Evan Castelhano
A situação era tão problemática que eu não conseguia raciocinar direito. Hannah levou um tiro. Eu matei a mulher que estava efetuando os disparos, ela queria me matar mas sabia que me atingiria caso machucasse Hannah.
Eu não sabia qual era o hospital que Hannah estava mas eu tinha que depor e só assim eu teria notícias dela. Fui proibido de me aproximar de Hannah, nem ligar eu poderia. Fui convocado a depor pela segunda vez.
— Até o exame de Hannah ficar pronta apreenderemos sua arma.
— Vocês estão com a arma há quase duas semanas.
— Sabemos que ela fora registrada, Você tem licença mas não pode atirar na própria namorada.
— Eu não atirei nela.
— Vocês tiveram uma briga antes de sair.
— Nos reconciliamos quarenta minutos depois.
— Mas você ameaçou deixá-la.
— Foi uma briga sem importância.
— Você pensou que ela havia traído você.
— Eu estava blefando, só fiquei confuso.
— Você achou que ela tinha um caso com o sargento Duarte.
— Da onde vocês tiram essas informações?
— Você sabe que é verdade, coletamos informações e conversamos com a vizinhança. Não é tão difícil entender... Hannah está grávida de cinco meses, o amante a engravidou e você está se sentindo traído... É compreensível.
— Eu não tentei matá-la... Hannah sabe que eu não faria isso por mais irritado que eu esteja eu nunca a ameacei de morte.
— O que é o mínimo.
— Estou aqui por quê acham que eu atirei nela? Não porquê eu atirei em outra pessoa?
— Homicídio e tentativa de homicídio, tem direito a um advogado.
— Por que eu mataria minha noiva?
— Ciúmes. Crime passional.
— Não. Pergunte a ela e Hannah te dirá o que aconteceu.
— Ela te defenderá, é assim que agem as vítimas de agressão física.
— Eu não bato nela!
— Você me parece agressivo.
— Por quê, delegado? — me levantei e olhei nos olhos dele, a diferença de altura entre nós era gritante.
— Sente-se.
— Estou sendo injustiçado, que droga de país é esse? Vocês não são capazes de fazer uma investigação útil?
— Sente-se.— disse, me sentei a contragosto.— Pra um imigrante italiano você até que fala português bem.
— Devo me sentir grato?
— Não, porquê não foi um elogio foi uma observação.
— Sim, eu não atirei na mãe da minha filha.
— Você nem acredita que a criança seja sua.
— Isso não tem nada a ver, eu não atiraria nela.
— Atiraria, sim. Um agente nosso nos deixou a par sobre como você a tratava
— Pablo Caster? — Disse sorrindo — Não me surpreende que ele esteja envolvido, Hannah sempre teve a liberdade de sair ou ficar no relacionamento. A culpa não é minha se vocês acreditam em qualquer um.
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A VIDA É BOA COM VOCÊ
ChickLitHannah é uma florista humilde da cidade mais reclusa do Brasil. Seus dias cinzentos e nublados tomam mais cor quando um misterioso homem italiano começa a frequentar a floricultura onde trabalha. Evan Castelhano, sem pretensão nenhuma, decide vir pr...