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E

stou sentada em um banco em baixo de uma árvore, já não sei a quanto tempo olhando para o nada, depois que saí de mais uma entrevista de emprego frustrada, comecei a andar sem destino, acabei debaixo dessa árvore pensando o que vou fazer agora.

Minha cabeça começou a doer, e minha barriga começa a roncar de fome, não posso nem pensar em comprar algo para comer.

— É melhor eu ir pra casa. — Murmuro para mim mesma.

Olho que horas são no celular, e me obrigo a levantar para ir para casa, o sol está quente, mas tem umas nuvens escuras formando no céu, com certeza vai chover mais tarde.

Começo a andar nas ruas movimentadas, e acabo trombando em alguém. Quando levanto meu olhar para me desculpar, percebo que é a secretária do Senhor Urrea.
Ela sorri para mim eu retribuo o sorriso com gentileza.

— Shivani  né?

— Isso mesmo. — Sorri.

— E você Sina . Certo?

— Sim, me desculpe pela trombada, minha mente estava em outro lugar.

— Não precisa se desculpar. — Ela sorri meigamente.

Vou me despedir dela para ir embora, mas ela fala comigo primeiro.

— Nem te vi saindo do escritório.

— Sua mesa estava vazia quando fui embora.

— O chefe tinha pedido para eu ir buscar seu café. — Shivani  revira os olhos.

Fico surpresa por ela dizer "pedido" e não "ordenado". Ela percebe que fiquei surpresa e logo fala.

— Ele não é sempre tão rabugento como parece.

— Fico surpresa com isso.

Ela sorri e coloca uma mexa do cabelo que está solto atrás da orelha.

— Percebi que vocês dois não se deram muito bem.

— Posso dizer com toda certeza, que ele não foi com minha cara. E nem eu com a dele.

Dou uma gargalhada da sua cara de surpresa, e por um segundo esqueci a bagunça que está minha vida. Aos poucos o sorriso morre no meu rosto.

— Estou indo almoçar Sin, gostaria de ir comigo?

— Agradeço o convite, mas não posso me dar ao luxo de gastar o resto de dinheiro que me sobra.

Sorrio triste, porque não me lembro qual foi a última vez em que saí para comer em algum restaurante. Ela me olha com pena, e aquilo me deixa desconfortável, ela percebe e logo muda de assunto.

— Eu te chamaria para ir por minha conta, mas acho que você é daquelas pessoas orgulhosas, estou certa? —Me dá um olhar apreensivo.

Dou uma gargalhada escandalosa, que as pessoas em volta olham para nós.

Uma babá irresistível || ᵇᵉᵃᵘⁿᵉʳᵗ Onde histórias criam vida. Descubra agora