~ Thomas Shelby (Peaky Blinders)

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Hey! Espero que gostem :)

Boa leitura 📖

Nota: Linguagem e conteúdo um pouco mais "pesado" que o habitual. 

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Ouço passos a aproximarem-se de mim, mas mantenho-me na mesma posição, encostada à parede com a cabeça inclinada para cima e de olhos fechados. Quem quer que seja para à minha frente, ouço o som de um isqueiro a acender e alguns segundos depois sinto um cigarro encostado aos meus lábios, abro um pouco a boca aceitando-o.

- Nem uma palavra, Shelby. – Digo depois de dar um grande trago no cigarro e segurá-lo entre os dedos.

- Eu avisei. – Abro os olhos encarando-o com raiva e ele tira o cigarro da minha mão. – Foram duas palavras, não uma.

- Pensei que o papel de idiota da família era do Arthur.

- Cuidado quando falas com a minha família. – Ele diz firme e solta o fumo do cigarro contra a minha cara.

- Aquele filho da mãe vai pagá-las.

- Eu avisei que ele não era boa pessoa.

- E eu devia ter-te dado ouvidos, más pessoas reconhecem-se à distância. – Digo de forma irónica e ele sorri de lado.

- Então como é que não percebeste?

- Touchê. – Digo rindo e aproximo-me dele para lhe tirar o cigarro, mas ele recua– Vá lá, Thomas...

Ele aproxima-se de mim colocando uma mão na parte de baixo das minhas costas levando-me para mais perto dele, as minhas pousam no seu peito e eu observo-o atentamente. Thomas leva o cigarro à boca e puxo o fumo mantendo sempre o seu olhar no meu, quando ele tira o cigarro da boca aproxima a sua cara da minha.

Os lábios dele roçam nos meus e eu percebo o que ele quer fazer, abro um pouco da minha boca e ele começa a soltar o fumo na minha boca à medida que eu o puxo, travo o fumo na minha garganta durante algum tempo enquanto encaro o Thomas que está com um sorriso satisfeito no rosto.

- Eu não me vou apaixonar por ti outra vez. – Digo depois de soltar o fumo.

- Como assim "outra vez"? Tu nunca deixaste de estar. – Ele dá um sorriso convencido e eu reviro os olhos.

- Eu não estou com paciência para te aturar hoje, Thomas. – Recuo cortando o toque entre nós, e abano a cabeça negativamente. – Vou-me embora. – Viro costas e começo a afastar-me.

- Vá lá, honey.... Foi ele quem te traiu, não eu. – Ele diz alto e eu paro de andar pensando por algum tempo. – Vamos até ao bar, abrirmos uma garrafa de –

- Eu nunca te disse que ele me traiu. – Digo interrompendo-o e viro-me encarando-o.

- O John contou-me.

- Tu estás a mentir! Eu não contei a ninguém, Thomas! – Ando até ele rapidamente e dou-lhe um empurrão. – Como é que tu sabias? – Pergunto com raiva.

- Eu descobri que ele te traiu, e obriguei-o a contar-te. – Ele diz calmo, mas eu arqueio uma sobrancelha desconfiada.

- É melhor contares-me a história toda. Se me estiveres a esconder alguma coisa, eu vou descobrir!

- Contratei umas –

- Afinal não quero ouvir! – Digo enervada e abano negativamente a cabeça. – Tu fizeste-o cair numa armadilha!

- Se ele te amasse de verdade, não te tinha traído.

- O quê que tu sabes sobre amor, Thomas? – Grito enervada. – Tu não prestas! – Thomas tenta aproximar-se de mim, mas eu recuo.

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