Capítulo XXIV: Seguir viagem...

1 0 0
                                    


Local: Templo de Kuria Epcha no sopé dos Alpes Paulistas (ou Brasileiros ou Montes Aztlantartus depende do ponto de vista e do humor da pessoa) cercanias de Forte São Jorge, dois meses antes.

Gilmar tinha acabado de tomar seu café da manhã e se preparava para os primeiros exercícios físicos do dia quando chegou um Drone carregando um envelope lacrado, a máquina em voz robótica deu à seguinte mensagem programada:

-Carta para a Sra Marechal Kuria Epcha diretamente de Brasília.

-Deixa comigo eu vou entregar. Disse Gilmar e a maquina respondeu de forma automática:

-O senhor está ciente das penalidades em caso de violação da correspondência para terceiros de acordo com as normas e direitos segundo a Constituição Imperial?

-Sim!

-Sabe que a Sra Marechal em caso de violação deste documento pode prestar queixa contra sua pessoa resultando em grave penalidade?

-Me entrega o envelope sua parafernália voadora!!!!!!! Ou te mandarei de volta para Forte São Jorge a moda antiga!!!!!!

-Eu estou orçado em cerca de 20 mil reais se me danificar terá de arcar com os custos de manutenção mais multa disciplinar. Respondeu a maquina, Gilmar estava profundamente irritado e sem perceber já tinha sacado sua Colt 1911 (um de seus poucos objetos de "luxo").

-Não vou fazer nada idiota nem encher essa lata velha voadora de socos e pancadas, não tenho 20 mil alias nem sei quanto eu tenho. Foi o que Gilmar pensou.

-Posso pegar a carta para entregar a Marechal?

-Aqui está sua reclamação foi registrada para posterior análise. A máquina então entregou o envelope e partiu de volta para sua base.

"Ódio, muito ódio ahhh, mas um dia vou pegar o programador dessa porcaria a se vou......." pensou novamente visivelmente incomodado Gilmar quando Kuria chegou sabe-se lá da onde:

-Hummm o que temos aqui? Uma correspondência? E pelo timbre veio direto do Estado-Maior......

Enquanto lia Kuria ficou murmurando:

-Hmmmm, interessante, ótimo.........

-O que tem de tão bom nesta carta? Perguntou Gilmar já muito curioso.

-Pegue suas coisas e suba no Jipe vamos para Forte São Jorge se encontrar com o Comandante e receber novas ordens.

-Forte São Jorge? A capital colonial? (Na verdade a única colônia que merece ser chamada assim) Faz um tempo que não vou lá, porque será?(Pausa) Já sei!!!!!! Porque o governo me jogou neste fim de mundo!!!!!!!!

-Gilmar você está sob minhas ordens não se esqueça

-O carro já está pronto!

Ambos subiram no veiculo e seguiram viagem a estrada, se assim pode se chamar, o caminho em questão era uma antiga via utilizada por peregrinos o que tornava a viagem muito demorada e por precaução mesmo sendo uma distância relativamente curta o 4X4 levava uma pequena carreta com combustível extra e peças sobressalentes.

Após uma hora aproximada (O templo não ficava longe) Gilmar chegou a Forte São Jorge e já fardado se apresentou ao comandante da guarnição militar em seu escritório que era o Sr General Cassius Westphalen Osório, gaucho descendente do lendário Marechal Osório herói de guerra no Paraguai, de 58 anos.

-Soldado Gilmar de Leria Castanho se apresentando!

-Pode descansar Sr Gilmar, se não me engano de acordo com os registros o Sr foi promovido a Cabo, não foi notificado?

Estas São as Crônicas BrazilianasOnde histórias criam vida. Descubra agora