Capítulo 12

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Oh merda! O que o Draco está fazendo na sala?

Fico paralisada na porta.

- Pode começando a explicar.- Diz minha mãe furiosa.

- Mãe... - Penso rápido em uma desculpa me aproximo deles.

- O que esse garoto estava fazendo no seu quarto?! - Pergunta meu pai gritando, ele poderia facilmente acordar os vizinhos.

- Pai... - Digo ainda não tendo nada para falar.

- Já disse para os senhores, Daphne e eu estamos fazendo um trabalho, e para isso precisamos passar o máximo de tempo possível um perto do outro, eu sei que é um pouco idiota, mas é um trabalho da escola! - Mente Draco. Essa ideia é ridícula, meus pais não vão acreditar nessa.

- É verdade isso, Daphne? - Pergunta minha mãe com uma expressão que dava medo.

- Sim... - Concordei. Eles não vão acreditar nisso.

- Está bem, esse trabalho já acabou. Fora da minha casa! - Diz meu pai irritadíssimo.

Draco levanta do sofá e vai em direção a porta.

- Espera... Pai, mãe ainda não terminamos ele, precisamos de mais alguns dias... Por favor, deixa ele ficar! - Imploro. Draco parou de andar e ficou ao meu lado.

- A quanto tempo ele está aqui em casa? - Pergunta minha mãe.

- Ér... Ele veio ontem... - Menti.

- Que trabalho idiota esse! - Diz meu pai. Eu concordava com ele, desta vez. Draco poderia ter pensado em outra desculpa talvez melhor.

- Não. - Responde minha mãe, curta e grossa.

- Por favor! - Imploro novamente.

- Não, já disse que não! - Repete ela furiosa. - Saia da nossa casa!

- Se não me deixarem ficar, sua filha vai ganhar nota baixa, e vai ser culpa de vocês. - Diz Draco irritado.

- Culpa... Culpa nossa? Meu Deus! Não quero saber! Saia! - Grita minha mãe. Draco sai pela porta e fica parado ao lado da janela olhando para dentro.

- Mãe... Pai... - Digo me aproximando deles. - Por favor...

- Daphne, falei com sua professora esses dias, você esta indo bem na escola, não precisa dos pontos dessa atividade. - Diz minha mãe.

- Você deveria ter falado com a gente sobre esse trabalho. - Fala meu pai irritado.

- Sério? E o que vocês iriam fazer? Ignorar. Falar que não precisava fazer. Vocês nunca iriam deixar ele ficar aqui. Porquê vocês pensam apenas em vocês e no Oliver! - Digo furiosa. Oliver estava escutando tudo em um canto da sala. - Desde que o Oliver nasceu, vocês não ligam mais para mim. Só se preocupam com ele. Deram até meu quarto para ele! "Ah, a Daphne já é grandinha, com 5 anos de idade, ela pode dormir no porão, ah e sobre as roupas dela? Ela que se vire para arrumar outras. O aniversário está chegando? Ah, da essa caneta, ou aquele pote da cozinha, não interessa se não gostar, não ligo." - Grito furiosa, quase expludindo de raiva. 

Todos ficaram calados quando eu parei de falar, foi quando vi Oliver no canto da sala. Ele nunca tinha me visto gritar daquele jeito. Me retiro do local. Saio de casa para tomar um ar. Quando escuto a voz de Draco.

- Você está bem? - Pergunta ele gentilmente se aproximando de mim.

- Han... - Respiro fundo, penso se falo a verdade ou minto. - Não, não estou bem.

Digo, e deixo uma lágrima cair. Em um piscar de olhos, Draco me abraça. Ficamos quietos, abraçados do lado de fora de casa, quando a porta se abre, era minha mãe.

- Preciso que comece a fazer o jantar. - Diz ela seriamente.

Olho para Draco, ele parecia estar bravo, eu entendo o porquê.

- O Draco pode ficar aqui em casa? - Pergunto.

- Não, já falamos isso antes, Daphne! - Responde ela friamente.

- Então, vai ter que procurar outra pessoa para fazer o jantar. - Falo também friamente.

Minha mãe ficou furiosa, mas cedeu. Entramos em casa, meu pai ficou indignado. Ouvi ele conversando com minha mãe no canto da sala, em quanto eu e Draco estávamos na cozinha preparando o jantar, e Oliver estava sentado na mesa da cozinha olhando um desenho pelo celular.

- Sério? Vai deixar aquele garoto ficar aqui? - Pergunta meu pai indignado.

- Sim, vai ser por pouco tempo, a Daphne não vai fazer nada que pedirmos, então, amanhã mesmo, vamos manda-lo embora. - Explica minha mãe friamente.


- Quando eles vão chegar? - Pergunta Oliver sem tirar os olhos do telefone.

- Han... Logo. - Respondo sem tirar os olhos da panela que estava no fogão.

- Não vejo a hora de mostrar meu brinquedo novo para o James. - Diz Oliver animado.

Termino de fazer o almoço, Draco me ajudou, praticamente só olhou, mas ajudou um pouco. Percebi que meu pai estava com o ódio dentro do corpo, por causa do Draco. Minha mãe não ajudou a fazer nada no jantar, ela simplesmente me deixou para fazer tudo sozinha, o que não é a primeira vez, mas fazia tempos que isso não acontecia. Veio um pensamento em mente: "Coloca veneno". Isso ficava passando em minha cabeça, mas não tenho coragem para fazer isso.

Depois que terminamos de fazer o almoço, eu e Draco fomos para meu quarto.

- Vai ser interessante conhecer o resto da sua família. - Fala Draco sentando na cama.

- Eu não acho uma boa ideia. - Digo indo em direção a escrivaninha.

- Por que não? - Pergunta o loiro.

- Minha prima conhece a saga Harry Potter, então ela vai te reconhecer. - Começo a explicar. - E minha família não é... Como eu posso dizer? Fácil de conversar.

- Eu entendo. - Diz ele. - Fala para sua prima que sou apenas uma pessoa parecida com o Draco Malfoy.

- Mas você é igual a ele, idêntico! Na verdade, você é ele! - Digo.

- É. - Concorda ele.

- O resto da minha família, é igual aos meus pais, só ligam para eles. - Falo. - Eles meio que não gostam de mim.

- Sempre tem alguém da família que não gosta de tal pessoa. - Afirma Draco.

- É, acontece que para a minha, praticamente toda ela não gosta de mim. - Explico.


Estou postando um capítulo hoje, pois ontem, uma leitora estava de aniversário. (a frutodeumarapidinha ) Feliz aniversário! Amanhã também terá capítulo, depois continuará normalmente. (um dia sim, e outro não).

𝑼𝒎𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 - 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora