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EREN's POV

Não sei quando e nem como. Mas tenho a impressão de que estou sendo completamente manipulado por ela. Pela Atena. Involuntariamente — eu sei que ela jamais tentaria manipular uma pessoa como eu. Então por que caralhos estou seguindo suas regras como um cachorro de estimação, Atena?

Simples. Porque você me tem. Desde a noite em que você não parava de me encarar enquanto eu e o Armin curtíamos a festa. Desde o dia em que meus pais te elogiaram durante o café da manhã do hotel, e você mal sabe disso.

Eu gostaria de não ter gostado tanto de você. Mas quem pode me culpar? Você anda por aí como se fosse a única mulher existente no meu mundo e eu te culpo por isso. Eu te culpo, também, por ser a única pessoa que tem a inteligência de conseguir me confundir.

Por ter vivenciado diversas situações, eu não sou uma pessoa fácil de ser enganada. Sei claramente ver as intenções de qualquer pessoa.

Mas, de novo, tem você.

Atena Carter. Nunca sei quais são as suas verdadeiras intenções. E, sendo sincero? Estou pouco me fodendo. Eu deixaria você me usar — afinal, já fui muito usado por pessoas piores.

É quase como se você fosse merecedora de me ter na palma das mãos. Quase.

Chegou o bonito! — Connie grita ao me ver se aproximando deles. — Nos conte os detalhes. — pede, sorrindo malicioso.

— Detalhes? — debocho. — Do quê? Não fizemos nada. — solto uma risada levemente decepcionada.

O sorriso do Connie diminui.

— Ah, qual é! — reclama. — Eu estava torcendo por vocês. — toma um gole da cerveja.

— Espera aí, deixa eu ver se entendi direito. — Mikasa diz, me encarando. — Você subiu com uma garota e não comeu ela?! Estou chocada. — debocha da minha cara e eles riem.

— Viu? — sorrio de lado. — Sou um novo homem! — brinco, sentando no chão e encostando as costas no sofá.

Eles me olham com desconfiança e continuam conversando entre si. Eu solto um suspiro pesado e olho pro Reiner, que ainda está dormindo. Geralmente, eu costumo olhar pra ele só quando preciso de algo. E quando eu digo algo, estou me referindo à drogas.

Não é como se eu conseguisse controlar minha vontade, então eu levanto e vou até o sofá onde ele está. Dou um tapa leve em seu rosto, ele logo acorda um pouco assustado.

Aponto pra cozinha com o olhar, e ele entende rapidamente as minhas intenções.

— Eu nunca nego uma sessão com você, mas eu deveria fazer você ir sozinho. Tô cansado, cara. — Reiner boceja, dando um soco no meu braço enquanto levanta do sofá.

— Você me deve isso. — respondo, enquanto andamos até a cozinha.

— Só porque eu peguei a sua foda da noite? — pergunta, rindo baixo. — Pode ficar com ela. — diz, dando de ombros.

Ligo a luz da cozinha e encosto a porta, nos separando do barulho da sala. Eu e Reiner fazemos isso escondido por motivos óbvios. Mas o principal deles, é que nossos amigos já nos pegaram usando drogas, e nós prometemos não usar mais.

Uma doce mentira.

Cara, ela não é a minha foda da noite. — franzo o cenho, enquanto me encosto no balcão, esperando ele tirar o conteúdo do bolso. — Mas bem que eu queria... — seguro uma risada, diferente do Reiner.

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