wishes

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- então quer dizer que você pode perder a guarda do Arthur?- Joalin disse comendo.

- é, eu posso.- suspirei.

- relaxa, nada vai acontecer.- Sabina sorriu.

- porque não pede ajuda pro John?- Any disse óbvia e eu encarei a morena.- ok, não pede ajuda para o John.- ela levantou as mãos em forma de rendimento.

- o Noah mal conhece os Arthur e quer a guarda dele. Ele veio com uma história patética que é pro bem do Arthur, que vai pagar estudos e tudo mais. Como se eu não pudesse dar isso.- falei triste olhando o pequeno que estava em um brinquedo.

Elas me chamaram pra sair e a gente veio em uma lanchonete, que tem um parque cheio de brinquedos eletrônicos, um paraíso para uma criança como o Arthur.

- sim amiga, mas ele é pai.- Joalin comeu uma batata frita.

- mesmo assim, cafajeste.- Sabina resmungou.

- ele é rico, óbvio que vai conseguir a guarda do Arthur, esta certo que ele mal conhece o filho mas sempre deixam a guarda, com quem tem mais condições.- suspirei querendo chorar.

- não chora meu amor.- Any alisou meu rosto.- vocês podem tentar entrar em um acordo. Sei lá, uma semana o Arthur fuca com ele e outra semana ele fica com você.

- é! Um acordo.- Sabina e Joalin sorriram.

- é difícil de se convencer aquele homem.- suspirei- eu vou tentar, por mais que eu sei muito bem oque ele vai querer em troca.

- oque?- Any disse curiosa.

- sexo.

- ah meu Deus.- Joalin bufou.- ele deve ser um cavalo.- ela revirou os olhos.

- nos dois sentidos.- bebi meu refrigerante.

- ui!- Any riu.- é grandão?

- enorme.- ri nasal.

- é grosso?- Heyoon perguntou.

- muito, sem exagero, mas chega a machucar.- ri nasal novamente e lembrei das minhas noites com ele.

- uau!- Sabina sorriu.- tudo isso, em um único homem? É muita sorte.

- sim.- sorri fraco.- pena que não é meu.- suspirei e tampei minha boca percebendo a merda que eu tinha falado.

- oi? Deinert?- Joalin levantou as sobrancelhas.

- não é isso que vocês estão pensando.- ri por um tempo mas parei quando ouvi o chorinho do Arthur. Olhei em direção ao parque que tem na lanchonete e vi ele chorando tentando puxar a perna que estava presa em um brinquedo que estava ligado e forçando a perna dele contra a parede, ele estava chorando, gritando.
Me levantei desesperada indo até ele correndo, chegando nele tentei o puxar mas percebi que eu estava causando ainda mais dor nele. As meninas vieram desesperada até mim e eu queria chorar vendo ele ali.

- desliguem o brinquedo por favor!- gritei e algumas pessoas me olharam. Um suposto supervisor dos brinquedos foi até uma alavanca e a puxou desligando o brinquedo.
Assim Arthur continuou chorando, o homem empurrou o carrinho pesado e eu imediatamente peguei Arthur no colo, o mesmo chorava alto. Me abraçou forte e escondeu seu rosto em meu pescoço.

- ta doendo mamãe.- ele disse chorando enquanto eu fazia carinho em sua nuca, querendo chorar também.

- vai ficar tudo bem, ta amor?