Capítulo 11

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Usando a capa da invisibilidade, Harry e Draco fizeram seu caminho até o topo da torre da Grifinória.

-Então, por que estamos aqui, Draco?- Harry perguntou, olhando para o céu noturno.

-Bem,- Draco explicou. -Você disse que não conseguiria voltar a dormir. Então eu trouxe você aqui para ver as estrelas comigo.

-Mas por quê?- Harry questionou.

-Porque, Harry,- Draco disse a ele. -Isso é o que minha mãe costumava fazer por mim quando eu não conseguia dormir. Ela me levava para fora e nós ficávamos olhando para as estrelas por horas às vezes. E toda vez ela sempre apontava uma constelação para mim em particular.

-Mesmo?- Harry perguntou, procurando no céu. -Qual delas?

-Aquela.- Ele apontou uma constelação que parecia uma serpente. -Draco, o Dragão.

-É lindo.- Harry sorriu para si mesmo.

-Minha mãe sempre me disse que nunca muda.- Draco disse. -Que está sempre lá, não importa o que aconteça. Como ela sempre estaria lá para mim.

-Você tem muitas boas lembranças com ela então, hein?- Harry adivinhou. -E quanto ao seu pai? Você tem boas lembranças dele?

-Bem, não realmente ...- Draco admitiu, apoiando-se no parapeito. -Sabe, Harry, meu pai é um homem muito rígido. Desde criança ele sempre foi muito exigente comigo. E se eu fizer alguma coisa que ele não aprove, serei punido por isso. Ele quer que eu seja exatamente como ele. Mas, não tenho certeza se posso.- Ele sentiu as lágrimas brotando em seus olhos e rapidamente as enxugou.

Harry olhou para ele e percebeu algo que ele não tinha antes. No pulso esquerdo de Draco havia uma tatuagem de duas cobras e um crânio.

Harry respirou fundo e caminhou até ele. -Draco. Me escute. Você não é seu pai. É a sua vida. Não a dele. Ele não pode forçá-lo a ser algo que você não é.

-Mas e se eu acabar como ele?- Draco perguntou, olhando para as estrelas. -O que eu faço então?

-Você não vai acabar como seu pai.- Harry o assegurou. -Além disso, eu não vou deixar você.- Ele colocou uma mão forte em cima da de Draco e sorriu para ele.

Draco olhou para seu amigo e sorriu também.

Foi quando Harry percebeu algo refletido nos olhos de Draco.

-Veja!- Ele apontou para algo no céu.

-Uma estrela cadente!"-Draco disse, olhando para o objeto em questão. Ele olhou de volta para Harry com entusiasmo. -Devíamos fazer um desejo!-

-Tudo bem então.- Harry concordou. -Vamos ver ... eu desejo que, uma vez que toda essa situação na Sonserina acabar, nós ainda possamos passar um tempo juntos assim. E você?

-Honestamente, eu desejo a mesma coisa.- Draco confessou. -Eu admito, eu gosto da sua companhia e a de seus colegas Grifinórios .

-Até Ron e Hermione?- Harry perguntou.

-Bem, quero dizer, acho que Granger e Weasley realmente não são tão ruins quando você se acostuma com eles.

Harry não pôde deixar de rir disso. Era bom saber que depois que Draco voltasse para a Sonserina, ele não seria tão cruel com eles.

-Obrigado por me trazer aqui, Draco.- Harry disse, apoiando a cabeça no ombro do garoto mais alto.

A ação fez o loiro corar. -Sem problemas.- Ele disse e riu nervosamente e pensou no que deveria dizer a seguir. -Ei, Harry?

-Hmm?- Harry disse, sonolento.

-Eu, hm ... eu acho que devemos voltar para o dormitório e ir para a cama. Não é?

-Também acho.- O garoto moreno bocejou. -Vamos.

Juntos, os dois meninos voltaram para a Casa da Grifinória, com cuidado para não fazer muito barulho.

Enquanto caíam no sono, Draco se perguntou se algum dia seria capaz de dizer a Harry o que realmente sentia por ele.

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Maratona [1/7]

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