Capítulo 10 🌿

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  Adelina acordou com um pulo

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Adelina acordou com um pulo. Alguém batia à porta.

Raios de sol tímidos entravam pelas frestas e iluminavam um pouco a casa, deixando uma atmosfera aconchegante. Ela havia caído no sono com o vestido que usara no jantar, nem se quer havia afrouxado o corpete.

– Já vou – Falou de maneira irritada para quem quer que seja que estivesse lá.

– Tudo bem. – Azriel. Azriel! Droga, ela havia esquecido completamente sobre voltar à cidade na hora do almoço. Adelina se impulsionou para fora da cama, o olhar se focando aos poucos, e foi rápida ao trocar o vestido por uma calça de couro preta um pouco desgastada e uma blusa adequada para treinar. Penteou e trançou os cabelos enquanto mastigava uma folha de hortelã, e com a água limpa que estava na pia, lavou o rosto.

Pegou a capa pesada que estava em cima de uma cadeira e saiu de casa. Azriel estava de pé na clareira de costas para ela, as asas estendidas para aproveitar o sol da manhã. Os raios dourados acariciavam a pele dele, ressaltando o bronzeado e as feições angulosas.

Pelo Caldeirão, as asas dele eram enormes! Ela não pode evitar o rubor que subiu às bochechas ao lembrar o que Sasha – sua amiga cobra – havia dito uma vez, sobre o tamanho da envergadura de um illyriano ditar o tamanho do... Adelina foi tirada de seus pensamentos profanos quando percebeu que Azriel agora estava de frente para ela, ainda na clareira, com um sorriso de canto. Ele com certeza havia percebido e ela se praguejou mentalmente por ter secado-o com o olhar.

– Umh... Bom dia. Eu esqueci totalmente sobre ter combinado de treinar com Cassian, desculpa por te fazer esperar. – Ela riu envergonhada, conseguia sentir o rubor das bochechas queimando mais forte ao perceber que Azriel caminhava na direção dela, o sorriso de canto se suavizando.

– Não tem problema, não me importo de esperar por você. – Azriel disse delicadamente, um sorriso gentil no rosto. Adelina tinha total certeza que estava mais vermelha que a cor dos próprios olhos e ela teve que se controlar para não dar um gritinho de surpresa pelo que ele havia dito. Ela não tinha resposta nenhuma para aquilo, então simplesmente escolheu ignorar o que ele havia dito.

– Acho que já podemos ir, certo? Mal conheço Cassian, mas tenho certeza que ele vai me atormentar se eu chegar atrasada por que dormi demais. – Azriel riu, concordando com a cabeça, e estendeu a mão desfigurada para ela. Sempre que ela via a mão dele uma raiva inexplicável se instalava em seu âmago, uma vontade de machucar quem quer que tivesse o ferido.

Ela segurou a mão dele sem pensar duas vezes, entrelaçou os dedos e acariciou as marcas com o dedão, da mesma maneira que havia feito ontem. Ele apertou a mão dela em resposta e eles se desfizeram em sombras.


☀︎

Azriel havia os atravessado até a mesma rua de ontem, já que era impossível aparecer dentro da Casa do Vento, que possuía encantamentos para impedir que o fizessem. Adelina olhou para os lados, mas não soltou a mão dele como havia feito na noite anterior.

The Fairy ☀︎ ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora