Annabeth pov
Estar entre família não é algo que eu aprecie muito, não é como se eu fosse chegar em casa e ser bem recebida pelo meu pai ou qualquer outra pessoa, aqui não funciona assim, todos estão sempre muito irritados ou ocupados demais para te dar atenção. Mas hoje estavam todos insuportáveis, em especial Frederick Chase, meu pai.
Ele recebeu uma ligação no meio do almoço, e pelo simples fato dele ter fechado mais a cara e responder de maneira ríspida a pessoa do outra lado da linha já dava para saber que a ligação não era boa.Meu pai demorou um bom tempo para voltar a mesa, já que tinha saido para atender ao telefone. Quando voltou sua cara não era das melhores.
- Quem era querido? - pergunta April, minha madrasta.
- Era sua mãe, Atena. - ele diz ríspido virando para mim.
- Minha mãe? O-o que ela queria? - gaguejo, não é sempre que recebemos uma ligação dela.
- Mês que vem ela virá para cá pois tem que resolver alguns projetos, e pediu para te avisar - ele diz de forma seca e eu só assenti ainda em choque.
Fazia tempo que não a via, por quê decidiu parar em Nova York e aproveitar e fazer um visitinha? Acho que estava um pouco mais magoada do que queria admitir.
- Essa mulher de novo? Sinceramente, não sei no que ela vê graça em vir nos visitar - April me lança um olhar de desprezo.
- Sem escândalos April - acalma meu pai - Ela virá mês que vem à trabalho e vai aproveitar para visitar rápida á Annabeth e logo já vai embora.
Aquelas palavras poderiam tranquilizar a mulher sentada ao seu lado, mas não a mim. Ouvir aquilo me deixava mal, mesmo que fosse difícil admitir.
Minha mãe me deixou aos cuidados do meu pai após o meu nascimento, ela dizia que queria ser uma grande arquiteta, que precisava criar sua marca, sua história e não podia ter distrações. Claro que ela não iria dizer isso com total clareza, mas basicamente se referiu a mim, eu era sua distração, a pedra no seu caminho... e saber disso doia, muito. Eu queria ela ao meu lado, queria que ela estivesse ali quando eu precisasse de um conselho ou só um ombro para chorar ou também para mostrar à ela minhas conquistas sem ter sensação de que estava sendo um peso para a mesma, mas eu nunca teria isso e me acostumei com esse fato.Senti meus olhos começaram a arder, mas logo tratei de esquecer todos esses pensamentos. Ela viria me ver e logo ia embora, como sempre faz em um determinado espaço de tempo, e isso não era novidade, não tem porquê me abalar por algo que já virou rotina.
Comi o mais rápido que consegui e me retirei da mesa indo em direção ao meu quarto, eu precisava de um banho.
[...]
Fiquei um bom tempo deitada na cama, eu pensei em ligar para Rachel mas a ruiva iria sair com a mãe... então resolvi começar a fazer as tarefas de física para não ficar atrasada na matéria.
Não era algo complicado, pelo contrário, era algo bem simples de se fazer e logo terminaria com aquilo e voltaria a fazer nada.
Eu comecei a fazer minha atividades, mas logo senti algo estranho. Minha cadeira fica basicamente ao lado da janela, confuso eu sei, o que me fez sentir que estava sendo observada e quando virei a cabeça eu o encontrei, um par de olhos verdes me olhando e quando reparou que eu percebi deu um sorriso sem jeito.
-Está tudo bem Jackson? - pergunto dando uma risadinha.
- Se o seu bem significa estar surtando por causa da porcaria da tarefa de física então sim, eu estou ótimo - ele responde e eu rio.
- É tão ruim em física assim? - pergunto
- Você ficaria chocada com o quanto.
- Quer ajuda? - ofereço e o menino não pensa duas vezes antes de balançar a cabeça positivamente - Então vamos lá.
Como eu já explique nossas janelas são quase coladas, mas isso não impede a dificuldade de ajudá-lo a calcular uma das milhares de fórmulas do exercício. Mas o que eu poderia fazer? Era uma ideia estúpida estudar de frente para o outro em janelas? Era, não era nada eficaz, mas eu não iria chama-lo para vir aqui em casa e também não acho que ele faria o mesmo.
- Isso foi uma tortura - Percy suspira após um bom tempo fazendo as atividades que finalmente acabamos.
- Não exagere, você só tem que pegar o jeito - dou de ombros.
- Não estou exagerando, é a mais pura verdade. - ele afirma e eu reviro os olhos.
Eu escuto meu celular tocar e vejo que é Rachel, precisava atendê-la.
- Tenho que atender aqui, mas depois nos falamos?
- Claro - ele sorri e eu faço o mesmo.
Logo saio da frente da janela e vou ver o telefone e atendo minha amiga, estava na hora de ter aquele desabafo com Rachel e levar uns bons socos da verdade que ela sempre me dá.
[...]
Depois de ouvir ótimos e conselhos e bombas da verdade vindas de Rachel eu já conseguia me sentir melhor e não pensar muito na minha mãe.
Eu já disse o quão necessária e incrível minha melhor amiga é?-
Capítulo pequeno porque não queria deixar de postar, e também porque queria dar aquela exaltação para Rachel pq ela é tudo sim kkkk. 🥺💕
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My Support (percabeth)
FanfictionCom a mudança repentina de cidade, Annabeth Chase, uma garota de 17 anos tem de enfrentar um dilema, dar ou não ouvidos ao que as pessoas irão dizer ao seu respeito caso decida realizar o desejo que há anos ela vem guardando. E talvez uma troca de f...