45 - A VERDADE VEM À TONA

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POV CHRISTOPHER

(...)

— porque você fez essa cara? Sabe de alguma coisa? — ela me pergunta.

— não é que... — ela me interrompe.

— que o que? Me fala... o que aconteceu?

— nada é que... nesse período que você ficou descansando eu peguei a carta com o enigma solucionado... não queria te mostrar agora... ainda mais depois que você passou mal, só que acho melhor resolvermos isso né... — lhe encaro.

— cla-claro, cadê a carta? — ela me encara.

— tá aqui... — pego sob a mesa e lhe entrego. — O que acha que tem aí? Acha que vai descobrir porque ela te persegue comigo?

— Acho que sim. — ela pega e ameaça abrir — algo me diz que essa ideia inútil de carta é o que me faz acreditar ainda mais em você. — ela me encara

— eu... eu sei que você não estava duvidando de mim de propósito, tinha motivos pra isso... estava tudo muito bem armado, eu sei.

— é... eu quero que saiba que independente do que estiver escrito aqui.... Eu acredito em você.. tudo o que aconteceu me mostra isso. — ela se aproxima me olhando nos olhos. — demorei mais enxerguei

— Eu fico feliz. Muito feliz... só o que me importava era que você enxergasse isso... — seguro seu rosto e ela fecha os olhos parecendo esperar um beijo. Eu me aproximo mais e encosto meus lábios nos seus, invadindo a passagem que ela me deu em seus lábios. Foi um beijo doce e lento... como eu esperava por alquilo.

Nos afastamos e voltei a encara-la seriamente, ela por sua vez fez o mesmo, vi que ela estava tensa.

— Abre. — digo e ela abre me olhando. — o que diz? Pergunto.

— Pedro não ama ninguém... Espera...Pedro? — ela me encara novamente.

— o que diz mais?

— Pedro não ama ninguém. Pedro se faz de bom moço, Pedro é um perfeito canalha, Pedro se diz incapaz de agir com o coração, Pedro é sínico... e as referências não param... ela só pode estar falando do meu ex, Pedro. — ela fica pálida.

— Eles já tiveram juntos? Ou algo do tipo? — pergunto espantado.

— Não que eu saiba... mas pelo jeito... Céus.... Mas de onde ele a conhece? Foi muito rápido quando entrei na empresa, as coisas não estavam tão bem entre a gente... se fosse um caso amoroso ou sei lá... não daria tempo.

— Devem se conhecer de antes, ela deve ter descoberto que você era a mulher dele, e aí te pegou pra Cristo, afim de te atrapalhar em tudo. Eu suponho.

— Mas a troco de que? Se meu casamento já não ia bem?! Isso está muito estranho... eu vou falar com o Pedro agora!

— Mas assim? Acha que ele vai dizer? — a sigo.

— Ele me deve isso! — ela calça os sapatos e pega a bolsa. — você vem?

— claro. Não te deixo sozinha com ele.

Dulce estava tão aflita com essa história que quis resolver tudo ali na hora. Talvez ela nem encontre seu ex em casa. Ele vive viajando. Dulce praticamente esmurrou a porta da casa que ele mora agora.

(...)

Ei... calma, já vai. — ele diz lá de dentro e abre a porta —Dulce?! O que faz aqui? Como sabe que moro aqui? — ele me encara rapidamente.

— Agora não importa.. só preciso conversar com você uma coisa.

— que coisa? E o que ele faz aqui? — me encara.

— vim acompanhá-la. — retruco.

— é ele veio me acompanhar... mas Pedro, podemos entrar ou não?

— tá... pode... — ele abre passagem e entramos — do que se trata? — ele pergunta dando um gole no copo de água que carregava em uma das mãos.

— Conhece alguém com o nome de Tatiane Vilas Boas?

Buufff — ele cospe a água — Que? Como? — ele arregala os olhos.

— Pelo jeito você conhece. Me diga porque ela estaria me dizendo tudo isso de você? — ela entrega a carta e ele lê.

— eu não sei... é... não sei se estamos falando da mesma pessoa. — ele disfarça.

— ahhh.. estamos sim! Uma vadia que adora me atrapalhar... não conheço outra. Que inclusive era da empresa.

— Argh... — ele suspira depois de alguns segundos de silêncio. — a Taty foi... foi um erro. Não pensei que fôssemos falar disso um dia.

— por que? Tiveram um caso? Acho que agora não há problema em ser verdadeiro. — ela o alfineta.

— tivemos um envolvimento. Um pouco antes de eu conhecer você... nos apaixonamos e larguei dela. Depois disso ela voltou a me ver... tentou reaproximar... eu ainda gostava dela... mas estava apaixonado por você... então não demorou muito e nos afastamos novamente. E então desde a última crise que tivemos ela reapareceu... tivemos algumas recaídas assim como você se envolveu com esse engomadinho... eu tive com ela... mas acabou. Já estou em outra.

— você tá me dizendo que ela me persegue, me atrapalha com o Christopher, tenta fazer eu perder meu bebê por causa de algo que eu nem sabia? Da sua infidelidade? — ela se altera.

— não acho que essa seja a melhor hora pra falar de traições. Você fez o mesmo!

— eu sei. Só que ninguém ficou no seu pé te prejudicando em tudo! Por que ela não faz isso com você? Que foi quem realmente não a quis?!

— não sei... ela é maluca. Não aceita que nós dois não rola mais..

— diante de tudo isso eu só consigo ficar mais abismada com a falta de noção dela.. meu Deus como pode querer me prejudicar, logo eu que não sabia de nada, nem de antes de mim na sua vida! — ela suspira.

— agora que já sabe, podemos concluir toda a confusão. — digo e meu telefone toca. Era o detetive no laboratório — Dulce, temos que ir, é o verdadeiro resultado que está lá...

— resultado do que? — Pedro pergunta.

— A Taty inventou que estava grávida de mim, falsificou o exame e estamos desmascarando tudo hoje.

— Ela não vai mudar nunca mesmo.

— que mulherzinha você foi se meter! — digo.

— eu vou lá saber que ela era doida?! Pois então... é isso que disse a vocês... — Pedro conclui

— mas então de quem é aquele bebê? Se é que existe?! — Dulce pergunta.

— talvez seja seu... há quanto tempo não se veem? — pergunto a ele.

— Uns 3 meses, não sei.

— xeque mate. Você vem conosco. — digo.

— eu? — ele pergunta.

— exatamente!

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Notas da autora:

Boom, explodiu! 🤭

Casamento em Risco | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora