Percy pov
O dia tinha amanhecido bem ensolarado, até demais para Nova York. E como estava calor, resolvi me arrumar e ir até a praia para me preparar para quando os treinos começassem.
Me arrumei e desci para tomar café, e chegando na cozinha já vejo minha mãe arrumando a mesa para o café e minha pequena irmã, Estelle, sentada em sua cadeirinha na mesa com o celular da minha mãe, deduzo. Impressionante, aquela garota tinha 5 anos de idade e sabia usar o aparelho facilmente.
Cheguei dando um beijo na bochecha de cada uma e já me sentando para tomar meu café.— A onde vai? – questinou minha mãe enquanto colocava minhas panquecas na mesa, azuis, as melhores.
— Estava pensando em ir até a praia. – digo colocando um pedaço da comida em minha boca.
— Sabe que mais tarde iremos ver suas coisas do colégio, certo? – ela pergunta e eu assinto — Então não chegue tarde.
Ficamos conversando e quando terminei o café subi terminar de arrumar e pegar algumas coisas como minha mochila e a prancha e escovar os dentes.
Dei um beijo em minha mãe e fui em direção a porta.Estava saindo de casa, pronto para partir em direção a praia. Assim que terminei de fechar a porta senti que alguém poderia estar me olhando. Virei para conferir minha teoria e encontro uma garota, a nova morada da casa ao lado. Ela tinha lindos cabelos loiros e enrolados presos em um rabo de cavalo, também não parecia ser muito menor que eu na questão de altura. Eu a olhei e então dei de cara com um incrível par de olhos cinzas, eles eram como uma intensa tempestade, chamando toda a atenção para si.
Lhe dei um aceno e um leve sorriso, que logo é retribuído pela mesma antes de entrar em sua casa com uma sacola onde julgo ter alguns livros.[...]
Eu cheguei até a praia, ela não estava tão cheia como das outras milhares de vezes que estive ali. Deixei minhas coisas em um canto ali na areia e busquei por minha prancha e fui em direção ao mar.
Nunca iria me enjoar daquela sensação de estar em contato com o mar, era uma das poucas coisas que conseguiam me trazer paz quando eu precisava, para mim aquilo era mágico. Sempre que posso venho até a praia, seja de dia ou noite, é aqui que me sinto livre de verdade.
Estar ali me fazia sentir mais conectado do meu pai, mesmo que ele viesse me visitar de meses em meses por conta do trabalho, era como se estivesse ali comigo. Ele sempre foi a pessoa que mais admirei, tirando minha mãe é claro, o via fazendo qualquer coisa que fosse e eu já tinha vontade de sair fazendo o mesmo que ele, e com o surf não foi diferente.
Quando meu pai me levou para o mar dizendo que iria me ensinar a surfar, achei que meu coração fosse parar, pois era algo que eu sempre o vi fazendo e a vontade em mim cresceu. Acho que me ensinar a simplesmente subir na prancha havia sido uma das melhores coisas que meu pai me ensinara.Fiquei na água por tempo suficiente para saber que logo seria hora do almoço e eu precisava estar em casa antes de ser esganado pela minha mãe.
[...]
Coloquei os pés em casa e minha mãe já me mandou direto para o banho para que eu fosse almoçar, pois segundo ela, faltava somente eu.
Subi correndo para meu quarto tomar um banho rápido e me trocar para depois ir até as lojas com minha mãe, para comprarmos os livros que foram pedidos pela escola.
Me juntei à eles na mesa e começamos a comer. Enquanto Paul dizia a minha mãe sobre como teria que voltar a tarde para a escola onde trabalhava, minha mãe o ouvia atentamente enquanto dava comida para minha irmã. E eu os observava sem muito interesse em suas conversas.
— Não se esqueçam dos livros pedidos em física, pelo visto eles serão essenciais. – Paul disse colocando seu prato em cima da pia.
— Não vamos, Percy já está com a lista, certo? – minha mãe me encara.
— É... sim? – falo levantando rapidamente com meu prato vazio.
— A lista está na sala. - a mesma me repreende com seu olhar, mas logo solta seu sorriso de sempre.
Paul então da um abraço em mim e minha irmã e um beijo em minha mãe e sai para o seu trabalho.
[...]
— Toda vez que olho para esses livros de química e física acho que enlouqueço. – viro para a minha mãe que dirigia pelas ruas de Manhattan.
— Sei que não gosta, mas tente ir bem este ano Percy, é seu último ano e eu não quero que fique com notas ruins. Principalmente nessas duas matérias. – ela suspira.
— Relaxa mãe, vou tentar ser melhor nelas. – digo e ela sorri — Vou tentar, só quero ressaltar isso. – digo rindo e ela revira os olhos.
Eu sempre me dei bem em todas as disciplinas, mas química e física eram as únicas exceções, eu tinha um sério problema com elas.
[...]
Chegamos das lojas e eu fui até meu quarto guardando os livros em minha mochila. Me virei e quando olhei para janela vi minha vizinha, a garota de hoje mais cedo. Ela parecia concentrada em arrumar um lugar para suas coisas no quarto.
Devo confessar, não achei de todo mal minha janela ser em frente a dela, a olhar fazer aquilo não era tão entediante assim.Claro que para a minha maravilhosa sorte, enquanto eu a observava tinha esquecido de um copo em minha mesa, e quando virei meu braço ele esbarrou no objeto, o fazendo cair junto com um barulho alto.
"Merda" , pensei. Me abaixei rapidamente para pegar os cacos do chão quando então, ouço uma voz.— Hey, está tudo bem? – a garota perguntou da janela.
– Ou, hey. – digo subindo rapidamente para vê-la — Está sim... eu só derrubei um copo – lhe dou um sorriso envergonhado, por quê essas coisas acontecem comigo?
— Certo. Cuidado cortar a mão. – ela dá uma risadinha, deixando sua feição mais divertida, tornando impossível não rir junto.
Ela se vira e continua a arrumar o quarto, mas logo sai do mesmo, me deixando olhando para o nada.
[...]
— Deve se preparar, sabe que segunda as aulas já começam. – disse minha mãe.
— Relaxe Sally, não é como se ele fosse para uma prova. – Paul disse em um tom divertido.
— É mãe, não se preocupe a toa. – como mais uma colher de sorvete.
— Está bem, mas Percy precisa ir bem, será seu último ano. – a mesma disse me olhando.
— Não acho que Percy irá ir mal nesse último ano, ele conseguiu concluir os dois últimos anos com sucesso, não acho que vai ser diferente. – Paul deu de ombros e eu só concordei com o mesmo.
— Tem razão. – minha mãe se levanta e pega Estelle — Já está tarde, Percy, hora de ir deitar. – ela dá um beijo em minha cabeça e sobe com minha irmã.
Logo dou um boa noite para Paul e faço o que a chefia mandou.
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My Support (percabeth)
FanfictionCom a mudança repentina de cidade, Annabeth Chase, uma garota de 17 anos tem de enfrentar um dilema, dar ou não ouvidos ao que as pessoas irão dizer ao seu respeito caso decida realizar o desejo que há anos ela vem guardando. E talvez uma troca de f...