Casamento em Risco | Vondy

16 - ERRADO E BOM

POV DULCE

No restante da manhã, tentei não misturar os sentimentos que sentia ao vê-lo ali de frente pra mim. Continuei meu trabalho, mesmo ele sendo irônico vez ou outra. Eu não sabia ao certo como agir e o que fazer, eu estava grandemente encrencada e pronta pra repetir aquela loucura. Eu só não poderia ter a ajuda dele, pois eu literalmente estava por um fio de repetir ali mesmo.

Fui almoçar com Anahi, minha amiga disse que tinha algo a me contar e eu como boa curiosa que sou, quis saber do que se tratava, e claro, ajudá-la.

(...)

— E então amiga, como posso te ajudar? Você sempre faz tanto por mim... — digo me referindo ao seu apoio de sempre e claro, o ótimo emprego que me arrumou.

— Eu não vejo assim.. você sabe. Gosto de ajudar a todos... você então.. como minha irma, e é por isso também que eu quero muito te perguntar e quero que seja franca comigo. — ela suspira e me encara.

— credo, que houve?

— amiga... tá acontecendo algo que eu não deva saber? Eu e o Poncbo precisamos entender.

— algo? Como assim? — eu não quero acreditar que ela já esteja suspeitando de algo.

— amiga... não é a primeira vez que o Poncbo me diz que você está muito próxima ao Christopher... que enfim... parece ter um sentimento além, você me entende né? — ela me encara.

— Mas...de onde você tirou isso? — eu deveria continuar o teatro, ou simplesmente me abrir com ela.

— amiga, o Poncho é um grande amigo do Christopher... e ele mesmo está estranho com ele, sempre que se aproxima os rapazes mudam de assunto, e outro dia ele notou que falavam de você e que ele estava com um olhar diferente. Sabendo do passado dele me preocupa que você esteja sendo iludida sabe? E eu entendo se estiver gostando... ele é jovem, bonito... simpático... enfim, ele parece muito interessado... e você passando por uma crise, seria um prato cheio!

— Anahi, por favor... vocês estão vendo coisas. Que absurdo dizer isso... sério... eu sou... casada... — engulo seco.

— caramba amiga... eu tô vendo que tem coisa aí... olha sua cara... me diz... rolou ou não? Sabe que não vou te julgar. Só quero seu bem... mas precisa ser sincera.

— Amiga por favor, eu não quero falar disso. — abaixo a cabeça.

— então aconteceu mesmo né? — ela me encara e suspira — Dulce... você está se colocando em problemas... Se Pedro descobre e...

— não ia me julgar... foi o que eu ouvi. — a encaro.

— tá certo... mas me diz. Como? Porque? — ela estava perplexa.

— eu não sei... só sei que ultimamente ele tem me atraído de outra forma...e não sei.. acho que ele pensa o mesmo desde que cheguei. E isso não tem haver com o Pedro, mesmo sendo errado, eu... eu gostei...

— Vocês dormiram juntos então?

— Sim. Uma vez. Quer dizer, uma noite... enfim...

— E o que pretende fazer?

— tentar não repetir isso. Não seria certo. E fora que essa história de possível traição do Pedro me deixou com mais raiva. Então eu fiquei querendo dar o troco. Porém o troco foi tudo bem dado que eu me sinto laçada sabe?

— Céus amiga... você está encrencada.

— Foi o que eu disse. E fora que somos patrão e empregada que compartilha de uma boa sala. Só peço que não conte nada ao Poncho ainda... por favor. Eu tô tão confusa... — abaixo a cabeça.

— Aí amiga, no seu lugar também estaria. Você é incrível, mas precisa dar um jeito nisso... e pode deixar que vou manter segredo.

— obrigada amiga... então vamos indo, preciso voltar pra sala e finalizar um relatório.

— ok...

POV CHRISTOPHER

Era bom ficar encarando ela ali naquela sala, me fazia até esquecer que eu estava cheio de problemas. Estar com Dulce era tão bom... e os momentos na cama foram os melhores, só quero que ela pense assim também.

Conversando com Christian e Michel, eles disseram que Poncho suspeitava e eu disse que logo daria um jeito de contar.

No fim do dia Dulce pegou o elevador e foi embora. Eu esperei que ela fosse sozinha, haviam poucas pessoas ainda na empresa e quando percebi que não havia mais ninguém no térreo do estacionamento eu fui abordá-la.

— Aí que susto. — faço ela de virar e colocar seu corpo contra o meu sob um veículo.

— será que podemos... conversar? — pergunto encarando seus lábios.

— Christopher por favor eu acho que..

— eu acho que foi tão incrível que eu queria repetir aqui e agora... você me deixa louco, fiquei o dia todo imaginando você e eu naquela sala. — me esfrego nela e percebo que ela já se encontra excitada também.

— Não ficou contente em me ver gozar em sua cama a noite toda querido chefe? — ironizo. — o que eu estava dizendo?

— Fiquei.. só que não tão saciado... poderíamos fazer agora, o que eu pensei o dia todo?

— o.... o que você pensou? — ela encara meus lábios.

— Estava afim de transar aqui mesmo... com toda adrenalina possível.

— Espera você está....

— Louco, sedento, viciado... eu quero você... — eu dizia sussurrando e minha mão invade o interior de sua saia, lhe fazendo fechar os olhos e esperar por aquilo.

— você não vai...

— eu vou... — enterro um de meus dedos dentro de sua vagina molhada, ela queria tanto que era impossível não notar. — fechou os olhos e deixou que eu a sentisse, mesmo sabendo que poderíamos ser pegos a sensação era deliciosa.

Meu dedo entrava e saía com maestria. Ela se segurava pra não gemer e eu adorando vê-la assim. Quando ela estava quase lá, tirei meu dedo e provei aquele bom sabor que ela tinha. Dulce ficou estagnada parecendo esperar mais, então eu sorri satisfeito.

— se quiser continuar, te espero em minha casa. — lhe dou um beijo no rosto e saio, vendo ela me encarar confusa e toda relaxada.

Era exatamente o gosto de quero mais que eu queria atrair. Eu precisava e queria ela mais do que tudo.

Dulce entrou no carro com olhar confuso e saiu. Eu pode sair sorrindo e pensando em como ela estaria querendo continuar aquilo.

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