— Não vou fazer teste de DNA.

— Hannah.

— Eu comecei a ir na ginecologista só depois de você.

— O que tem a ver?

— Não quero fazer nenhum exame, se você não quiser fazer parte da vida da minha nenêm, tudo bem, mas não vou me submeter e nem submeter minha bebê a isso.

— É uma menina? — assenti — O que custa, Hannah?

— Se me pedir um teste mais um vez, vamos viver em um inferno por ter duvidado. Eu não vou fazer.

— Depois não posso duvidar.— disse inconformado — É só um teste intrauterino, indolor e...

— Humilhante... E caro.

— Eu pago.

— Eu não quero.

— E se eu pagar tudo mesmo se não for meu?

— É seu. Eu não tenho dúvidas.

— Vou acreditar em você...

— Humilhante, viu?

Passamos a tarde juntos, dei um gelo nele. Evan foi muito babaca essas últimas horas. Como ele podia duvidar de mim? Eu não sou inocente mas ele que tirou minha virgindade. Não é certo.

— Preciso de ajuda. — anunciei.

— Limpar o quarto?

— Não, preciso que você escove essas laces.

— Como faço isso? — perguntou pegando a escova — Normal? — ele escovou com cuidado a lace de cor rosa bebê lisa — Não lembro de você usando essa.

— Eu comprei essa há dois dias.— disse passando o óleo específico em outra lace — É bonita, não é?

— Pra que tanto cabelo, Hannah?

— Por que não ter tanto cabelo?

— É pra ter um diferente a cada dia?

— Eu gosto de ver você surpreso.

— Realmente fico impressionado.

— Eu vou pedir algo pra comer, quer algo?

— O que você pedir tá valendo.

— Ok, vou pegar o número. Já volto.

Assim que pedi dois x-saladas, vi que Evan estava ao telefone. Decidi escutar um pouco.

— Não... Eu vou voltar pra Itália hoje mas só vou chegar amanhã. — havia prosseguido com as aulas de italiano — Está tudo bem, Hannah precisava voltar ao Brasil mas voltaremos em breve... Peça desculpas à Vivian por  mim [...] Claro, sem dúvidas. Hannah estará ela. [...] É só impressão, mãe. Hannah não tem o que falar se não sabe falar italiano [...] Sim, está aprendendo.[...] Ela gosta da senhora, sim. [...] Duvido, ela não faria isso. Te amo. — ele desligou e já engatou outra ligação.

“ Sim, senhor Jensen. Uma emergência familiar [...] Sim, minha noiva está grávida.[...] Eu sinto muito mas não posso ajudá-lo estou de licença [...] Ela está bem, obrigado por perguntar [...] Não posso deixá-la nem por 15 minutinhos, não. [...] Sim, que pena.[...] Quando voltar eu farei uma consulta Premium com o senhor, minha família precisa de mim agora. [...] Eu sei que pode esperar. [...] Tchau, boa sorte.

— Terminei.— ele falou mais alto e eu fui em sua direção.

— Obrigada. — disse. Eu tinha um negocinho pra dizer a ele. Esperava que ele fosse compreensivo.— Vou colocar aquele espartilho.

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