107

1.9K 127 16
                                    

- Sina?- ouvi uma voz masculina, próxima, mas não era a voz de Noah. Fiz esforço e abri meus olhos. Eu estava em uma sala toda branca, deitada em uma maca, tinha uma cômoda branca e uma poltrona perto da porta, onde Noah estava sentado de olhos fechados.

- oi?- perguntei rouca, tentando me levantar, mas um homem de olhos azuis colocou a mão sobre meu peito e me deitou novamente.

- não faça esforço. Como se sente?- ele me olhou.

- bem?- perguntei.- oque aconteceu?

- você caiu e quase perdeu seu bebê.- ele disse escrevendo algo em uns papéis.- mas não perdeu. Teve sorte.

- quanto tempo estou dormindo?- perguntei um pouco mais aliviada.

- cinco horas.- ele disse. - foi um tempo curto, mas o suficiente pra gente fazer uns exames. Seu bebê está bem, e você também.- ele disse e sorriu. Ele começou a medir minha pressão, e me deu alguns remédios amargos.
Noah abriu deus lindos olhos verdes, e ficou nos encarando, parecia estar meio perdido. Ele se levantou e veio até a maca.- mas talvez.- o médico me encarou.- sua gravidez será de risco, então vai ter que tomar alguns medicamentos.

- tenho risco de perder o bebê?- perguntei meio aflita.

- você caiu e sua bolsa se deslocou, esta bem embaixo. Então seu bebê pode nascer prematuro e você também pode perder ele caso cair novamente ou sofrer algum tipo de susto.- ele disse e eu olhei para Noah.- se precisarem de mim, é só apertar esse botão.- ele apontou para um botão e eu assenti. Logo ele saiu do quarto e Noah me ajudou a sentar me dando um beijo demorado.

- ela está presa, tudo bem?- ele me encarou.

-  ela quem?- perguntei.

- a senhora maluca, Deinert.

- ah.- resmunguei. Precisava mesmo de tudo isso?- mas ela é só uma senhorinha.

- para de ser boazinha Deinert. Ele te machucou e agressão é crime, quase perdemos o nosso filho por culpa dela.- ele disse e eu fiquei em silêncio por um tempo.

- cadê as crianças?- mudei o rumo do assunto.

- mandei o motorista ir busca-lás, elas estão em casa com a babá.

- ah.- resmunguei.

- elas queriam vim, mas eu não deixei, hospital não é um bom lugar para crianças.

- fez certo.- remsunguei.- será que vai demorar pra mim ir embora?

- daqui a pouco te dão alta, amor, relaxa.- ele riu nasal alisando minha bochecha.- eu te amo.

- te amo.- sorri sem mostrar os dentes e ele me deu um selinho rápido. Nós trocamos algumas carícias, mas não passou disso.
Estava com um certo medo sobre perder o bebê.

wishesOnde histórias criam vida. Descubra agora