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EREN's POV

Ousado? Às vezes. Mas só quando eu tenho certeza de que sou desejado na mesma intensidade. O bilhete pra Atena, foi uma forma descontraída de dizer que eu estou louco pra repetir tudo o que nós fizemos — naquela noite em Bahamas. Eu me lembro de ouvir ela dizendo "devagar, Eren" com a voz embargada pelo choro, e depois de cinco minutos ela deixou escapar um "mais rápido, Eren, sim, mais fundo", com uma dificuldade enorme de formar uma simples frase.

Contraditória.

Com certeza ela era virgem. E foi um prazer corromper aquele lindo rosto angelical, aquela alma tão doce. É uma pena que ela não tenha mais a inocência de antes. Me pergunto se ela tem uma vida sexualmente ativa, e chego à conclusão que não.

Se tivesse, não teria me encarado com aqueles olhos a aula inteira, e muito menos cruzado as pernas como uma forma de alívio pessoal.

Como se estivesse sentindo falta da sensação de ter alguém a fodendo por trás. Admito, eu gostaria de ser o motivo dessa saudade.

Apesar de ter perdido a pureza, agora percebo que ela vive uma vida calma; uma vida de erros restritos. Atena parece ser a melhor aluna da classe, mas eu sei que, há três anos atrás, ela já foi a pior.

Ela costumava viver uma vida às cegas, e foi por esse motivo que o destino nos juntou. Eu nunca deixei de viver minha vida às cegas.

Você atrai o que transmite.

— Atende lá, Ren. — ouço Armin dizer, e só então percebo que estávamos esperando alguns amigos pra beber num bar qualquer da cidade.

Eu concordo com a cabeça e levanto do sofá da minha sala, indo atender a campainha. Quando abro a porta, encontro metade dos meus amigos. Reiner, Mikasa, Jean e Connie. Nós nos encontramos, praticamente, todos os dias.

— Querem entrar? — pergunto, sorrindo.

— Que mané entrar, vamos beber! Tô doido pra encher a cara com vocês. — Connie exclama, arrancando risadas de todos nós.

— Odeio concordar com o desmiolado, mas eu também estava sentindo falta de um rolê no bar com vocês. — Reiner coça a nuca, recebendo um tapa do Connie.

— Só uma pergunta... — Jean começa. — Quem vai cuidar da Mikasa quando ela estiver dando PT no banheiro do bar? — provoca a morena, que revira os olhos rindo.

— Bem engraçado você dizer isso, Kirstein... — cruza os braços, o encarando. — Já que fomos nós que cuidamos de você na última vez que você passou mal. — debocha, sorrindo de lado.

— Jean, admite de uma vez que você quer ser a pessoa que vai cuidar da Mikasa hoje. — falo sem rodeios, fazendo todos rirem, menos ele.

— Vai se foder, Yeager. — revira os olhos.

Só percebo que meu melhor amigo chegou, quando sinto a mão do Armin no meu ombro. Ele cumprimenta a galera e eu tranco a porta de casa.

Pego a chave do meu carro e jogo na direção do Arlert, indicando que eu quero que ele dirija hoje, porque, cá entre nós, estou com preguiça. E ele é a única pessoa que eu confio a minha própria vida e a minha BMW preta.

SELF CONTROL » eren Onde histórias criam vida. Descubra agora