48 - PURA MAGIA

526 50 47
                                    

POV DULCE

Quando voltamos para a empresa, para minha surpresa Christopher já havia chegado. Estava me olhando sério quando entrei.

— o que foi? — fecho a porta e me aproximo.

— onde você estava? Ninguém sabia me dizer.

— eu... eu estava... — fico nervosa.

— estava? — ele repete.

— eu estava almoçando, ué. Onde mais estaria?! — faço careta.

— Dulce... espero que você não tenha feito o que eu imagino que fez? — ele me olha torto.

— como assim? — fingi demência — não tô entendendo...

— foi vê-la?

— como sabe? — lhe encaro.

— ela me ligou, disse que para deixá-la em paz, e pela primeira vez eu concordo com ela. Se já sabemos que ela armou, e que estava mentindo para nos prejudicar, pra que ficar caçando problema?

— eu só foi perguntar porque ela fez tudo aquilo, e o que realmente aconteceu no passado, com Pedro.

— pra que quer saber dele? Não já se separaram?

— claro, Christopher! Eu precisava entender tudo aquilo... pra mim foi um choque, me senti mal com todo esse ódio gratuito em mim. Enfim, foi só isso. Eu não vou procurá-la, jamais.. — desvio o olhar.

— bom... assim que eu gosto. — ele me puxa pra perto de si. — por um minuto pensei que você estivesse com ciúmes daquele seu ex sem graça.

— ciúmes? — rio. — ciúmes da sua parte né?! Olha pra você... com esse bicão. — brinco.

— eu vou continuar com esse bicão se essa noite você não for dormir comigo. — ele diz.

— e porque eu deveria?! — lhe encaro.

— você saberá... — ele ri — só quero que vista sua melhor roupa, vamos ter uma noite incrível.

— hm... ok, ok. — rio e o abraço.

O abraço que me completava, me deixava em paz. Sua companhia era tão divina.

Depois de estar com a sensação de dever cumprido, só consegui me desligar um pouco do trabalho. A tarde procurei algumas inspirações para o quartinho do Miguel. Christopher deu pitaco dizendo que ainda era cedo pra programar um quarto pra ele, não entendi, se ele sabe que tudo isso demora tanto.

Horas depois e eu já estava em casa, me arrumei, coloquei a melhor roupa e parti para dia casa. Fiz uma bolsa com alguns itens, para passar algumas noites lá.

Chegando em sua casa ele já estava devidamente arrumado. Tão elegante que só consegui imaginar que o local sería ainda mais sofisticado. E assim foi, Christopher me levou a um restaurante tão chique que eu não conseguia sorrir, de nervoso. Eu não estava tão acostumada com a riqueza dele.

Próximo a nossa mesa tinham alguns músicos famosos, que tocavam músicas dos anos 80, os clássicos románticos que eu mais amo. Christopher mandou fechar o restaurante só para nós, tudo tão perfeito que eu já sabia o que poderia vir.

— Acho que agora você sabe o que estamos fazendo aqui. — ele diz entre goles no champanhe.

— eu... não sei. — engulo seco.

— Dulce... — ele segura minha mão. — sei que já falamos disso, e pra você ainda pode parecer um trauma, ou algo antecipado demais, mas pra mim não tem sentido continuar assim.

— é... — ele me interrompe.

— me deixe continuar.. eu... acho que já enfrentamos obstáculos o suficiente pra saber que tudo que vier agora não será nada antecipado, e sim... adequado. — ele tira algo do bolso e coloca sobre a mesa. — eu.... Quero muito que você seja minha esposa... é a única coisa que falta... você já é a mãe do meu filho, o amor da minha vida, o meu braço direito, a mulher que me despertou as melhores sensações possíveis. E eu não aceito não como resposta, pense bem.

— mas... — rio — você não aceita não e ainda me pergunta o que eu quero?

— sim...

— eu quero estar contigo, quero ser sua pra sempre. É sim, sim, claro que sim... mesmo que a palavra casamento  ainda me cause sensações estranhas... isso não se encaixa quando se trata de você. Mesmo com todo o meu trauma, eu te amo e sei que agora vai ser perfeito. — sorrio e seguro em sua mão.

— então valeu a pena a minha tara pelas comprometidas, no fundo eu sabia que só conheceria o amor da minha vida assim. — ele ironiza e eu caio na risada.

— então é verdade? Eu achei que fosse exagero do pessoal da empresa.

— é... eu sentia que tinha o dedo podre, porque sempre que me interessava por alguém, via que a pessoa estava comprometida.

— o coitadinho.. — rio — vem cá — seguro em seu rosto e o beijo. Christopher coloca o anel em meu dedo e o beija. Em seguida levantamos e começamos a dançar uma das músicas que eu mais amava.

Foi um momento mágico, onde aceitei ser a sua esposa, e me entreguei de corpo e alma. Dali fomos para um hotel incrível, que estava todo decorado nos esperando.

Christopher me despiu carinhosamente na beira da banheira e me guiou para entrar naquela água maravilhosa, com espumas cheirosas.

Me coloquei sobre ele e começamos a nos beijar. Ele estava ereto em poucos minutos de toque corporal. Seus beijos foram descendo para os meus seios, me deixando extremamente excitada.

Estávamos tão sedentos que permito que ele já me invadisse. Comecei a me movimentar em sua ereção e foi quando eu delirei. Peguei o champanhe que estava ao lado e coloquei na boca dele, que sorriu sabendo que eu não poderia tomar. Do lado haviam algumas frutas que foram adoçando ainda mais nosso beijo.

Não demorou muito e eu alcancei ondas magníficas de orgasmo. Christopher se excitou ainda mais me vendo tão entregue a ele que também não demorou a  relaxar.

A noite foi incrível, e eu só conseguia pensar em como minha vida iria mudar com ele ao meu lado novamente, e desta vez como meu noivo, e em breve marido.

Agora consigo finalmente visualizar um futuro com alguém, acho que a tempestade que passamos foi tão dura que me cegou achando que eu não fosse ser feliz mais.

Ainda bem que eu errei um dia, pois foi errando que eu acertei em minha felicidade, definitivamente.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Casamento em Risco | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora