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- olha, eu vi na revista que você e o Noah estavam naquele restaurante caro e estavam no maior clima.- Hina disse.

- viram é?- levantei as sobrancelhas fingindo desentendimento.

- sim, não se faça, vocês estão namorando escondido?- Shivani apertou os botões do elevador.

- não é bem um namoro.- ri nasal.- sexo sem compromisso.

- vou considerar namoro. Se importa?- Hina riu e eu neguei com a cabeça rindo.

- tem mais coisa aí, mas você não quer falar.- Shivani pareceu pensar. O elevador se abriu e elas saíram me dando tchau e beijos na bochecha. O elevador fechou e continou subindo.

Eu e Noah somos praticamente noivos mas ele disse que não podemos deixar tão na cara assim tão rápido então eu tive que vir sozinha para a empresa.
Fui até minha mesa e a senhora da outra mesa não parava de me encarar. Logo Noah saiu de sua sala com uns papeis em mãos, ele deixou aquilo sobre minha mesa e deu um sorrisinho de canto pra mim, mas logo entrou no elevador.

Lendo os papeis pra saber do que se trata, vi que falava sobre o Arthur, era um documento sobre a guarda dele que infelizmente seria compartilhada. Eu com certeza não queria aquilo, queria o Arthur só para mim, depois do casamento forjado eu pedia demissão e ia para outra cidade, mesmo eu estando meio apaixonada pelo Noah, eu poderia esquecer ele já que descobri esse sentimento agora. Seria mais fácil.
Mas Noah é o pai de Arthur, não da pra fugir.

O problema é o John, ele poderia sair da minha vida, seria ótimo. Ele não vai me deixar em paz, a essa altura do campeonato ele já deve saber que eu e Noah estávamos em um restaurante em um grande "clima" já que isso saiu na revista.

Fiquei ali raciocinando por um tempo mas voltei ao meu trabalho. Noah está cheio de reuniões e eventos essa semana.

O elevador se abriu e o moreno saiu dele junto com um senhor de meia idade indo para sua sala, ele me chamou com seu dedo indicador e eu fui atrás, entrando antes dele fechar a porta.
Eles se sentaram e ambos ficaram me olhando. Fiquei sem entender nada, mas fingi que entendi.

- Sina esse é o Doc, Doc essa é a Sina, minha futura noiva.- Noah disse olhando o tal Doc e me olhou em seguida.

- olá senhorita Deinert, é muito linda, o senhor Urrea não mentiu quando falou que a senhorita tinha uma beleza inexplicável.- o senhor disse e eu sorri surpresa.- com todo respeito.- ele disse.

- tudo bem. Obrigada pelo elogio.- falei e sorri. Olhei para Noah e não Conti um sorriso.

- imagina! Então, que tipo de anel a senhorita gosta?- ele colocou sua maleta sobre a mesa e abriu ela, ali tinha alguns anéis, todos brilhantes e muito bonitos.

- anel?- olhei pro Noah e ele deu um riso fraco.

- anel de compromisso meu bem.- Noah me olhou.- depois você vai ganhar outro mais digno, esse é temporário.

- ah sim.- resmunguei me aproximando de sua mesa.- parecem ser caro.

- esqueça o valor, qual você quer, amor?- ele se levantou vindo até mim e segurou minha cintura.- nenhum desses foram vendidos, mandei fazer especialmente para você escolher.

- ah Noah.- resmunguei. Ele mandou fazer todos esse anéis para mim escolher somente um?- todos são lindos mas não pode ser algo mais simples?

- não, não pode. Escolhe.- ele sussurrou em meu ouvido e eu fiquei arrepiada.
Todos os anéis eram lindos e brilhantes, então peguei um que ficaria perfeito em meu dedo, ele é prateado e tem umas pedrinhas bem brilhantes, supostamente diamantes.- esse?

- sim.

- ótimo!- o moreno me soltou.- vai ser esse, Doc.

- ótima escolha senhorita Deinert.- Doc sorriu me entregando o anel, lindo. Ele fechou a maleta e eu fiquei olhando aquele lindo anel na palma da minha mão.
Noah se sentou e pegou um suposto cheque e assinou coloca do o valor, entregou para Doc que sorriu pegando, o senhor de meia idade saiu da sala com o cheque e a maleta na mão. Fui até o moreno e me sentei em sua perna, ele segurou minha cintura pegando o anel de minha mão.

- porque mandou fazer todos aqueles anéis?

- porque você é indecisa, e única.- ele riu nasal e colocou o anel delicadamente em meu dedo.- ficou perfeito. Não o tire.

- ta.- resmunguei e ele selou nossos lábios.- e o seu?- me afastei.

- não o coloquei ainda.- ele suspirou, pegou um anel em uma gaveta de sua mesa e me entregou, peguei seu dedo enorme perto dos meus e o coloquei.

- não tire.- ri.

- agora você é só minha.- ele mordeu os lábios e eu ri.- sempre foi, mas agora é oficial.

- e você é só meu.

- nosso casamento de mentirinha é um bom negócio, poderíamos continuar ele pra sempre só pra mim desfrutar de você todos os dias. Dos seus beijos, seu corpo.- me beijou.- seu olhar.

- eu ia amar, se fosse real.

- é real, somos reias.- ele disse.- é só nos esforçarmos.

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