~ J. Daniel Atlas (Now You See Me)

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Hey! Espero que gostem...

Boa leitura 📖

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O meu percurso com os Cavaleiros sempre foi atribulado, mas nós sempre tivemos as situações controladas, o que fazíamos nos shows era planeado até ao mais ínfimo detalhe. Mas depois de termos sido raptados e enviados para o Japão, as coisas saíram do nosso controlo e toda esta situação já começa a passar dos limites.

Os meus nervos têm estado à flor da pele desde que aqui chegámos, estamos a arriscar demasiado. Estamos a arriscar as nossa próprias vidas, e isso ficou claro para mim depois de Daniel saltar para dentro de água para salvar o Dylan que foi capturado pelos homens de Walter Mabry e atirado ao mar numa réplica do cofre em que o seu pai morrera afogado.

Os segundos continuam a passar e o meu nervosismo continua a aumentar cada vez mais, o Daniel continua sem vir à superfície e isso está a corroer-me por dentro, os meus olhos procuram por algum sinal por qualquer coisa que indique que ele está bem, mas nada.

- Temos de fazer alguma coisa.

- Tem um pouco mais de fé no Atlas. – Merritt diz na minha direção. – Ele consegue.

Volto o meu olhar para a água sentindo os meus olhos a ficarem marejados, já passou demasiado tempo. Sinto o meu estâmago contorcer-se, uma sensação amarga e dolorosa invade o meu corpo, agacho-me perto da berma continuando sem ver nenhum sinal dele.

As minhas ações são mais rápidas que os meus próprios pensamentos, e quando dou por mim já estou a saltar para dentro de água mergulhando para o fundo. Abro os olhos conseguindo avistar, de forma turva, dois vultos a alguma distância e por isso nado na direção deles, percebo que Daniel está a tentar levar Dylan até à superfície.

Assim que consigo aproximar-me deles, agarro no braço livre de Dylan, já que o outro estava a ser agarrado por Atlas, e nadamos em direção da superfície. Assim que emergimos Merritt e Jack puxam o Dylan para cima deitando-o no chão cimentado e tentam acordá-lo. O Daniel é rápido a sair da água e a estender a mão na minha direção para me ajudar a sair.

Assim que estou em terra firme a minha irmã, Lula, aproxima-se abraçando-me com força e resmungando bastante por eu ter saltado, ignoro os seus protestos e apenas a abraço de volta durante breves segundos, e assim que a solto ando na direção de Daniel abraçando-o com força.

Percebo que ele é apanhado desprevenido pois demora alguns segundos a corresponder ao braço, mas quando o faz eu sinto um alívio inexplicável. Daniel está aqui, e ele está bem.

- Nunca mais faças algo assim. – Murmuro apertando-o com mais força. – Nunca mais, Daniel.

- Está tudo bem, Essiene. Eu estou bem.

- Eu também estou. – Dylan diz um pouco atordoado. – Caso queiram saber.

Eu não respondo e não tenho qualquer intenção de soltar Daniel, e agradeço o facto de ele também não me afastar. Uma das suas mãos está na minha cabeça fazendo alguns carinhos enquanto a outra se mantém pressionada nas minhas costas. Não é o abraço mais aconchegante do mundo porque ambos estamos molhado e frios, mas mesmo assim consigo sentir segurança e tão cedo não o vou querer largar.

- Temos de sair daqui. – Merritt diz ao fim de um tempo em silêncio. – Antes que o Walter perceba que o plano não correu como planeado.

- Vão na frente.. – Daniel diz pousando o seu queixo no topo da minha cabeça. – Nós já vamos.

- Tens a certeza? – Jack pergunta confuso. – Pode ser perigoso.

- Apenas alguns minutos.

- Juízo. – Lula diz quando passa por nós numa clara provocação que é ignorada por ambos.

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