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Annabeth pov

Acho que mudar para Nova York não foi uma coisa tão ruim como pensei quando recebi a notícia, eu não fazia questão de deixar minha vida de San Francisco, exceto por Rachel, minha melhor amiga.
Veja, eu não era muito bem-vinda pelos meus colegas na antiga escola, coisa que não me importava, aquela galera era insuportável, a única que parecia pensar ali era Rachel. Ela é minha amiga desde o fundamental quando nos conhecemos na quinta série, o jeito como podíamos ser parecidas mas ao mesmo tempo diferentes fez com que criássemos um laço indestrutível.

No andar de baixo de casa era possível ouvir as discussões entre meu pai, Frederick, e minha madrasta, April, que de tão frequentes que eram acabaram se tornando normais. Nunca gostei muito de April, e tenho certeza que o sentimento é mútuo. Ela nunca foi muito simpática comigo e muito menos eu com ela, seus filhos tbm não facilitavam muito as coisas também, eles eram tão irritantes quanto.

Eu havia me arrumado com um pouco de pressa, precisava ir com meu pai comprar alguns livros que o novo colégio pedia.

- Pai, nós realmente precisamos ir. - digo tentando não me envolver na discussão dos dois.

- Claro, estamos indo. - ele disse desviando a atenção de April para mim, encerrando a discussão.

[...]

Fomos primeiro a uma livraria para comprar alguns livros pedidos pela escola e logo em seguida para a papelaria ver algumas coisas que faltavam do meu material, como uns cadernos e umas canetas, coisas básicas.

- Acha que já está com tudo certo? - perguntou meu pai enquanto dirigia.

- Tenho certeza pai, pela milésima vez. - digo olhando para a sacola em meu colo.

Um silencio constrangedor ficara no ar.

- Então... está animada? - meu pai pergunta me olhando com o canto dos olhos.

- Bom... talvez. - respondo olhando para o lado de fora para evitar olha-lo.

Minha relação com ele já não era das melhores, e então, quando ele e minha mãe se separaram, ela diminui mais ainda.
Ele me olhou de relance e a conversa acabou ali, nos deixando naquele silêncio estranho, mas que eu já estava acostumada, até chegarmos em casa.

[...]

Meu pai parou o carro na frente de casa e antes de entrar o ajudei com algumas compras que fizemos no mercado para a casa.

Assim que deixei as compras em casa, fui buscar minhas coisas da escola que havia deixado no carro. Quando estava pegando as sacolas com as coisas não pude deixar de notar que um garoto saindo da casa ao lado, aquela azul. O menino tinha cabelos pretos, com seus olhos verde-mar que me chamaram a atenção rapidamente, parecia ter um físico bom se julgarmos pelos braços do garoto que estavam descobertos. Diria que ele estava indo para a praia não muito longe de onde moramos, digo isso por conta da sua bermuda que se parece como uma para esse tipo de coisa, e ele também levava uma mochila, e o que deixa mais óbvio, uma prancha embaixo do braço.
O garoto fechou a porta e ao virar pareceu perceber minha presença, então me deu um aceno com um sorriso quase imperceptível, eu logo lhe cumprimentei da mesma forma e voltei para casa enquanto ele provavelmente seguia para a praia.

Fui direto para meu quarto e deixei minhas coisas lá para que depois que eu almoçasse, poderia terminar de arrumar tudo com calma.

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