wishes

26

- você não ia voltar no próximo mês?- falei nervosa vendo John em minha frente sério segurando suas malas. Ele chegou bem no horário que eu ia pra empresa, se eu chegar atrasada, Noah me mata.

- sim eu ia, mas você me desobedeceu.- ele disse segurando meu rosto.

- que porra!- suspirei - oque eu fiz?- falei com dificuldade já que o mesmo apertava meu rosto, bochechas.

- oque ele veio fazer aqui? Hã? Diga, vadia.

- ele quem?- fiz a egípcia.

- o pai do Arthur, oque ele veio fazer aqui? Porque você chegou com malas?

- como sabe de tudo isso?

- então é verdade.- ele soltou o meu rosto.

- John você não pode me controlar. É a minha vida.

- Sina você acha que eu confio em você? Óbvio que eu deixei pessoas te vigiando sua idiota. Agora me responde, que merda ele estava fazendo aqui e porque diabos você sai todo dia?

- John ele é meu chefe.- falei rápido e ele levantou as sobrancelhas.

- esta trabalhando, sem a minha permissão?

- estou John eu preciso desse emprego. Não posso e nem quero ficar despendendo de você.

- eu não estou nem aí pro tal emprego e nem pra sua opinião Sina, eu quero saber oque aquela porra de homem tava fazendo aqui.

- você sabe que ele é o pai do Arthur e ele descobriu, queria que eu expulsasse ele? - levantei as sobrancelhas.

- oque? Sina as coisas do passado ficam no passado, nem no seu parto ele estava.- Ele fala como se ele estivesse.- Cadê o moleque?

- ta na casa do Noah.

- Sina como você deixa o meu moleque na casa desse cara que você nem conhece direito? Sua tapada.- ele deu um tapa fraco em meu rosto e eu bufei cuspindo no rosto dele. O mesmo me encarou, limpou o rosto e levantou a mão, provavelmente para me bater. Mas eu permaneci parada, quando ele viu que eu "não tinha medo" abaixou a mão e eu respirei aliviada.

A campainha tocou e eu dei poucos passos indo até a porta, abri ela. Ali estava Noah segurando Arthur no colo. John e Noah se encararam por um tempo e ambos franziram o cenho. Peguei Arthur de seu colo e o coloquei no chão e ali ele ficou, nos olhando.

- quem é você?- falou Noah enquanto olhava John.

- o pai do Arthur.- John disse.

- não, eu sou o pai dele.- Noah falou óbvio.

- pai é quem cria e por algum acaso você não criou ele.- John debochou.

- eu fui saber da existência dele a alguns dias, não tenho culpa.- Noah disse óbvio entrando já, quando vi que aquilo ia sair do controle, entrei no meio deles.

- agora que vocês já se conhecem, eu vou ir trabalhar e o Arthur vai pra creche. Porque não sei se vocês lembram mas tem uma criança.-falei.- no meio da gente.

- Sina eu não sou idiota.- John disse óbvio e puxou meu braço.- mas antes, eu quero ter uma conversinha boba com seu chefe. Coisa rápida.

- estou todo ouvidos.-Noah disse debochado, o moreno encostou na pia e John riu nasal.

- vamos fazer isso na frente de uma mulher?- John debochou.

- ai chega.- resmungo.- eu vou pro trabalho, John vai embora e Noah vai trabalhar também, desculpe o incômodo.- falei sem paciência e quando fui começar a andar senti a mão de John dar um belo tapa em meu rosto, daquele de deixar os dedos desenhados na pele.

Noah arregalou os olhos e meu puxou pra seu peito, eu queria tanto chorar, aquilo doeu. Noah alisou o meu cabelo e pude ver fúria nos olhos de John. Noah se afastou de mim e logo depositou um soco no rosto de John, aquilo foi muito lindo. Eu me sentia uma idiota por não conseguir me proteger, mas todas as vezes que eu tentei foi pior.

- esta tudo bem?- Noah me olhou aproveitando o tempo em que John entrava em órbita de novo.

- estou.- falei.

- olha só, a Sina e o Arthur são meus, se você acha que vai tirar eles de min você esta muito enganado seu filho da puta!- John disse nervoso e passou do nosso lado saindo para porta a fora.
Eu conheço ele, John vai querer me matar depois, me enforcar até ver todas as cores do arco íris no meu rosto.