~ Gally (Maze Runner)

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Hey! Espero que gostem :)

Boa leitura 📖

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O som das ondas dá-me uma tranquilidade e um conforto inexplicável, é como ouvir o som da liberdade depois de tantos anos presa nas mãos da CRUEL. A minha esperança já não existia, mas tudo mudou quando fui resgata da Última Cidade juntamente com os outros sujeitos que faziam parte dos experimentos da CRUEL.

Ao início não sabia para onde íamos, mas quando nos colocaram dentro de um barco eu percebi que iriamos para o Refúgio Seguro, uma ilha que não é afetada pelas radiações solares. Foi difícil acreditar que finalmente estava livre, no dia em que chegámos à ilha pensei que isto apenas era mais uma simulação da CRUEL, mas não é.

Tudo é real, eu sou livre novamente. É como se me tivessem dado uma segunda chance de poder ter uma vida.

- Hey.. Preciso de ajuda.

Abro os olhos deparando-me com Gally à minha frente, ele tem um pano enrolado à volta do braço e é visível algum sangue nele. Levanto-me rapidamente e faço sinal para que ele me siga e começamos a andar até à cabana que serve de enfermaria.

- Senta-te na maca. – Digo assim que entramos, e ele faz o que eu digo.

Aproximo-me de Gally e desamarro cuidadosamente o pano do braço dele, vendo um corte enorme desde o pulso até ao cotovelo, afasto-me dele e agarro num pano limpo molhando-o, volto a aproximar-me dele e passo o pano lentamente e levemente pela ferida para a limpar.

- Como fizeste isto? – Pergunto desviando durante alguns segundos o olhar para ele.

- Estamos a construir uma cabana perto do mar para guardar os utensílios da pesca, caiu-me uma madeira em cima do braço.

- Tens de ter mais cuidado. – Analiso o corte dele com atenção. – Não é profundo, por isso não vais precisar de pontos, mas não deves fazer esforços com o braço nos próximos dias.

- Tenho de continuar a ajudá-los.

- Não é uma obrigação.

- É sim. – Desvio novamente o olhar para ele e franzo uma sobrancelha. – Eu tenho de ser útil.

- Podes ser útil sem ter de andar a carregar tábuas e a martelar pregos.

- É no que sou bom. - Gally diz encolhendo os ombros e desvia o seu olhar do meu.

Volto a minha atenção para o corte passando mais uma vez o pano molhado, depois vou até à bancada improvisada e agarro em algumas compressas. Volto até Gally e começo a enrolar as compressas à volta do braço dele, ele solta um pequeno gemido de dor quando eu faço o aperto.

- Desculpa, tem de ficar apertado para não voltar a sangrar.

- Tudo bem.

- O que se passa? – Pergunto ao fim de um tempo em silêncio, mas Gally não responde. – Discutiste com o Thomas, outra vez?

- Não, ele não me dirige a palavra para que tenhamos sequer a chance de discutir.

- Ele ainda está abalado com a morte de Newt e da Teresa, o Aris contou-me que eram pessoas muito importantes para ele.

- Devia ter sido eu. – Ele murmura e abana a cabeça negativamente. – O Newt merecia estar aqui.

- Assim como tu. – Digo rapidamente. – Não podes pensar dessa forma.

- Eu fiz coisas horríveis.

- Quem não fez? – Pergunto franzindo uma sobrancelha. – Vivíamos no caos e tínhamos de arranjar formas para sobreviver. - Acabo de colocar a compressa no braço dele, e sorrio para Gally.

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