Annabeth pov
A semana de provas havia iniciado, o que significava que teria algo de interessante para se fazer as tardes. Já era quinta-feira e metade das provas já tinham sido realizadas e não eram muito complicadas, pelo menos para mim.
Não estava sendo uma boa semana para nenhum de nós ali, acho que por termos prova de física e química no mesmo dia e ainda termos outros milhares de testes para realizar. Meu dia realmente não tinha começado muito bem, daqui alguns dias minha mãe chega e isso não deixa meu pai e ninguém naquela casa muito animado.
A única coisa interessante que me aconteceu essa semana foi descobrir a amizade repentina entre Rachel e Will, aquele garoto da pousada, parece que eles se deram bem logo de cara e a ruiva não demorou muito para me apresenta-lo, e tenho que admitir que o garoto de 16 anos, cabelos loiros e olhos azuis era bem legal. E se quer saber, a situação da minha amiga está bem mesmo que ela ainda não tenha entrado em contato com o pai, ela está sabendo se cuidar e tem capaciade de lidar com a situação por mais doida que esteja sendo, invejo com o quão calma essa menina consegue ser nesses tipos de situações.
E o projeto da feira de ciências? Talvez o projeto fosse um pouquinho mais complicado do que eu imaginei que seria, mas como eu iria imaginar que peças de lego estavam mais difíceis de se achar do que um robô de verdade? Resumindo, Valdez está com dificuldades de achar peças de lego suficientes para terminar o corpo do robô, e olha que ele tinha um bocado dessas peças. Eu e Piper estamos nos matando para tentar terminar esse maldito chip, realmente é mais complicado do que eu pensei que seria, mas temos que termina-lo e não vou desistir de algo que eu iniciei, perder nessa feira não é uma opção.
[...]
Dionísio chegou na sala de aula com suas provas em mãos e logo as entregou a todos os alunos e mandou que fechassemos as bocas e nos desejou boa sorte, e não deixou de destacar essa última frase.
Ele nos deu as duas provas, física e química, e confesso que a de física estava um pouco mais complicada, mas nada de tão aterrorizante. Acho que Percy pensou o contrário, já que o moreno saiu da sala xingando Dionísio de A até Z e ressaltando a todo momento o ódio que sentia da matéria.
O horário de aula havia acabado e já estavamos todos indo embora. Me despedi de todos e segui com Percy para casa.
— ... e Quíron treina muito bem — o garoto me conta sobre seu treino.
— Então quer dizer que a competição é sábado agora? — questiono.
— Sim, e se nossa equipe for classificada vamos para a final em Los Angeles — ele explica.
Ele continua contando sobre o quão ansioso está para a competição e eu não deixo de ficar feliz pelo mesmo, a empolgação com que ele conta e seu sorriso é tão genuíno que com certeza o deixa mais bonito, não que ele seja bonito ou qualquer outra coisa do tipo ou sei lá, vocês entenderam.
Eu provavelmente estava sorrindo que nem uma idiota então logo tratei de virar para frente e focar no caminho.
— Por que estava distante essa semana? — ele pergunta.
— Não estou distante.
— Está sim e nem tente me enrolar, Annabeth Chase. Vai logo e me conte o que houve, sabe que pode confiar em mim. — Percy dá um sorriso atencioso.
Suspiro. Eu confio nele, por incrivel que pareça, a sensação de que posso contar tudo à ele mostra isso, mesmo que tenhamos nos conhecido a pouco tempo Percy me traz a sensação de segurança e confiança, que até então só sentia com Rachel. Ele confiou em mim para contar sobre seus problemas, por quê eu não posso fazer o mesmo, não é?
— São alguns problemas com minha família — digo finalmente.
— Com seu pai?
— E minha mãe — suspiro — Eles são divorciados e ela vem me visitar de vez em quando, mas não é como se tivéssemos uma relação saudável — o olho e vejo que está me olhando com atenção — Acho que meu pai ainda tem sentimentos por ela, e toda vez que ela vem nos visitar, o que acontece raramente, ele desconta toda raiva que sente por ela em mim e isso nos faz discutir a todo momento.
Não o olho mas o escuto suspirar, contei o necessário sem envolver muito meus sentimentos pois sei que se isso acontecer eu vou desabar e não quero que Percy pense que não sei lidar com meus problemas sozinha, o que não é totalmente mentira. Nós já estavamos quase chegando, mas aí percebo que Percy começou a ir mais devagar.
— E você, sente raiva deles? — ele questiona, droga Jackson.
Engulo em seco, jura que essa é a sua pergunta Perseus?
— Talvez, e-eu não sei — suspiro — É complicado, entende?
Não, é lógico que ele não entende. A família dele não é desgraçada igual a sua, Ananbeth.
Comecei acelerar os passos e ele também.— Não precisa fingir não ligar para seus sentimentos Annabeth, você é humana e não precisa aguentar isso sozinha.
— Não finjo "não ligar para os meus sentimentos" — faço aspas com as mãos — Só sei que não posso demostra-los, isso não te torna forte.
— E quem disse que você precisa ser forte o tempo todo — estamos na frente de casa e ele se vira para mim e seguar meus ombros — Você é incrivelmente forte Annbeth, e demostrar sentimentos não te torna mais fraca ou menos capaz.
O observo, sua expressão traz um acolhimento como se entendesse o que era passar por tudo aquilo. Então me surpreendo com um abraço repentino do mesmo, seus braços me prendem ao seu corpo e por um segundo me sinto segura e a vontade de chorar e dizer tudo que estou segurando vem, mas me controlo. Ficamos ali por mais alguns segundos e então nos afastamos, o encaro e ele faz o mesmo e logo solta um leve sorriso.
— Até logo, Percy.
— Até logo, Chase.
Me viro e vou em direção a minha casa e estou mais leve, acho que falar sobre o assunto com Percy ajudou nem que fosse por alguns minutos, mas ele me ajudou.
Logo noto um carro bem moderno parado em frente a minha casa, provavelmente alguns dos amigos estúpidos do meu pai ou qualquer outra amiga de April.Fecho a porta atrás de mim e quando me viro vejo a cara amarrada do meu pai e a expressão surpresa de April, e sentada no sofá... oh deuses, isso só pode ser brincadeira.
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My Support (percabeth)
FanfictionCom a mudança repentina de cidade, Annabeth Chase, uma garota de 17 anos tem de enfrentar um dilema, dar ou não ouvidos ao que as pessoas irão dizer ao seu respeito caso decida realizar o desejo que há anos ela vem guardando. E talvez uma troca de f...