41 - UM CASTIGO DO DESTINO

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POV DULCE

Os dias passaram lentamente,  não sei se estava vivendo ou sobrevivendo até chegar o dia do resultado do DNA. Aquela maluca ainda teve o desprazer de aparecer no escritório outro dia. Eu quase voei na cara dela.

Christopher não queria dizer, mas estava apreensivo. E com isso, eu também, claro. Eu sentia que estava no meu limite, e que se esse bebê fosse dele mesmo eu não iria aceitar.

A clínica ligou avisando pra ele ir buscar, eu insisti que queria acompanhá-lo mas ele não permitiu. Deixei que ele fosse sozinho, sabendo que a Taty iria também.

No meu ímpeto fui pra sala de Anahí, fiquei quietinha la só esperando ele voltar.

POV CHRISTOPHER

Chegou o dia de buscar o resultado do DNA, eu não queria comentar, mas tinha um pressentimento ruim a cerca disso. Não queria ver a Dulce mais aflita  do que já estava.

Entrei no carro e segui para para o laboratório. Taty estava lá sentada, sorriu quando me viu entrar e se levantou.

(...)

— Oi... — ela diz.

— Oi... já chamaram por mim?

— Não.. Não sei. Acabei de chegar.

— ok. — me sento e ela se senta também.

10 minutos depois e uma moça lá de dentro vem com o papel e nos chama para uma sala. Eu segui suando frio, e ela claro, contente.

Quando fomos abrir, a jovem nos deixou a sós. Eu fui lendo e a parte que correspondia ao que seria importante estava bem clara. Eu era mesmo o pai. Que droga!

— Bom... agora você sabe que eu não sou uma aproveitadora, e que... realmente passamos aquela noite juntos. — eu fechei os olhos e respirei fundo. Eu estava arrasado. Meu relacionamento já estava por um fio, e depois dessa... com certeza acabaria!

— Por favor não me lembre de nada aquela noite! Eu estava bebado, e repito, não quis me deitar com ninguém. Você aproveitou da situação, você... você armou isso. — me altero.

— Ei porque ta gritando comigo?! Acho melhor se controlar! E não fui eu que fiquei dura pra entrar em alguém.

— Que abusada! — grito.

— Algum problema? — um senhora funcionária abre a porta.

— Não... eu só me recuso a acreditar nesse resultado. Estou indignado.

— Bom... eu entendo que descobrir que será pai assim quando não esperava pode ser algo ruim. Mas Sr, nosso laboratório é muito sério, e se constou é porque é. E por favor, sem escândalos aqui. — ela me encara.

— tudo bem. Eu vou resolver com ela lá fora.

Saímos de lá quando atravessamos a rua eu a peguei pelo braço.

— aiii tá me machucando.

— escuta aqui... eu vou providenciar tudo que você precisa, aliás, tudo que o bebê vai precisar. E espero fielmente que não fique me procurando depois disso.

— Mas... como assim, você não vai estar por perto do nosso filho?

— Não... esse filho não foi planejado por mim. Eu não conseguirei olhá-lo em seu colo, lamento. Por isso não quero mais vê-la. Vamos conversar só pelo celular e está de bom tamanho.

— Christopher você... você não pode fazer isso comigo. É uma criança! — ela me olha indignada.

— ah... céus! O que eu fiz pra merecer isso! — suspiro. — eu preciso ir agora, depois te mando uma mensagem. — saio apressado.

Liguei para Michel e contei tudo. Ele veio ao meu encontro e desabafei com ele. Fui ao bar mais próximo e me enchi de whisky.

— que merda em Chris... como vai fazer?

— eu não sei... uma hora dessa a Dulce deve estar aflita e esperançosa, achando que não nos deitamos.

— é... realmente. Eu vi que ela não está na presidência, está na sala de Anahi provavelmente.

— Argh... que droga! Estou sem saída... vou perder ela.

— não sei o que te dizer... eu juro.

— não quero nem aparecer lá hoje... não consigo olhar pra ela.

— mas se você não voltar... aí que ela vai perceber. E você vai perder a chance de conversar com ela e ver como ela vai reagir. — ele me encara.

— eu... eu não quero vê-la.

— mas precisa. Vamos... deixa seu carro aí vem comigo. Depois eu peço pra alguém buscar, você está meio bebado.

Seguimos para a empresa no carro de Michel. Eu estava chorando, com medo. Cheguei lá e fui pra sala de Michel. Me sentei e ele foi chamar a Dulce.

Ela entrou na falando.

— Nossa finalmente... que demora. — eu estava com a cabeça baixa. E quando a olhei ela viu meu estado. — não me diga que.... — eu aceno positivamente — não... não... que merda você fez Christopher! — ela começa a chorar.

— Amor me perdoa por isso... eu nunca pensei que fosse cair em uma armadilha dessas... ela agiu de ma fé comigo e...

— você... você bebeu? — ela sente meu hálito.

— claro que eu bebi! Eu arruinei minha vida, arruinei as coisas com você por culpa de uma vagabunda!

— Agora não importa mais se ela é ou não é vagabunda... ela carrega um filho seu. — a lágrima cai em seu rosto.

— mas isso não importa pra mim. Eu não quero esse filho!

— para com isso! É uma criança... não seja egotista só porque vai me perder.

— eu... eu vou te perder? — pergunto.

— eu lamento Christopher. Não consigo nem olhar pra você... sempre que te olhava já ficava te imaginando com ela ali... e agora então... não vou consegui não pensar que você se deitou com outra, sóbrio ou não você se deitou, e seguiu seu instinto.

— mas que merda Dulce! O que quer que eu faça?! Eu não pedi nada disso.. eu fui assediado, é essa a verdade. Um homem bebado vulnerável.

— não importa... eu só... peço que me deixe por favor... e quanto ao bebê... eu prometo lhe informar.. e... deixar você vê-lo sempre que der...

— mas... mas o que vai fazer? — pergunto.

— eu preciso que me de férias... eu vou procurar outro trabalho... e... sumir... pra não me magoar vendo você.

— Dulce não me deixe por conta disso! Eu não fiz de propósito.

— tudo bem... eu imagino que não... mas você não pode exigir que eu entenda numa boa que agora teremos outra mulher entre nós... me entenda também... com licença. — ela sai secando as lágrimas e eu fico ali me lamentando e dando socos na mesa.

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Notas da autora:

O que vocês fariam se acontecessem algo assim com vocês? Confesso que eu não aceitaria também.

Casamento em Risco | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora