[22] - 악몽

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— Pesadelos

Ficou nervoso O tempo inteiro. Não sabia como chegar no loiro e, em como iniciar uma conversa com sua chefe. Ela tinha o chamado de seu ômega. Como reagir àquilo?

— Yerim — sussurrou próximo a alfa, que conversava com Jeon. Jimin estava com Yoongi e Hoseok, jogando algum jogo de cartas, enquanto comia chocolate.

— Myung — se virou para o acastanhado. Iria reclamar, ser dura com ele. Foi séria ao dizer que queria obediência, mesmo que gostasse verdadeiramente dele. Mas, viu o rosto vermelho dele, de orelha a orelha, olhando nervoso para seus dedos que enroscavam-se uns nos outros  — ah, venha — segurou nos ombros do ômega, parando brevemente, para olhar para o lúpus — Jeon, preciso conversar com ele rapidinho

— Claro, vou ver como Jimin está — sorriu gentil, levantando-se para ir em direção a sala de estar, onde começava uma discussão entre os alfas, enquanto Jimin, que não sabia o que fazer, apenas ria.

Yerim levou o ômega até a sala de jantar, o prensando contra a grande mesa de mármore.

— V-você foi séria s-sobre aquilo? — gaguejou, falando com extrema dificuldade.

— Aquilo? Myung... — olhou confusa. O ômega corava cada vez mais, com vergonha de dizer claramente. Teve que pensar bem em cada palavra que havia dito de quando eles chegaram, até o atual momento — que é meu ômega? — soou provocativa. O ômega baixou o olhar, corado. Comparado a alfa, ele era pequenino, em termos de altura, e pessoa — é claro que eu falei sério. Acho que teríamos apenas um caso de uma noite?

— B-bem, eu — não conseguia formular uma frase, estava morrendo de vergonha. Havia se precipitado sobre tudo, pensando negativamente.

— Myungjun, olhe pra mim — sua voz saiu suave. O ômega obedeceu, tendo seu queixo segurado com leveza por ela — não foi apenas uma noite, você é meu ômega, entendeu? — arqueou uma sobrancelha. Se seriam um casal, e o menor seria seu, já deixaria claro que queria-o longe de alfas interesseiros.

— Entendi — sorriu pequeno, recebendo um selar calmo da alfa, que rodeou sua cintura com os braços firmemente.

[...]

— Que trapaceiro! — Yoongi resmungou.

— Você que não escutou! — Hoseok revidou.

— Mas, Yoon, ele disse — Jimin tentou amenizar a situação. Uno, definitivamente, era a causa de destruição de muitas amizades.

— Então, sou surdo? — perguntou incrédulo.

— O que tá acontecendo aqui? — Jungkook apareceu atrás do ômega. Suas mãos estavam guardadas dentro dos bolsos de sua calça.

— Hobi falou "Uno" porque tinha apenas uma carta, mas Yoon não escuto, e agora tá irritado porque o Hobi venceu! — Jimin explicou infantilmente, gargalhando dos alfas, que mostravam a língua um para o outro.

— Ei! — Jungkook os repreendeu — não na frente da criança! — estendeu uma mão para o loiro, que a segurou e pegou apoio para se levantar. Abraçou Jimin contra seu peito, deixando um selar em sua testa — fome? — deu um beijinho na bochecha cheinha — ou, algo que queira?

— Eu tô bem! — apoiou suas mãos no peito do alfa, dando a visão da aliança de noivado em seu dedo anelar. Jungkook suspirou, sorrindo — que foi?

— Estou muitíssimo feliz! — deu um beijinho de esquimó no loiro — sabe por quê?

— Não — disse confuso.

— Porque vou me casar com o ômega mais doce que já conheci — ah, o sorriso do futuro Jeon, levava o lúpus aos céus — e, um dia — aproximou seu lábio da orelha dele, para sussurrar — ele carregará nossos filhotinhos

— Eu quero! — saltitou nos braços dele, logo, escutando um pigarro atrás de ambos.

— Podem se namorar em outro lugar? Vamos recomeçar o jogo — Yoongi disse risonho, sendo acompanhado por Hoseok na risada alta que teve, ao ver Jungkook olhá-lo irritado.

[...]

Tudo estaria perfeitamente bem, se Jimin não começasse a ter pesadelos. O ômega acordava tarde da noite, com dificuldade para respirar, sendo atormentado durante os sonhos, por muitos betas e alfas que sua mãe conheceu. Jungkook acordava logo depois, pela movimentação do menor, tendo que ajudá-lo a se acalmar, o que não era uma tarefa fácil, já que o loiro parecia não escutar, inicialmente.

— Ji, ei, olhe pra mim — sentou-se na cama, para poder puxar o ômega para o seu colo. Ele se debatia, enquanto gritava protestos. Claro que, Hosoek e Yoongi ouviriam e, ficariam igualmente preocupados, esperando a crise do ômega passar, do outro lado da porta do casal — tudo bem, vai ficar tudo bem, meu amor — ninou Jimin no colo, que aos pouquinhos, foi normalizando a respiração.

— Eles... me tocavam — era Jimin falando, sofrendo nos sonhos, pelas lembranças dolorosas que Luna tentava guardar apenas para si, mas com apenas um pequeno descuido, a felicidade que sentiu ao notar que Jungkook o amava, foi o gatilho para não conseguir suportar tudo que lhe atormentava. Era injusto ter que segurar tudo para si, mesmo que fosse para o bem do ômega — Ggukie — com os dedos, agarrou o pijama que o lúpus usava, igual ao seu, exasperado — não quero dormir — soluçou, começando um choro doloroso.

— Não se preocupe, coração, eles não podem mais te tocar — sussurrou, cantarolando uma canção que o ômega sempre escutava. Imaginava a dor que o ômega sentia, mas para si era quase na mesma intensidade, e não só pela marca, mas sim por saber que seu companheiro passava por aquilo e, de nada, poderia fazer, apenas confortá-lo até se acalmar.

Esperou que ele fosse tomado pelo sono, mesmo que não quisesse dormir, para ligar a tela plana do quarto, e ir até o corredor por um momento, conversar com os outros alfas.

— Ele está bem? — Hoseok perguntou preocupado — dessa vez foi pior

— É, isso já aconteceu, mas não foi tão intenso — Yoongi sussurrou assustado.

— Luna compartilhou com ele as lembranças dos abusos... — suspirou — deve estar doendo pra ela também... mas vê-lo assim... machuca muito

— Entendemos — falaram juntos.

— Não acha melhor chamar seu irmão? Ouvi dizer que ele tem um companheiro agora e, ele é psicólogo, ou algo assim — Hoseok disse ao lúpus, que viu uma esperança para o seu ômega.

— Isso, vou falar com Namjoon — sorriu pequeno — amanhã ligarei pra ele, vou ficar com o Ji por enquanto

— Sim, ele precisa de você mais do que nunca — Yoongi falou cansado. Não que, aquilo não fosse preocupante, ou algo assim, mas todos, de certa forma, sentiam cansaço. Igualmente, se pudessem, tirariam toda a dor existente no garoto.

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Innocent Butterfly | revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora