Por que não podia simplesmente dizer as palavras? Vá em frente, Giovanna, fique com Jackson para você. Ele a quer, certamente. Divirta-se. Envolva-se com ele. Ele vai chutá-la no final, mas... e daí?
Devia ser isso. Anahi estava apenas protegendo a irmã.
Alfonso havia retirado a velha churrasqueira da garagem e limpado o utensílio da melhor maneira possível. Depois, preparou hambúrgueres para todos, inclusive para a equipe de trabalhadores. Havia também milho, cebola assada, salada de batata que ele fora comprar no supermercado, e uma suculenta melancia. Uma combinação clássica.
Alfonso era muito talentoso. Bonito, divertido, bem humorado e respeitado por todos os outros, que pareciam trabalhar sob suas ordens por muito tempo.
Os trabalhadores já haviam ido embora, prometendo trabalhar no final de semana, e as meninas foram passar a noite na casa de Ashley. Festa do pijama com direito a música e sorvete. Giovanna aprovava todas as amigas da filha. Anahi sentia-se uma tia responsável por ter perguntado. Giovanna havia até se mostrado surpresa ao saber que a filha passava tanto tempo com meninas de sua idade. De acordo com ela, Carly era uma solitária por natureza e gostava mais de pintar do que de atividades sociais.
Anahi não era inexperiente. Havia ido a festas na adolescência e na juventude, e por isso conhecia todos os sinais. Felizmente, Carly parecia estar vivendo um verão seguro. Cinema, carros, rapazes... Ela mesma tivera sorte por ter terminado a adolescência viva e sem nenhuma gravidez indesejada. Teria de conversar com Carly antes de partir.
De repente percebia que havia deixado o tempo passar sem conquistar as coisas que eram realmente importantes. Filhos, um casamento, um lar de verdade. Seu apartamento era lindo e funcional, mas Giovanna havia construído um lar ali. Anahi abriu outra cerveja e olhou para o deque, lembrando dias felizes do passado. Quantas vezes ela e a família haviam se reunido ali, naquele mesmo quintal?
— Boas lembranças? — Alfonso perguntou ao vê-la sorrir.
— Minha mãe cozinhava muito mal, mas meu pai fazia hambúrgueres como ninguém. Vivemos muitos dias como o de hoje. Houve um churrasco especial. Minha irmã e eu descobrimos como mergulhar usando o balanço como impulso. Era noite, a maré estava alta... Tínhamos um balanço de corda feito por meu pai. Ficava bem ali. — ela apontou para uma árvore perto do deque.
— Ei, a corda ainda está lá. — Alfonso notou espantado. — Devíamos removê-la.
— Nem pense nisso! Você ia acabar... Alfonso! — ela exclamou, notando que eleja começava a subir na árvore. — Vai quebrar o pescoço!
— Subo em árvores desde que era um menino.
— Mas não é mais um menino. Agora você é um velho enferrujado!
— Puxa, você sabe como alimentar a autoestima de um homem.
— Ele já estava quase alcançando o galho onde a corda havia sido amarrada muitos anos atrás.
— Você é mais maluco que eu.
— Provavelmente. — Ele examinava o local onde a corda estava amarrada.
— Parece segura.
— Desça já daí, seu doido!
— Lá vou eu! — Ele se agarrou à corda e balançou o corpo, soltando-se bem em cima do deque para uma aterrissagem perfeita.
— Já conseguiu nota máxima do júri. Agora chega. — Anahi sorriu.
— O quê? De jeito nenhum! Agora é que vamos começar a nos divertir. Vá vestir seu maio. Tenho uma sunga na caminhonete.
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Em seu Lugar
RomanceA gêmea certa ou a gêmea errada? Anahi e Giovanna são gêmeas idênticas que têm estilos de vida totalmente opostos. Para quebrar a rotina, elas resolvem trocar de lugar uma com a outra. Durante uma semana, Anahi esquece seus compromissos de executiv...