{ Theo }

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Theo olhou para a cara de Kira com deboche enquanto ela falava e falava

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Theo olhou para a cara de Kira com deboche enquanto ela falava e falava. Ele sequer fazia questão de prestar atenção ao que ela estava dizendo; se o perguntassem qual era o assunto daquela conversa, ele certamente não saberia responder.

Ela percebeu isso, pois bufou e se levantou do colo dele, irritada. Graças ao Caldeirão.

-Você nunca presta atenção no que estou dizendo.- ela rosnou. Theo a olhou com tédio e deu um sorriso preguiçoso.

-Você estava falando, Kira, meu amor? Tudo o que escutei foram latidos de uma cadela desgraçada, perdão.- ele disse e ela rosnou.

-Não me teste, Theo.- ela disse e ele se levantou, a puxando pelo braço até que seus corpos se chocassem, até que seu rosto estivesse grudado com o dela.

Theo deixou que ela visse a fúria em seus olhos; e Theo mostrou a ela o que faria caso Kira saísse da linha. Ele viu o medo no olhar dela, e ele sabia que já tinha começado a virar aquele jogo de gato e rato entre eles. 

Ele sabia que Kira estava ficando muito confiante que o tinha entre as mãos e séria por aquele motivo que perderia tudo; quando ela estivesse mais confiante, Theo tiraria tudo dela. Pegaria para si a confiança de cada um dos machos que apoiavam Kira, e assim que tivesse tudo em mãos, ele chutaria Kira para fora daquele Castelo. Ou a colocaria nas masmorras. Ele ainda não tinha se decidido. 

Theo deu risada da cara de choque que Kira fez para ele e passou a língua pelo pescoço dela. Se ela gostava daqueles joguinhos, então teria joguinhos. Por mais que enojasse ele. 

Kira grunhiu e puxou o braço com força, se afastando de Theo e limpando o pescoço com raiva. Aquilo só o fez rir ainda mais enquanto ele voltava a se sentar, arrumando a coroa em sua cabeça para que ficasse torna. As narinas de Kira se dilataram de raiva.

-Saía.- ele disse tranquilamente e ela piscou, perplexa. -Está surda? Mandei sair.

-E quem você acha que é para...

-Seu Rei.- ele disse dando de ombros. -E a menos que queira descobrir o quão meu poder pode ser destrutivo com piranhas, sugiro que saía. - ele cantarolou. Kira rosnou ainda mais.

-Tome cuidado com o que faz, Theodor. Muito, muito cuidado.- ela disse irritada, mas virou as costas e saiu, deixando Theo, finalmente, em paz.

Ele estava tendo um dia de merda; tinha sonhado com a mãe, com o dia em que ela morreu para impedir Clythia (que, para infelicidade de metade de Hybern, tinha sido ressuscitada pelo antigo Rei) de mata-lo. De usa-lo. E quem pagou no lugar de Theo, havia sido sua mãe.

Ele odiava lembrar disso, mas ficava extremamente grato por saber que Clythia tinha sido morta da forma que havia por Alynia, dezoito anos atrás. Theo ainda se lembrava do que Clythia tinha feito a ele. Tudo o que ela havia feito a ele e no que ela o tinha tornado. Ela merecia queimar no fundo do Caldeirão por aquilo. Ela mereceu ter sofrido o que sofreu nas mãos do humano, Jurian, e mereceu o estrago que a illyriana causou nela também.

Theo não tivera sorte em nenhum momento de sua vida, e agora havia se tornado um ser amargurado e com a alma manchada; ele sabia que não podia mudar aquilo e talvez sequer fosse capaz de melhorar. Mas, ainda assim, ele tentaria.

Ele teve ainda mais certeza de que não queria cometer os mesmos erros que seu pai quando recebeu uma carta de Vallahan. E sentiu raiva, raiva verdadeira, pela proposta que eles o fizeram: derrubar as Cortes de Prythian e tomar os humanos a força novamente. Eles queriam que Theo desse continuidade a guerra de dezenove anos atrás e dariam o que Theo quisesse para isso: dinheiro, exercitos, alianças. Qualquer um teria aceitado. Ainda mais com a Corte Noturna sedenta para destroça-lo.

Mas ele jamais aceitaria isso.

E ele sabia exatamente o que deveria fazer, e com quem deveria jogar. E sabia que precisava falar com um certo Grão Senhor antes que o Rei de Vallahan começasse a se meter onde não deveria.

Provavelmente a ideia de chamar Rhysand e sua corte para uma reunião e os colocar em sua casa fosse praticamente um pedido para morrer, mas ainda assim, Theo o fez. Não podia evitar; se ele queria ser diferente, se não queria mais que Hybern fosse o que era, tinha que começar de algum lugar. E que fosse, então, tentando se retratar com a corte que ele e Amy mais haviam prejudicado naquela história toda para que ele conseguisse seu trono de volta.

Não tinha perdão para os erros de Theo: tentar matar Nyx, ter causado a morte de Alynia, ter feito o que Amy mandara e manipulado Jesminda, ter tentado sequestrar Astéria e... Ter mentido para Adrien.

Theo sabia que jamais conseguiria resolver aqueles problemas, sabia que jamais confiariam nele de novo, mas, ainda assim, tentaria uma aliança política com eles. E eles seriam tolos de não aceitarem, ainda mais com Vallahan declarando abertamente que queria uma guerra. E que não estavam nem um pouco satisfeitos com os acordos que os Grão Senhores de Prythian os fizeram assinar, anos atrás.

Ele passou a mão pelo rosto; aquilo não seria fácil, mas nada na vida dele tinha sido. Ainda assim, Theo permanecia vivo e tinha conseguido boa parte do que queria, nem sempre fazendo o bem, mas tinha alcançado seus objetivos.

Mas, dessa vez, seria diferente, ele faria diferente. E ele seria diferente também. 

Bom dia meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

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Bom dia meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Estou num vício chamado escrever pov do Theo. Queria que vocês entendessem melhor sobre o Theo, a história dele e afins, mas ainda não disse tudo o que queria risos

Enfim
Espero que estejam gostando!
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Dia: 08/05/21

A Court Of Darkness And Redemption • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora