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Eu almoçei com Hina e Shivani hoje, foi bem legal, mas eu estava aflita.

- onde agente ta indo?- Arthur disse se mexendo em meu colo.

- vamos na casa do meu chefe, você vai brincar um pouquinho lá.- sorri e olhei para o motorista por um tempo. Peguei um uber depois de pegar o Arthur na creche, a gente já ta indo pra casa do Noah pra ele ver o Arthur de novo. Se ele já sabia, porque evitou até agora?

Depois de um tempo, chegamos na mansão, paguei o motorista do uber indo até a porta da enorme mansão, daquele condomínio chique.
Toquei a campainha e Lysa abriu com sua linda e convidativa cara de cu.

- entra, flor.- ela sorriu debochada e eu entrei, com Arthur em meu colo. Ela foi andando até a sala e eu fui atrás, chegando lá, Noah estava mexendo no computador enquanto Olivia, Henry e Matteo estavam hipnotizados na TV onde passava um desenho, peppa pig, esse desenho deixa as crianças birutas.

O mesmo me viu e olhou pra Arthur que estava olhando pra TV. Ele veio até min e ficou parado em minha frente.
Noah de terno é uma delícia mas o Noah de calça moletom e uma camisa branca justinha é mais delicioso ainda.

- posso pegar ele?

- uhum.- resmunguei e ele pegou Arthur em seu colo, o pequeno olhou o moreno e seus olhinhos brilharam.

- oi.- Arthur sorriu e Noah sorriu meio bobo.
Assim Noah ficou fazendo cócegas no menino sentado no sofá. Depois de um tempo brincando, conversando com Arthur, ele deixou o mesmo brincando no sofá com seus outros filhos.

- quero conversar.- é incrível como ele muda de uma hora pra outra. Com Arthur ele era um anjo mas comigo ele é seco, frio, arrogante.
Ele subiu as escadas e eu fui atrás dele, o mesmo foi até seu suposto escritório. Ele se sentou e eu também.

- oque foi agora?- falei séria.

- quero ver ele mais vezes.

- tudo bem.- suspirei- quer mais alguma coisa? - sorri cínica.

- porque é tão infantil?

- eu? Infantil? Onde?- o encarei por um tempo.- como pretende contar para ele que você é o cara que fez ele?- debochei.

- falando a verdade.- ele disse simples.

- não. Ele vai ficar assustado.

- quer que eu minta pro meu filho? Não sou como você.

- ele só tem 2 anos, Urrea.

- oque deixa tudo mais simples.- ele balançou os ombros.

- ah claro.- bufei.- era só isso? Quero ir embora.

- não, não era só isso. Arthur vai dormir aqui hoje e eu quero direitos sobre o Arthur, sabe?- ele voltou a me encarar.

- que tipo de direitos?- levantei as sobrancelhas.

- mimar, poder ver ele a hora que eu quiser, passear com ele, poder trazer ele para dormir aqui.- ele disse simples e eu fiz careta.

- você não da atenção nem pros seus quatro filhos que moram com você, imagina mais um. Oque sua mulher vai achar disso?

- ela não vai achar nada, ela morreu.- Noah suspirou. Morreu?- mas eu quero, e acabou.

- você acabou de conhecer ele. Como quer tudo isso da noite pro dia?

- ah, também quero a guarda dele.

- oque?

- Eu quero a guarda do Arthur.

- não, não! A preferência da guarda é para a mãe. Ele fica comigo.

- e a mãe dele era prostituta, ou será que ainda é? Age como uma. Não tem recursos o suficiente para criar ele, já eu, tenho de sobra.

Meus olhos começaram a lacrimejar. Ele acabou de conhecer o filho, como já quer a guarda dele?

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