorado e não ser.

— Eu apenas pensei que fosse legal você ir comer aos domingos comigo... Alan também vai e não fica questionando, não pensei que fosse tomar essa proporção.

— Você me ama ?

— Sim, Evan, eu amo você.— afirmei — Vou ir ao banheiro porquê não posso segurar xixi.— fui ao banheiro rapidamente.

— Mas não ao ponto de voltar comigo.

— Você iria agradar a sua avó se ficássemos no off... Já que valoriza tanto a família.

— Agradar a minha avó?

— É, sua família tem isso. Eu não estou no padrão, Evan.

— Que padrão? Não existe um padrão.

— Falou o cara branco, alto e cheio de privilégios.

— Quais privilégios que eu gozo e você não?

— Você já deve ter ouvido pelo menos uma piadinha sobre mim... Não é em relação a beleza mas com ser da América Latina, brasileira e uma mulher negra.

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