Evan Castelhano
— Muito Obrigada, Evan. — minha mãe disse porém fingi que não a escutei — Por falar que está casado e que por isso não deveria trazê-la aqui. Você deveria ter me dito, ela deve me odiar agora.
— Hannah nunca odiou ninguém, mãe. — observei, olhando para Hannah.
— E se ela começar? Diga que não foi por mal e para me desculpar...
— Eu bem lhe avisei, mãe. Eu disse que não queria visitas muito menos dela.
— Se não parecesse morto por meses e reaparecesse quando bem entendesse poderia ter evitado essa situação.— dei uma tragada no cigarro — Ela parece bem madura apesar de parecer jovem... Ela não tem ciúmes, não é?
— Não, acho que não.
— Como ela se chama?
— Hannah. Ela se chama Hannah.
— Já que a trouxe para morar com você presumo que seja permanente.
— Esse é o plano inicial de qualquer casal não quer dizer que irá vingar.
— Quanto pessimismo, menino.
Hannah estava em algum lugar com Valéria e Paola, e minha mãe como sempre veio esclarecer as coisas comigo. Tinha dado um celular para Hannah. Confio nela, estou tentando confiar.
Não me importou a forma grosseira em que minha mãe se dirigiu a mim por não contar absolutamente nada, já era típico dela.
— E essa moça, é da onde? Eu nunca a vi em lugar algum. E olha que Nápoles não é tão grande.
— Ela não é daqui de Nápoles.
— Eu percebi, o tom de pele dela é mais dourado.
— Sim.
— Parece que da onde ela vem faz sol o tempo inteiro.
— Com ela meu tempo é assim também.
— Então se Hannah não fala Italiano, ela veio de outro país?
— Sim.
— É racista se eu arriscar que ela veio da África?
— Sim e África é um continente, muito rico por sinal... Culturalmente falando.
— De onde ela vem?— ela perguntou outro vez — De uma região tropical como Havaí?
— Sim, como o Havaí.
— Mas não é o Havaí... Se fosse você não diria.
— Você as viu? — pergunto à minha mãe, uma vez que eles não estavam andando no jardim como estavam há algumas horas atrás. O medo de ela ter fugido me passa pela cabeça... Mas ela não faria isso, né? Ela gosta de mim, ela disse que tentaria outra vez mas não agora. Por que agora? — Preciso ir. — disse, perguntei a alguns funcionários se a tinham visto porém ninguém não sabia dizer.
Hannah não tinha ficado louca ainda. Ela não se aproveitaria de uma distração minha e iria embora. Claro que não, ela não teria a audácia!
— Elas sumiram mesmo. — minha mãe disse — Vamos esperar que elas voltem.
— Sim, sim.— disse olhando o portão se abrindo, ela e Paola chegando sorrindo. Suspirei tentando acalmar os meus ânimos.
— Já chegaram! Não pensei que elas ficariam próximas.
— Não Deveria ter convidado Paola.
— Não sabia que tinha uma namorada.
— Oi, Evan. — Hannah beijou minha bochecha depois de ter cumprimentado minha mãe.
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A VIDA É BOA COM VOCÊ
ChickLitHannah é uma florista humilde da cidade mais reclusa do Brasil. Seus dias cinzentos e nublados tomam mais cor quando um misterioso homem italiano começa a frequentar a floricultura onde trabalha. Evan Castelhano, sem pretensão nenhuma, decide vir pr...