— Não toque em mim.— disse após Evan tentar colocar o aparelho em mim, ele dizia alguma coisa porém eu não conseguia entender. Tudo levava a crer que ele não me entregou o aparelho antes por descuido — Evan. Pare! Não quero colocar isso e não vou.

Eu havia tentado fugir algumas vezes mas em todas elas fui pega, infelizmente. Evan não brigou comigo e continuou a fingir que tudo estava normal.

Ele deixou o aparelho na estante e saiu, consegui perceber que ele bateu forte pois o aparelho vibrou com a estralo.

O coloquei quando  Valéria adentrou o quarto.

— Está deixando o patrão irritado, Hannah.— Valéria sempre dizia isso.

— Ele se irrita porquê quer, Val.

— Sabe bem que não é verdade, Hannah.— suspirei e continuei a desenhar — São lindos.

— Obrigada.

— Tem certeza que vai continuar a brigar? Já vimos que ele vai fazer o que quiser, por quê não usar isso ao seu favor?

— Eu pensava que ele fosse alguém diferente.

— Melhor lidar com o que tem agora. O patrão não é alguém tão horrível.

— Claro que não.

— Você ainda gosta dele. Você me contou do dia que se conheceram e como se sentiu especial, Hannah.

— Tem coisas mais importantes que isso, Val! Ele não me consultou apenas decidiu vir para cá e ninguém diz onde estou!

— Lembra que me disse que queria treinar ballet? Você só precisa pedir para ele contratar alguém para instalar a barra.

— Não quero falar com ele mais.

— Deixa de birra, menina.

No outro dia despertei antes do dispositivo começar a tocar quando sai do quarto sozinha, vi Evan beijando uma outra mulher. Uma mulher ruiva. Pernas longas e muito atraente assim que eles entraram na sala segui em direção ao corredor.

— Olá, Hannah. Outra vez isso?

— Ah, não. Estou procurando a cozinha.

— Sabe bem que o patrão não gosta que você ande só pela casa e poderia ter pedido à Valeria.

— Vai me deixar passar? Castelhano nem vai perceber.

— Você o viu?

— Ele está ocupado. Bem ocupado.

— Você tem 5 minutos.

Fui pega. Detenta e sem crédito com nenhum empregado da casa.

— Sabe o que Castelhano faz com vadias que fogem? — um homem com a feição demoníaca me perguntou, ele puxou meu cabelo — Me diz! Negrinha que o chefe se encantou.

— Você deve saber — disse e apertou meu braço ainda mais forte.

— Não seja insolente — me deu um tapa no rosto.

— Qual o seu nome?

— Leon, sua putinha.

— A putinha está terrivelmente triste.

— Deve estar mesmo. — me chutou.Fui levada agressivamente até o meu quarto, a sala de Evan continuava fechada.

Valéria me ajudou a cuidar dos ferimentos eram pequenas escoriações mas eram doloridas. Me aconselhou a não provocar outra agressão e que Evan ficaria irritado comigo.

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