𝟏𝟔

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Percy pov

Sr.D entrou na sala e parecia estar com uma certa animação, que é algo bem raro de se acontecer.

— Tenho duas notícias, uma boa e a outra ruim — anuncia colocando suas coisas em cima da mesa.

— Começa com a ruim então — diz Leo — Pior do que meu dia não pode ser.

— A boa é que estou com os resultado de suas provas — ignora o comentário de Leo — E a ruim é que a feira de ciências será nessa sexta — diz com desânimo a ultima notícia.

— As duas me parecem boas — comenta Annabeth.

— Para você, de fato — resmunga Leo.

Dionísio classificando "resultado de provas" como notícia boa é sinal de "ha ha, se ferraram", nunca é um bom sinal.

O professor foi passando de mesa em mesa entregando os testes de cada um, para alguns ele mostrava um sorriso satisfatório, para outros um sorriso sacana ou então não demonstravam reação nenhuma, que foi o meu caso e ainda foi acompanhado de um:

— Pelos deuses, Jackson.

Olhei para o lado antes de verificar minha nota e vi Annabeth me encarando, questiono sobre sua nota e ela me mostra um grande A+ escrito na folha. A menina então me lança um olhar como se perguntasse a minha nota, então eu viro a folha e dou de cara com um D–, espera... D–? Eu sabia que tinha ido mal, mas não esperava que fosse tanto assim.
Me viro para Annabeth e a vejo tentar dar um sorriso acolhedor, que não funcionou muito.

Para não reprovar em física eu teria que ter pelo menos um C na prova, e eu tirei D–! O quão ferrado vou ficar quando minha mãe ver isso? Talvez seja melhor não saber.

Em compensação, nas outras matérias eu até que me sai bem, resumidas basicamente B, a maioria, e algumas outras A, mas C em química e o maldito D– em física. Talvez eu não esteja tãão ferrado assim, espero.

[...]

O caminho todo de volta foi resumido em eu tentando demonstrar que estou bem mesmo com um D–, eu falhei miseravelmente, e Annabeth tentando me ajudar e me dizendo que tudo ia ficar bem, mesmo que algumas de suas frases motivacionais fossem "sua mãe pode te castigar para sempre? Pode, mas tudo bem", e isso não ajudava muito.

Me despedi de Annabeth que me desejou sorte, ela parecia mais nervosa que eu, e logo entro em casa e dou de cara com minha mãe em pé com os braços cruzados e Paul, que estava sentado no sofá com uma expressão de pena, é eu com certeza estou ferrado.

— Perseu Jackson, não tem nada para me contar? — sua voz soa firme — Ou melhor, não tem nada para me mostrar?

Eu engulo em seco, um dos pontos negativos de se ter um padrasto que é professor na sua escola é que ele fica sabendo de suas notas e você não consegue esconde-las dele, muito menos da sua mãe.

— Hey mãe, vamos nos acalmar, okay? — respondo me virando para ela — Uau, eu já te disse o quão linda você está?

Apelar para o elogio é sempre uma opção.

— Ande, mostre logo suas notas, Perseu — é, não funcionou.

Respiro fundo e me viro para pegar os testes na bolsa e assim os entrego para minha mãe. Ela vai passando por cada folha e sua expressão parece melhorar, mas é aí que tudo desanda, sua cara de satisfeita muda para surpresa, ela viu a prova de química, e logo muda de novo para chocada, era essa expressão que eu não queria.
Engulo em seco assim que ela tira os olhos da folha e os direciona para mim com as sobrancelhas arqueadas.

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