27 - PROBLEMAS

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POV CHRISTOPHER

Algumas bebidas depois. Estávamos todos bem embriagados, eu mal conseguia andar. Fui para meu quarto e os demais também foram.

Entrei e só me joguei na cama, mal consegui trancar a porta. Meus olhos não queriam se manter abertos, mas percebi quando alguém entrou, uma mulher.

Minha vista estava meio turva, mas posso jurar que é Taty. Que agachou perto de mim e começou a alisar meu rosto. Ela nem parecia que estava tão bebada como eu.

— o que... faz aqui? — pergunto com dificuldade

— vim ajudá-lo, o Sr está muito bebado, não conseguiu trancar a porta.

— eu... eu sei... só me deixe dormir por favor. — minha voz estava arrastada, e fechei os olhos.

— ah... me deixe tirar seus sapatos, e te ajudar com essa calça. — ela começou a tirar meu sapato e eu nem me mexi. Iria apagar de vez.

— não... não... a calça não... — só disse já de bruços.

— ok... eu vou encostar a porta. — ela disse e quando escuto o barulho dela fechando eu finalmente durmo.

Muitas horas depois e eu acordei. Era mais de meio dia. Meus olhos estavam pregados, de tanto que ficaram fechados. E quando vi a hora tentei me levantar correndo, mas minha cabeça pesou tanto! Fazia tempo que não bebia assim. Quando finalmente consegui me levantar eu olho pro lado e vejo uma mulher em meio os cobertores. Jesus, quem... quem era... eu não... não, não fiz isso com ninguém. Ou fiz?

Tiro o cabelo do rosto dela e vejo que era Taty. E eu quase pelado. Meu Deus. O que aconteceu aqui ontem?

— Tatiane, Tatiane... acorda... o que aconteceu aqui? — chacoalho ela.

— aiii.. o que... minha cabeça... — ela me encara.

— o que faz aqui??? O... o que houve? — meu tom de voz já era outro.

— bom... ontem eu o ajudei com os sapatos e... depois você pediu pra eu ficar aqui. — ela senta na cama, estava só de lingerie.

— que? Eu não... não não pedi nada disso, ou pelo menos me lembro de não ter pedido... você não viu como eu estava bebado? Como permitiu acreditar em uma palavra de um tonto? — eu não queria acreditar que tinha cometido uma besteira.

— mas você... você pediu com um jeitinho que... eu não consegui não ficar.. me desculpe... e... você me parecia bem carente.

— que?? Carente? Eu não pedi nada, Tatiane. Por favor, me diga o que realmente aconteceu aqui. Você nitidamente estava bem menos bebada que todos nós. Você... você não se aproveitou da minha embriaguez né? Sabe como eu sou correto com a Dulce... eu não faria nada com mulher nenhuma.

— lamento, Sr. Eu entendo que goste dela, todos sabemos. Mas... você me quis ontem, e como sempre foi recíproco, eu não quis perder a oportunidade. — ela abaixa a cabeça.

— você é maluca! Como pode?! Meu Deus!! Eu não fiz isso... não!! — começo a gritar.

— Sim, você fez.. nós fizemos... eu... eu já vou... — ela se levanta e coloca o vestido.

— sento na cama e coloco a cabeça entre as pernas. Eu cometi um erro, eu dormi com outra... eu trai Dulce!

— que isso cara, ouvi seus gritos e vi Tatiane saindo do seu quarto. O que aconteceu aqui? — Michel entra.

— Você não vai acreditar... eu... eu acordei mal da ressaca, como vocês, e olhei pro lado ela tava aqui. Do nada.

— Mas... ontem eu vi você entrando sozinho... aquela doida deve ter vindo aqui depois.

— Sim, ela veio... lembro dela entrando pra me ajudar com os sapatos. Eu disse que não precisava. E fiquei nervoso com a presença dela ali... e só consegui apagar quando ouvi ela fechando a porta.

— Meu caro... ela fechou a porta então... mas permaneceu do lado de dentro. Deve ter tentado te seduzir dormindo...

— Mas... mas eu não me lembro de nada... e ela disse que aconteceu... eu jamais faria isso com a Dulce, pra que? Quando estive solteiro nunca me faltou oportunidade pra dormir com ela. Sempre soube que era afim.

— Mas ela sempre soube que só conseguiria na marra. E agora... como vai fazer pra descobrir se ela inventou ou se vocês dormiram juntos mesmo? — ele me encara.

— argh... não sei... não sei... tava tão feliz que tínhamos conseguido esses contratos. E agora como vou olhar na cara da Dulce depois disso?

— Eu não sei... mas se achar que deve, conta a verdade a ela.. antes que a Taty saia espalhando que dormiu com você, é o troféu que ela esperava.

— P*ta merda! O que eu faço? Meu Deus... eu vou falar com aquela menina. — me levanto.

— Ei... vai sem bermuda? — ele diz

— É mesmo... fiquei tão nervoso que nem terminei de me vestir.

O dia pra mim mal havia começado e já tinha "acabado" essa menina estava afim de me causar problemas. Fui ao seu quarto esclarecer isso.

— Taty.... abre!! Sou eu!!

— Espera... — ela abre a porta.

— Você tem certeza do que está dizendo? Você não está armando isso? Está?! — lhe encaro.

— Eu?! Claro que não... você viu que eu só quis ajudá-lo ontem quando entrei, com todo respeito.. Você deve ter me confundido com a Dulce, pra ter me agarrado depois.

— confundido?! Jamais. E eu não te agarrei. Eu apaguei na cama. Pelo que me lembre... mas olha... se você estiver inventando isso, como acho que está... já se considere despedida. Eu não tenho provas... mas... eu vou tentar lembrar. E quero esse assunto como encerrado!

— o Sr está me ofendendo... eu não preciso inventar nada. Todos naquela empresa gostariam de estar comigo. Eu não sou uma mulher indesejável.

— Pra mim é... eu lamento. Só bebado mesmo eu faria isso, não estando comprometido. E... se por acaso esse assunto surgir na empresa, você já sabe o que irá acontecer. — serro os olhos e saio.

Eu acabei de ameaçar uma mulher. Não sei exatamente do que... mas... eu senti que se a despedisse ali mesmo, o problema poderia ser maior. Por enquanto era melhor manter isso como não ocorrido, até eu criar coragem e contar pra Dulce, prefiro que essa história surja pela minha boca, do que pela dela.

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Casamento em Risco | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora