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No mercado, meu chefe estava só com uma menininha, mas ele tem um time de futebol em casa.

- olha aqui.- a menininha menor disse apontando o dedo em meu rosto. - não tente seduzir meu pai, ele é burro mas não se aproveite disso.

- eu não vou seduzir o seu pai.- fiz careta- podem me dizer o nome de vocês?

- além de tudo é burra.- ela resmungou, não sou burra, só não sou adivinha.- eu me chamo Olívia, a viciada é a Lysa, Henry é aquele ali assistindo e o Matteo é meu irmão gêmeo e está dormindo.- ela disse simples.- agora fica calada.- ela disse autoritária e saiu da espécie de sala de brinquedos onde eles estavam fazendo bagunça.
Noah me pediu pra ficar olhando eles enquanto ele vai a um evento de negócios mas que volta ainda essa noite. Eu estou ferrada.
John vai querer saber o porque eu não estava em casa quando ele chegou, ele não mora lá mas vive lá.

Ele disse que ia pegar o Arthur na creche hoje e levar pra passear, gastar, Arthur sempre volta lambuzado de tanto comer besteiras, um mundo de brinquedos e roupas novas.
Olívia entrou no quarto de novo junto com um menino loirinho muito lindo, a mulher de Noah deve ser loira, bem loira.

- quem é ela?- o menino disse coçando os olhos e Olivia pegou uns balões cheios de água e jogou eles em mim.
Meu corpo congelou e eles começaram a rir alto e sapecas da minha cara, eu estava sem paciência mas eles são os filhos do meu chefe, eu não posso colocar eles de castigo.
Me levantei torcendo os lábios e passei as mãos no rosto. Tinha um banheiro no fim do enorme corredor, fui andando até lá e abri a porta procurando uma toalha, quando peguei a primeira que vi, sequei meu rosto e tentei secar a camisa mas não funcionou muito. Meu celular começou a tocar e na tela estava o nome de John. Atendi sem paciência descendo as enormes escadas.

Call on

- que qui é.- falei sem paciência.

- olha o jeito que você fala comigo.- ele disse.- peguei o moleque e trouxe ele pro meu apartamento, ele vai dormir aqui hoje, já ta no seu apartamento?

- sim, estou.- falei.

- ótimo, amanhã cedo eu levo ele aí beleza? Se comporta.- ele riu nasal e desligou.
Eu vou ir pra casa, mas eu queria tanto dormir com meu filho.

Não esta tão tarde, mas Noah ainda vai demorar.
Aquelas crianças devem estar com fome então abri a geladeira pegando uma geleia francesa que ali tinha e aproveitei pra pegar umas torradas. Deixei em cima do balcão e subi as escadas indo até a sala de brinquedos. Os dois meninos estavam dormindo jogados no tapete, sujos de tinta, peguei eles e coloquei no sofá que ali tinha, depois Noah se vira. A menininha me olhava com os olhos arregalados porém ela sorria.

- esta com fome?

- esta com fome?- ela repetiu

- não entendi.- falei confusa

- não entendi.- ela sorriu debochada e ru me toquei.

- esta me imitando, certo?

- esta me imitando, certo?- suspirei e fechei meus olhos pegando ela no colo.
Desci até a cozinha com a mesma, coloquei ela sentada no balcão e lhe ofereci as torradas com geléia sem falar absolutamente nada. Ela pegou uma sorrindo fofa e ficou me olhando, consegui domar ela? Não. A mesma esfregou toda a geléia da torrada na minha camisa que já estava molhada, que perturbação meu Deus ela é mil vezes pior que o Arthur.

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