~ Minho (Maze Runner)

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Boa leitura 📖

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O balanço suave da rede acompanhado pelo som das ondas do mar trazem-me uma serenidade que há muito tempo não sentia, na verdade nunca me lembro de ter sentido. Apenas me lembro da angústia, do medo e das inseguranças que o labirinto me trazia, mas desde que cheguei ao Refúgio Seguro tudo mudou.

Tudo ficou mais leve, já não existe o constante medo, a insegurança ou os pesadelos. É como estar a viver uma nova vida longe de tudo aquilo que me causou angústia.

- Hey, trolha!!! - A voz de Minho soa perto do meu ouvido assustando-me e fazendo-me cair da rede.

- Tu és um idiota. - Resmungo encarando-o enquanto ele se deita na rede onde eu estava anteriormente. - Essa rede é minha.

- Agora já não é. - Reviro os olhos e suspiro frustrada.

Sem dúvida que o passatempo favorito de Minho é embirrar comigo, e por muito divertido que seja para ele, é extremamente irritante e desconfortável para mim. Ele consegue estragar todos os meus momentos de paz com comentários sarcásticos e piadas desagradáveis.

Levanto-me da areia e sacudo as minhas roupas preparando-me para ir embora, mas Minho agarra no meu pulso impedindo-me.

- Onde vais?

- Procurar outra rede, e de preferência longe daqui.

- Podemos dividir esta. - Ele sorri de lado e eu franzo uma sobrancelha abanando negativamente a cabeça.

- Adeus, Minho. - Solto o meu pulso da sua mão num momento brusco e afasto-me.

-ESPERA!!

Olho para trás vendo Minho a levantar-se da rede e a correr na minha direção e isso faz-me correr na direção contrária à dele tentando ganhar o máximo de distância possível.

Contudo Minho corre muito mais rápido que eu, por isso em questão de segundos ele já está ao meu lado, ele agarra no meu braço virando-me para ele num movimento brusco e isso faz com que eu perca o equilíbrio e caía para cima dele que, por consequência do impacto do um corpo contra o dele, também se desequilibra e cai na areia e eu acabo caindo por cima dele.

- Tu és mesmo um idiota. - Resmungo tentando afastar-me, mas Minho coloca as mãos no fundo das minhas costas impedindo-me.

- E tu és linda.

- Sim, claro.. – Respondo revirando os olhos e mais uma vez tento levantar-me, mas ele impede-me.

- Eu sei que tenho sido um idiota.. – Minho murmura analisando-me. – Mas eu queria chamar a tua atenção.

- Rapazes normais oferecem flores, convidam as garotas para encontros, oferecem chocolates. Tu estragas os meus momentos de paz. – Refilo aborrecida e Minho ri-se.

- Em minha defesa, eu vivi três anos com rapazes idiotas e não me lembro de alguma vez ter flertado com uma garota.

- E porquê eu?

- Vi-te pela primeira vez na Berg quando fomos levados pela CRUEL, eu já estava consciente, mas tu ainda não. Estavas à minha frente e tinhas bastante sangue na cara por causa de um golpe na testa... - Ele olha para a minha testa e toca suavemente na cicatriz. – Mas mesmo com todo aquele sangue eu achei-te deslumbrante.

- Minho... - Resmungo envergonhada fazendo-o rir.

- É sério, eu nunca mais me esqueci do teu rosto mesmo estando ensanguentado. A tua cela ficava à frente da minha, e eu observava a forma como tu conseguias acalmar todos à tua volta. Eu desejei muitas vezes estar na mesma cela que tu apenas para poder ouvir as tuas palavras de conforto.

- Eu só dizia aquilo que gostaria de ouvir. – Encolho os ombros e suspiro encostando a minha cabeça no ombro de Minho. – Estavam constantemente a levar pessoas da minha cela, e eu sentia sempre medo quando aquela porta se abria, pensava sempre que ia ser eu.

- O que tu vias? – Minho pergunta ao fim de um tempo em silêncio. – Quando eles te levavam para aquela experiência?

- Pessoas sem rosto que me tentavam abraçar, suponho que seria a minha família ou algo do género. Era aterrorizante, por mais que corresse nunca chegava a lado nenhum. Acho que era mais assustador do que o labirinto. Eu sabia que não era real, mas –

- Não conseguias parar de correr. – Minho murmura fazendo-me encará-lo. – Quanto mais medo tinhas, mais corrias e quanto mais corrias menos alcançavas. – Aceno a cabeça em concordância e Minho suspira. - Ao menos no labirinto nós tínhamos pessoas ao nosso lado, pessoas reais. Naquela simulação estávamos sozinhos, e eu acho que isso era o que me dava mais medo.

- Não falemos mais disso. – Viro o rosto do Minho na minha direção e sorrio. – Estamos em segurança agora, não precisamos de reviver o passado.

- Tens razão. – Minho sorri e faz um carinho na minha bochecha. – Mas há mais uma coisa que eu quero dizer. – Ele fala num tom baixo.

- O quê?

- Uma vez um guarda foi buscar-te e tu deste-lhe uma cabeçada deixando-o a sangrar do nariz, tu foste incrível e foi como se mostrasses a todos nós que valia a pena lutar contra a CRUEL, mesmo que parecesse que já tínhamos perdido. Deste-me esperança, e nesse momento eu pensei: "Eu preciso de beijar aquela garota."

As minhas bochechas coram violentamente e desvio o meu olhar do de Minho sem saber o que dizer, ele desce a mão suavemente até ao meu queixo fazendo-me encará-lo, o meu coração está tão acelerado que eu tenho quase a certeza de que Minho o consegue sentir a bater contra o seu peito.

- Dás-me permissão? – Ele murmura passando o indicador suavemente pelo meu lábio inferior. – Para poder concretizar o meu desejo?

Encaro Minho sem saber o que dizer, mas os meus olhos falam por mim quando fazem o trajeto até à boca dele, um sorriso cresce nos seus lábios e ele gira-nos na areia ficando por cima de mim. Uma mão está posicionada ao lado da minha cabeça enquanto a outra está no meu rosto acariciando as minhas bochechas.

- Se não quiseres basta dizeres. – Minho murmura roçando os nossos narizes.

Pouso as minhas mãos no pescoço dele e fecho os olhos quando sinto os nossos lábios roçarem suavemente, o beijo começa calmo e até um pouco desajeitado e isso faz-me perceber que Minho também está nervoso.

Os nossos lábios separam-se devagar, mas Minho não afasta o seu rosto do meu. Encaro-o durante alguns segundos até que volto a juntar os nossos lábios, sinto-o sorrir entre o beijo e isso também me faz sorrir.

As nossas línguas encontram-se de forma eletrizante, e todas as sensações que estava a sentir antes parecem multiplica-se por cada célula do meu corpo. Nunca pensei que beijar Minho me fizesse sentir tão bem, e até mesmo especial.

- Obrigado. – Minho murmura contra os meus lábios e roça os nossos narizes. – Mas agora eu nunca mais vou conseguir parar de te beijar.

- Ótimo, porque eu não quero que pares

- Quem diria que tu gostas do idiota... - Ele murmura sorrindo de lado fazendo-me revirar os olhos, mas depois acabo por sorrir também.

- Idiota mesmo porque devias era estar a beijar-me.

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- 2SAOS3

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