Capítulo 11🌿

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– O que iremos almoçar?

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– O que iremos almoçar?

– Na realidade, tinha pensado de irmos em algum restaurante na cidade.

– Parece adorável, assim que Cassian chegar podemos...

– Não – ele a interrompeu – Eu estava sugerindo de irmos sozinhos.

– Eu adoraria. Se você puder, gostaria de passar em casa para trocar de roupa.

Ele olhou para ela – para as roupas dela – e falou:

– Não há necessidade. Eu posso achar um vestido para você.

Adelina ficou tão surpresa pela sugestão que demorou alguns segundos para responder.

– Seria um prazer, Azriel.


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Azriel havia indicado um quarto para que Adelina pudesse se arrumar. O cômodo era grande, muito maior do que ela havia se acostumado nesses últimos séculos.

Por mais engraçado que fosse, ela se sentia novamente uma princesa. Tinha certeza que o recinto era quase do mesmo tamanho do quarto que uma vez fora dela, num palácio há muito destruído.

O illyriano havia dito que ela podia se banhar e se arrumar, e assim ela o fez.

Aquele foi definitivamente um dos banhos mais relaxantes que ela tomou na última década. A água quente queimava a pele de uma maneira agradável, os sabonetes e os óleos eram da melhor qualidade e tinham um cheiro esplêndido.

Apesar de querer, não demorou muito no banho já que seria indelicado por parte dela deixar Azriel esperando muito tempo. Ao voltar para o quarto, enrolada em uma toalha macia, percebeu uma roupa dobrada em cima da cama. Azriel deve ter deixado ali. Pegou o tecido e desdobrou-o; era um vestido longo, azul-acinzentado, feito de seda e um tule macio, detalhes em dourado estavam bordados no corpete e na saia. Era um tecido fino, nada bufante, apropriado para uma dama da nobreza. Deve ter custado caro.

Ela não podia usar aquela roupa, não merecia algo tão luxuoso como aquilo. Que droga, ela não devia ter concordado em ir almoçar com Azriel, ela devia ter voltado para a cabana dela e parar de ser um estorvo para os outros; ela nem tinha dinheiro para pagar pela refeição. Agora também tinha o vestido, este que o illyriano provavelmente pegou emprestado com uma das outras fêmeas da Corte.

Adelina não devia ter vindo, não devia ter aceitado treinar com Cassian ou almoçar com o encantador de sombras. Quando Amren perguntou sobre a magia dela, ela quase deslizou; quase falou sobre o verdadeiro poder dela, aquela magia negra e amaldiçoada que condenou seu povo. Onde ela estava com a cabeça? Não podia ficar amiguinha desses feéricos, não podia visita-los, não podia amaldiçoar a vida deles só porque queria... O que ela queria afinal? Nem mesmo Adelina sabia o por que estava confraternizando com eles.

Ela foi desperta de seus pensamentos por alguém que batia à porta:

– Adelina? – era Azriel.

– Estou terminando de me vestir, um momento.

– Vou te esperar na sala, no fim do corredor. Não precisa ter pressa.

Ela murmurou em compreensão e ouviu os passos dele se afastando. Você que se meteu nessa situação, Adelina, então termine o que começou.

☀︎

Azriel estava em uma de várias salas que havia na casa do vento, sentado em uma poltrona macia esperava pela fadinha.

Um laço de parceria! Era quase inacreditável. Ele nunca pensou que realmente fosse ter uma parceira, que merecesse alguém dessa maneira. Sim, sempre sonhara em vão em ficar com Morrigan, mas ela obviamente nunca iria corresponder os sentimentos dele; de alguém tão sujo, um bastardo assassino com mãos de aparência estragada. Mas lá estava Adelina, acariciando as mãos nojentas dele e sorrindo, como se não se importasse em tocar as partes desconfiguradas da pele.

Merda, ele se sentia atraído por ela, sentia aquela vontade de proteger e ser protegido por ela, mas mal a conhecia. Ele queria se abrir e contar seu passado à Adelina, mas ele não sabia nada sobre ela a não ser o fato dela ser de um povo do qual todos achavam estar morto, extinto.

Azriel se sentia péssimo ao admitir isso, mas uma parte dele, aquela treinada para ser o melhor espião e guardião da Corte Noturna, não confiava totalmente nela. Ele queria, queria poder deixar o laço da parceria falar mais alto e se permitir ama-la cegamente, mas não conseguia. Não ainda.

Ele queria ter certeza, certeza de que poderia entregar seu coração à ela e receber o dela em troca. Queria um amor que o consumisse, um amor vivo que o fizesse sentir querido. Ele desejava uma parceria como a de seus Grão-Senhores, uma paixão ardente e linda, mas para isso precisava ter certeza.

Azriel se odiava por leva-la para almoçar na cidade com o intuito de saber mais sobre o passado dela. Mas a Corte e o coração dele estavam em jogo, e ele precisava ter certeza.

Ele ouviu os passos dela descerem pelo corredor e voltou a atenção para a fêmea agora em sua frente, a uma distância amigável. Ela estava deslumbrante; os cabelos úmidos pelo vapor do banho desciam em uma cascata loira pelas costas, o corpete acinzentado abraçava o corpo e a saia de tule caía suavemente até o chão. Todas as dúvidas que ele tinha se dissiparam por alguns segundos e ele permitiu seu coração a bater mais rápido por ela.

– Podemos? – Ela sorriu e ele sorriu de volta. Seria uma ótima tarde.




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6/07/2021
Oi gnt 🤡

Preciso me desculpar com vcs pela demora.
Eu não planejava demorar tanto pra postar dnv, nem eu sei o pq de ter demorado tanto 😥😥😥

Sei que esse capítulo é minúsculo- não tem nem 1000 palavras- e sem quase nenhum conteúdo, mas eu estava me sentindo mt mal por não postar ultimamente. Esse capítulo foi um desafio para eu escrever pq tive um puta bloqueio criativo, mas eh isto.

Sei que não é o melhor capítulo até agr, pretendo voltar a escrever com a regularidade que estava escrevendo, principalmente agr que as férias começaram e td está mais tranquilo aqui.

Dnv, mil desculpas por demorar tanto. Me aguardem em breve. 😚😚😚

Até a próxima xuxus💕

The Fairy ☀︎ ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora