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ATENA's POV

Eu peço licença pra entrar na casa do Connie. É uma casa comum, porém muito organizada. Eu também percebo a presença de uma moça de meia-idade sentada no sofá, fazendo crochê. Ela nos lança um olhar carinhoso e eu retribuo na mesma intensidade.

— Boa noite, crianças. Podem ficar à vontade. — ela diz, e os integrantes do meu grupo começam a agradecer.

— Mãe, vamos fazer um seminário lá no meu quarto, qualquer coisa você me chama. — Connie avisa, acariciando o ombro da mais velha, que retribui o carinho e concorda com a cabeça.

Connie nos guia até o quarto dele, que fica no andar de cima. Nós sentamos no chão, enquanto ele fecha a porta do quarto. Estamos numa roda, e eu estou no meio da Annie e do Galliard.

— Bom, eu pensei em fazermos sobre Farmacologia, o que vocês acham? — Galliard sugere, olhando a reação de cada um.

Eu lembro do Eren, e isso me faz concordar com a cabeça involuntariamente. Afinal, esse tema está fresco na minha cabeça.

— Beleza! Vou pegar meu notebook pra gente fazer os slides. — Connie diz, levantando do chão para pegar o aparelho eletrônico na escrivaninha.

— Eu odeio fazer slide, não entendo de tecnologia. Vou fazer um resumo de alguns tópicos, pode ser? — Annie pergunta e o Galliard ri fraco.

— Claro. — sorri. — Você e a Tena podem fazer os resumos e eu e o Connie fazemos os slides. — ele sugere.

— Ótimo. — sorrio fraco, pegando uma folha do meu caderno e entregando pra Annie.

Eu arranco outra folha do meu caderno e começo a escrever o que aprendi há poucos dias atrás. Todos parecem focados e isso é engraçado, visto que nós não somos alunos exemplares.

— Connie, a sua mãe é um amor. — murmuro com um sorriso ao lembrar dela, enquanto continuo escrevendo.

— Ela é, né? Eu cuido dela porque ela tem uns problemas de saúde. — Connie sorri triste. — Quando estou ocupado demais, eu chamo o Reiner ou o Eren pra cuidar dela. — eu engulo em seco. — Ela não pode ficar sozinha em casa, entende? É perigoso. — explica, e eu concordo, não querendo ser intrometida demais.

— De quem ela gosta mais? — Annie pergunta e me olha de relance, claramente me zoando.

— Do Reiner, ele é insuportavelmente paciente e generoso. — Connie responde, sorrindo ao lembrar do amigo. — Tem dias que ela chama ele pra assistir um filme ou cozinhar com ela. — isso me faz sorrir mais do que o normal. — Teve um dia que eu cheguei em casa e o Reiner estava saindo da cozinha com uma torta de blueberry na mão, e um pano de prato no ombro. Minha mãe estava sentada na mesa, só esperando pra comer. Foi a cena mais aleatória da minha vida, eu amei. — nós rimos.

— Então quer dizer que ele também é cozinheiro nas horas vagas? — pergunto com humor, Annie sorri maliciosa.

— Aham, por que? Tá interessada? — Connie sorri ladino e mexe as sobrancelhas, me fazendo rir enquanto nego com a cabeça. — Não querendo te iludir, mas minha mãe comentou sobre o Reiner vir aqui hoje. Ela disse que estava com vontade de comer brownie de Nutella, e que ele disse que só ia conseguir cozinhar pra ela agora à noite. — eu abro a boca em surpresa, sorrindo.

— Até eu me iludi! — Galliard zoa, arrancando gargalhadas da gente. — Acho que vou esperar o Reiner chegar, fiquei com fome. — ele coça a nuca, mexendo no notebook do Connie.

— Eu também, óbvio. — Annie sorri animada.

— Eu acho que vou embora antes, tenho uns afazeres. — minto, e minha melhor amiga bate na minha perna.

SELF CONTROL » eren Onde histórias criam vida. Descubra agora