NARRADORA ON
— Desculpa, o quê? – S/n franze o cenho já entrando em desespero.
— Seu noivo. – A mãe de s/n abre um sorriso assustador. — As mães de Polo são duas mulheres muito influentes no nosso mercado de trabalho, as mães dele tem empresas em todo o território nacional e internacional. Migrando entre toda a Europa, continente oriental e até no Brasil. As mães dele me contaram sobre o quão obediente e dedicado Polo é, então eu decidi que ele devia conhecer você. Vocês dois são jovens e inteligentes, tem tudo para darem certo.
— Mamãe...
— Ainda não temos data marcada para o casamento, deixarei que decida esta parte com o seu noivo.
— Mãe-
— Temos que fazer a lista com os convidados e...
— MÃE! – Marsh grita parando a mãe. — Que PORRA é essa?? Eu não sei que merda tá passando por sua cabeça, mas isso é simplismente inaceitável! Diz pra mim que está brincando.
— Não estou brincando, e abaixe seu tom! – A mãe de s/n grita alto de forma autoritária.
— Abaixar o meu tom??? Você enlouqueceu? Você quer que eu me case com alguém que eu nunca vi na vida por dinheiro! Eu só tenho 17 anos, não vou estragar a minha vida num casamento infeliz como o seu e o do papai! – S/n já estava lacrimejando e com o rosto avermelhado.
— Na vida é necessário fazer certos sacrifícios pra sobreviver minha querida. Se você não sobe nela e mostra quem manda, as pessoas passam por cima de você como se fosse um pedaço de merda.
— O que isso tem a ver com o que estamos falando? Eu simplismente não vou me casar. Não sem amor.
— Amor? – A mulher ri alto. — Amor não existe. Dinheiro sim. Pare com essas suas fantasias adolescentes e cumprimente Polo!
Marsh olha para Polo que estava sentado no sofá, com uma expressão neutra, o garoto também não parecia muito feliz com a idéia mas estava conformado.
Duas lágrimas escorrem pelos olhos de s/n.
— Mas nem ferrando. – S/n diz firme e sai correndo de casa, enquanto escuta os gritos da mãe.
A menina liga rapidamente seu carro e sai dali o mais rápido que consegue, s/n dirigia rápido, suas lágrimas embaçam seu rosto que imploram por nitidez.
E sem enxergar direito a menina bate o carro num poste. A garota vai para frente de uma vez só por estar sem cinto, batendo a cabeça no volante, que agora sangra.
S/n leva a mão até o corte e olha sua mão suja de sangue, sai do carro devagar com alguns gemidos de dor e vai andando até a casa de Boris, que estava perto, abandonando seu carro para trás.
Ao chegar na rua da casa de Boris, ela vê o garoto fumando a poucos metros de distância e se entrega ao choro. Como s/n estava próxima, Boris escuta o choro e ao se virar encontra s/n sangrando e chorando muito.
Ele larga o baseado e se levanta rapidamente indo até ela.
— S/n, o que houve?? O que aconteceu?
— Boris. – S/n abraça o garoto e se permite chorar nos braços dele.
Pavlikovsky abraça forte a garota e acaricia os cabelos sedosos da menina, que estava totalmente desconsolada.
Boris ficou abraçando a menina por um longo, longo tempo. Até o choro dela cessar. Dando espaço apenas para a expressão triste e abalada de Marsh.
— Está melhor? – Boris pergunta.
S/n assente.
— Quer contar o que aconteceu?
O corpo de s/n enrijece e ela abraça mais forte Boris.
— Minha mãe. Ela... Ela arrumou um noivo pra mim.
— O quê??
— É. – S/n suspira e se solta do abraço. — Ela quer me obrigar a casar com um garoto, por dinheiro. Parece que o menino tem duas mães poderosas no empreendedorismo que podiam vincular as empresas com os negócios da minha família. Mas parece que isso só vai acontecer se eu e o... Polo nos casarmos.
Boris abre a boca e tenta dizer algo mas parece que as palavras fugiram da boca do menino de tão surpreso que está.
— Ela não pode te obrigar a casar!
— Ela pode Boris. Meus pais me manipulam desde que eu me entendo por gente, se eu não faço o que eles querem a primeira coisa que eles fazem é tirar de mim tudo o que me é importante. Eu sou menor de idade legalmente, não tenho livre arbítrio pra nada.
— Mas tem livre arbítrio pra escolher com quem vai se casar ou não. Ninguém pode te casar a força, isso deve ser contra as leis.
— Leis? – S/n ri fraco. — Meus pais são ricos e influentes, eles podem subornar qualquer pessoa facilmente. Não se tem lei quando se tem dinheiro. – Marsh diz caminhando indo em direção a calçada de Boris e se senta ali, o menino se senta ao lado dela.
— E... O que você vai fazer a respeito? – Boris pergunta olhando para as mãos.
— O que é que eu posso fazer? Nada.
— Eu não quero que se case s/n, ainda mais sendo obrigada. – O garoto diz num tom baixo, com uma expressão triste.
— Nem eu... – S/n olha para Boris e põe a mão no queixo dele, dando um beijo calmo nos lábios do menino. — Mas eu sinceramente não sei o que fazer. Eu tenho muito medo do que meus pais podem fazer se eu contrária - los.
— Nós vamos pensar em algo, ok? Por enquanto os obedeça. Finja que aceitou a história, e conviva com isso enquanto não achamos uma solução.
S/n assente.
— O que aconteceu com sua testa? – Pavlikovsky pergunta.
— Ah, isso. – S/n põe a mão no machucado e faz uma careta de dor. — Bati o carro quando tava vindo pra cá. – Ri fraco.
— E tás bem? – Boris pergunta com um sorriso divertido no rosto.
— Eu tô. Só que eu já não era muito certa antes, agora que bati a cabeça acabei de me foder.
Os dois riem e um silêncio bom paira no ar por um tempo.
— Tem um baseado? – Marsh pede.
Boris assente e tira do bolso, a garota pega e o acende com o esqueiro que o menino ao seu lado lhe deu.
S/n traga uma boa parte do conteúdo e solta a fumaça pela boca, sentindo seu corpo relaxar mais e a dor na cabeça amenizar.
Então ela olha para Boris e entrega o baseado de maconha, ele repete o mesmo e s/n deita a cabeça no ombro de Boris.
Não é sobre os opostos se atraírem, é sobre duas pessoas diferentes, com problemas, dividindo o mesmo baseado numa calçada de um bairro vagabundo.
Continua...
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𝘥𝘰 𝘪 𝘸𝘢𝘯𝘯𝘢 𝘬𝘯𝘰𝘸? - 𝘣𝘰𝘳𝘪𝘴 𝘱𝘢𝘷𝘭𝘪𝘬𝘰𝘷𝘴𝘬𝘺 + 𝘺𝘰𝘶.
FanfictionS/n Marsh é a típica garota patricinha de séries adolescentes. Rica, metida, afrontosa, filhinha de papai e popular. Ela também é linda, inteligente e totalmente atraente. Boris Pavlikovsky é um garoto que vive com o tio, que só sabe dormir na polt...