one

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(n/a oi oi, esse cap vai ser mais focado na s/n. e a fanfic não vai se passar no universo de elite, os personagens e a escola envolvida é pra complementar a vida da s/n)

S/N POV

Olá, sou s/n Marsh. Tenho 17 anos, meus pais são Rosie e Robert Marsh. Hmm o que posso dizer sobre minha vida? Bem, suponho que ela seja perfeita, ou quase. Meus pais trabalham com jóias, nasci em Marbella, na Espanha. Mas vim morar em Washington com meus 4 anos, então tirando o meu sotaque britânico posso dizer que sou uma Americana raiz que perde tempo comemorando 4 de julho e tem o velho capitalismo infiltrado em sua família. Minhas melhores amigas são Carla e Lucrécia, juntas somos basicamente as "3 patricinhas" de Las Encinas, um colégio espanhol criado em 2011. Sim, ele é super recente, porém rigoroso. Embora estejamos nos eua, meus pais exigem que eu não esqueça minha origem e meu idioma natal já que a maioria da renda do trabalho deles vem da Espanha, o fato de eu conviver tanto com a cultura espanhola explica o meu sotaque amargamente presente em minha fala. Meu namorado é Ander, ele é lindo, mas meio problemático, pra ser honesta eu tenho um pouco de atração por garotos problemáticos e ainda não sei se é motivo para me preocupar.

— Bom dia meninas. – Digo chegando no meu armário, onde Lu e Carla estavam mexendo nos seus que são ao lado do meu.

— Bom dia gata. – Carla sorri com aquele sorriso frio e naturalmente malicioso que tem em seu rosto.

— Bom dia só se for pra você né bitch? Hoje tem teste de inglês e eu não estudei nada. – Diz Lucrécia.

— E está preocupada? Até onde eu sei você é a melhor aluna da sala. – Falo fechando a porta do armário e seguindo para sala de aula com minhas amigas.

— Eu sou. Mas desde que aquela bolsista nojenta da Nádia entrou na escola ela tem me desafiado, tadinha, acha que é melhor que eu. – Lu ri como a cobra que é e eu também acompanho, ela é extremamente fútil e eu amo isso nela.

— Você devia parar de ser tão competitiva querida, da rugas. – Diz Carla e nós sentamos em nossa cadeira, nosso professor de inglês chega e da início ao teste.

***

Finalmente o horário de irmos pra casa bate, Lu, Carla e eu nos separamos. Eu e Carla fizemos o que pudemos para fugir da Lu porquê não aguentavamos mais ela falando sobre o teste e como ela tinha que se sair melhor que a Nádia. Estava procurando meu namorado, não o achei em canto algum então deduzi que ele estaria no vestiário masculino.

Entro sem me importar se alguém me veria e estava tudo embaçado, apenas um chuveiro ligado e eu sabia que era o Ander. Me sentei no banco ali presente e esperei ele sair enquanto mexia no celular, mas eu comecei a escutar gemidos.

Logo me levantei com os olhos cerrados, tentando regular minha respiração que já se encontrava descontrolada e apertando meu celular na intenção de me acalmar mais.

Me aproximei mais da cabine onde o chuveiro estava ligado e os gemidos aumentaram, mas por mais curioso que seja, são gemidos masculinos.

Sem me aguentar mais eu empurro a porta de uma vez só e vejo Ander com outro garoto. Arregalo os olhos e deixo meu celular cair no chão.

— S/n. – Ander também fica surpreso. Ele larga o outro garoto rapidamente e desliga o chuveiro. — Eu posso explicar!

Fico calada, meus olhos lacrimejam mas não me permito chorar na frente dele.

— Eu juro que não é o que você tá pensando.

— Vai pro inferno. – Digo com a voz baixa, pego minha bolsa em cima do banco e tudo o que se escuta são os barulhos dos meus saltos contra o chão.

Ao sair da escola sinto o vento bater em meu rosto e fecho os olhos, uma lágrima escorre.

Entro em meu carro que ganhei recentemente e dirijo até em casa silenciosamente.

Ao chegar, vou direto para meu quarto onde passo o resto da tarde sem me preocupar em comer algo.

***

Acordo meio atordoada, provavelmente acabei caindo no sono. Esfrego devagar meus olhos e pego meu celular que estava do meu lado, olhando o horário. 20:35. Caralho eu dormi isso tudo?

Me levanto e meu estômago ronca, não é pra menos. Desço para a sala de jantar, onde meus pais jantavam.

Pego um prato e me sirvo, ninguém fala nada.

— Tudo bem querida? Você tá quieta. – Diz minha mãe, quebrando o silêncio entre nós.

Não respondo.

— S/n sua mãe fez uma pergunta. – Diz meu pai.

Suspiro já estressada.

— Sim mãe, tá tudo bem, tirando o fato de que peguei meu namorado transando com outro homem no vestiário da escola.

Minha mãe arregala os olhos e meu pai engasga com o suco.

— Como é?? – Diz Robert.

— O que escutou papai.

Silêncio novamente.

— Isso é culpa sua. – Meu pai fala.

— O quê?

— Culpa sua de seu namorado ter te traído. Olha só o tipo de garoto que você fica minha filha! Quando começou a namorar com o Ander eu e sua mãe te alertamos sobre como esse garoto é problemático, ele se mete em brigas o tempo todo e já tem histórico de ficar com homens. Como pode ser tão burra?!

— Eu não tenho uma bola de cristal! Me desculpe se não previ que iria tomar um chifre do tamanho desse seu que a mamãe põe enquanto você tá no escritório aos domingos e ela tá dando pro seu motorista!

— S/N! – Minha mãe grita se levantando e batendo a mão na mesa.

Meu pai cerra os olhos me olhando com total fúria, o olhar dele me amedontra e parece que a qualquer momento irei levar uma surra.

— Vai para seu quarto e não saia de lá até que eu permita. – Robert diz num tom baixo porém coberto de raiva.

— Mas eu nem terminei de come-

— AGORA!

Me assusto com seu grito que meus olhos lacrimejam instantaneamente, olho para ele com desgosto e subo as escadas correndo.

𝘥𝘰 𝘪 𝘸𝘢𝘯𝘯𝘢 𝘬𝘯𝘰𝘸? - 𝘣𝘰𝘳𝘪𝘴 𝘱𝘢𝘷𝘭𝘪𝘬𝘰𝘷𝘴𝘬𝘺 + 𝘺𝘰𝘶.Onde histórias criam vida. Descubra agora