Capítulo 3 🌿

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— Vamos recuperar as energias aqui para depois continuar o caminho — Cassian disse

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— Vamos recuperar as energias aqui para depois continuar o caminho — Cassian disse. Acompanhado por Azriel e os dois jovens illyrianos, Yohan e San, eles seguiam em direção à casa da bruxa bruxa.

O lugar era lindo da maneira que apenas uma natureza intocada consegue ser. Um rio caudaloso corria devagarinho a frente, folhas flutuando sobre a água e peixes nadando no fundo. Alguns coelhos e um veado bebiam água mais para baixo.

Azriel conseguia ver fumaça de uma chaminé no alto. Um arrepio passou por sua espinha. Havia mesmo uma bruxa.

– Azriel, mande as sombras fazerem um reconhecimento do espaço – disse Cassian, que também olhava na direção da fumaça. Azriel afirmou com a cabeça, então o fez.

Rapidamente as sombras voltaram. A casa está alguns metros á frente, Mestra, no topo de uma colina. Não tem feitiços de proteção e não há ninguém dentro. Poucos móveis; a cozinha o quarto e a sala no mesmo cômodo, uma lareira no canto. Nada mais, nada menos.

– É pequena – anunciou o mestre espião – apenas um aposento e no momento está vazia.

Os dois jovens estavam quietos. Yohan ainda não participou do Rito de Sangue, suas sombras haviam informado mais cedo, isso significava que provavelmente irá se gabar por participar de uma missão com o General e o Mestre espião mesmo sem ser um guerreiro illyriano completo.

– Vamos agora, podemos surpreendê-la – Cassian disse.

– Ou podemos cair numa armadilha se a bruxa souber que estamos aqui – Disse San, fazendo com que os mais velhos o encarassem – Senhor – completou nervosamente, temendo que seus superiores se zangassem.

San estava certo, Azriel pensou. Poderia ser uma armadilha.

– Ele tem razão, Cassian. Eu sei o que devemos fazer.

☀︎

O dia havia amanhecido lindamente apesar do vento de inverno. Adelina saíra para passear de manhã, ela precisava de mais tinta rosa e a manhã estava perfeita para ir até a campina e colher flores e frutinhas, então o fizera, e cá estava ela, voltando para casa com sua cesta — cheia de amoras, mirtilos e framboesas — em uma mão e um buquê de flores na outra.

A fada usava uma capa escura, protegendo suas asas e orelhas do frio cortante. Podia ser perigoso para ela ali se ficasse muito frio –o descuido de não cobrir ou usar suas asas no inverno resultaria na quebra delas. Nem ela sabia porque ainda morava em Illyria, colocando suas asas em perigo constantemente. Fazia tempo que ela não voava; esperado o verão para poder aproveitar o raro calor nas montanhas.

Conseguia ver sua casa no topo da colina, o barulho calmante do rio ao longe e –

Alguma coisa estava errada.

Parou.

Adelina sentia alguém ali: uma, duas... Quatro! Quatro almas desconhecidas.

Ela não via ninguém, mas sabia que estavam em algum lugar próximo da floresta e que eram feéricos de algum tipo, provavelmente illyrianos.

Merda.

Mil possibilidades passaram por sua cabeça. Fazia mais ou menos cinco anos desde que não visitava algum acampamento em Illyria, então era muito improvável que eles tenham a descoberto por isso. Talvez não estivessem ali por ela, talvez tenham apenas parado no rio – improvável, e mesmo que tenha acontecido a lareira estava acesa e a fumaça funcionaria como um farol. Burra, burra, burra.

Ela sabia que devia ter apagado o fogo antes de sair de casa, mas a viagem até a campina era tão curtinha e – não era momento para pânico, Adelina pensou. Havia alguém nas redondezas e ela precisava se manter atenta.

Paredes mentais ativadas, fortes como nunca; dedos da mão formigando, sinal que seu amaldiçoado poder esta pronto para ser usado. Ela estava com medo, sabia dos rumores sobre os guerreiros illyrianos e sua sede de sangue. Eles não sentiriam medo de uma fêmea que morava sozinha no medo da floresta.

Adelina voltou a si. Não se permitiria sentir medo hoje, não como tinha sentido naquela noite.

Ela não sentiu medo quando marchou em direção à sua casa. Ela era o medo. Ela causaria medo dessa vez.

☀︎


Segurando a cesta e as flores com mais força, foi até sua casa, aquela que havia construído sozinha – com muito esforço – e que não pretendia deixar. A fada levou uns bons meses para construir a casa e deixá-la perfeita, sem goteiras, frestas ou falhas. Até hoje não sabia como conseguiu fazê-la, mas a casa ficou em pé por 10 anos e Adelina pretendia que ficasse por mais. Dá muito trabalho se mudar.

Soltou a cesta e as flores numa cadeira de madeira no jardim da casa. Adelina tinha roubado a cadeira de um acampamento illyriano, assim como algumas outras partes da casa, mas ninguém precisava saber disso. Ainda com a capa levantada, cobrindo seu rosto e suas costas, abriu a porta num rompante e entrou na cabana.


*・゜゚・*:.。..。.:*・*:.。. .。.:*・゜゚・*
02/05/2021
Hello ^^💕
Capítulo novo em folha (não me matem pelo final aberto).
Ia publicar quinta, mas me senti mal por demorar pra postar o outro capítulo então aqui está esse ;)

Acho que o próximo sai até sexta ♡
Comentem e votem ✨ até mais 💕
(Eu sei que esse cap ta menor, mas eh isto)

The Fairy ☀︎ ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora