𝘥𝘰 𝘪 𝘸𝘢𝘯𝘯𝘢 𝘬𝘯𝘰𝘸? - 𝘣𝘰𝘳𝘪𝘴 𝘱𝘢𝘷𝘭𝘪𝘬𝘰𝘷𝘴𝘬𝘺 + 𝘺𝘰𝘶.

fourteen

NARRADORA ON

Boris já havia saído da casa de s/n a algum tempo, a garota havia deixado tudo pronto para as amigas chegarem e agora s/n, Carla e Lucrécia estão na sala assistindo filme e comendo brigadeiro.

Bem, assistindo não, já que Carla e Lucrécia estão com a cara enfiada no celular.

Lucrécia fita s/n, que estava calada comendo o brigadeiro e muito pensativa.

— S/n?

— Sim?

— Tô te achando muito pensativa, tá tudo bem?

— Tá, tá sim. – S/n responde de imediato.

— Não parece.

— Tá tudo bem, sério. Não é algo ruim, só é algo que tá passando por minha cabeça.

— Diga o que é, eu e Carla somos suas melhores amigas e garanto que não há ninguém melhor pra te ouvir que nós, NÉ Carla?

— Quê? É - é sim. – Carla diz desligando o celular.

S/n suspira e deixa o brigadeira de lado, deitando no colo de Lu.

— É o Boris.

— Quem? – Carla franze o cenho.

— O garoto que falei a vocês.

— Ahh. Sim, qual o problema?

— Não é problema, já disse. – Suspira outra vez. — É que nós... Temos algum tipo de relação, mas não há rótulos e eu fico confusa pois acho que ele quer algo mais mas não sei como perguntar ou sei lá.

— S/n acho que você vai ter que ser um pouco mais clara. – Diz Lu.

— Irei resumir bastante. Nós nos beijamos e transamos, as vezes nos tratamos como um casal. Mas nós também comemos porcaria, brincamos, dançamos juntos, cantamos... Como dois amigos. E tava tudo bem, eu tava de boa com essa amizade colorida até ele dizer que sou dele.

— Como? – Lu franze o cenho e te olha com aquela cara de sermão. — Ah s/n não seja idiota, dê um fora nesse pé rapado, por Deus! Desde quando você pertence a alguém? Vocês transam algumas vezes por tesão acumulado e o menino se emociona, é de dar pena.

— Não fale assim! Você... Não sabe como é nossa relação, nem ao menos o conhece. Não são assim as coisas Lucrécia. Se fosse fácil assim se livrar de alguém a Carla já teria se livrado do Christian.

— Ai por que vocês sempre têm que enfiar o Christian no meio ein? Meu deus. – Diz Carla. — Eu não dou um pé na bunda dele porque gosto dele, a gente tem uma relação leve, sem cobranças e me sinto bem. Você acha mesmo que vou ligar pra conta bancária do garoto quando ele estiver me comendo, Lu?

— É isso. – S/n diz.

— Nossa vão se ferrar, vocês me estressam. Gostam dos garotos mas quando pensam em algo maior se sentem mal, mas se ficarem na relação em que estão agora querem algo mais. Não vejo como posso ajudar, sinceramente.

S/n suspira.

— Amiga eu acho que se você se sente bem ao lado dele, não precisa pensar no futuro. Não é como se vocês fossem se casar, viva o presente e vê até onde isso vai dar. Você disse que além de peguetes são amigos, isso deve aliviar a barra, não?

— É... Sim. – Diz s/n. — A questão é que é meio difícil. Eu não tenho nada com ele mas não suporto pensar nele com outra garota.

— Por que você é egoísta honey. Você cresceu em berço de ouro s/n, foi extremamente mimada e é podre de rica. É claro que você não vai querer dividir o brinquedinho com outras, você não dividia nem suas Barbies quando éramos crianças, quem dirá homem.

S/n não gosta da forma como Lu fala de Boris e da relação dos dois, mas de uma forma bem explícita e sincera tudo o que ela diz é verdade.

E estar em cima do muro quando se trata de alguém é uma situação chata, maçante e em alguns casos difícil.

S/n não pensa em ter nada mais que amizade com Boris, mas s/n também não quer que o menino deseje outras garotas além dela.

Ela gosta de tê - lo para si, e de certa forma, também gosta dele tê - la para ele. A verdade é que s/n curte a relação que tem com Boris e não quer que isso mude com a entrada de uma garota ou garoto na vida dos dois.

***

S/N POV

Estou em Las Encinas no intervalo da aula de espanhol para a aula de química, ando em meus saltos pelos corredores afim de ir em meu armário mas escuto gritos vindos de uma parte do corredor e logo reconheço a voz de Lu. Não é possível que ela esteja brigando.

Me apresso e vejo Lu gritando com Guzmán e as pessoas olhando.

— O que você quer que eu diga Lucrécia??? "Me desculpe"? Simplismente não posso! Eu não posso me desculpar por algo que eu não sinta culpa!

— Como você consegue Guzmán?? Você me enoja. E você Nadia, sua putinha de quinta, sua família... Sua família é nojenta. Todos são farinha do mesmo saco, Omar pegou o namorado da s/n e você abriu as pernas pro meu na primeira oportunidade! – Lucrécia grita na cara de Nádia.

Então Lu sabe que o Ander me traiu com o irmão da Nádia? Mas como?

— Você fala da minha família mas a sua não é muito melhor, um bando de ladrões corruptos!

— CALA A BOCA! – Lu grita e desfere um tapa forte no rosto de Nádia, você arregala os olhos e corre até lá.

— Lu, já chega.

— S/n... – A menina chora e te abraça.

— Eu sinto muito amiga... Vamos sair daqui, estão todos olhando, não vou deixar que te vejam nesse estado.

***

Pavlikovsky 🖤

Pavlikovsky 🖤: s/n, oi, como vai?

Pavlikovsky 🖤: s/n, está aí?

Pavlikovsky 🖤: s/n eu sei que pode estar ocupada com algo mais importante que eu, mas se puder, me responda pra que eu saiba que está bem.

Pavlikovsky 🖤: s/n???

Ao olhar meu celular vejo as mensagens de Boris, o ignorei por todo o dia. Não por mal, eu simplismente precisei tirar um tempo pra mim, pra mim e pra Lu já que passei a tarde toda a consolando e aumentando o ego dela.

A verdade é que eu me sinto mal pela Lu, ela é uma pessoa realmente boa, só é mal compreendida e tem espírito de riquinha egocêntrica e consumista.

Pavlikovsky 🖤:

Me: Olá Boris, boa noite.

Me: Hm.. me perdoe por não ter respondido suas mensagens antes, eu estava ocupada com a Lu. Sinto muito.

Alguns bons minutos se passam e ele me responde.

Pavlikovsky 🖤: Sem problemas. Tá tudo bem? Com você e ela.

Me: Sim, não se preocupe.
Me: Na verdade eu me sinto estranha, quero te ver, posso ir aí?

Pavlikovsky 🖤: Claro.