41_ Pai?

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Beatriz Reis

Eu abri os olhos lentamente e com dificuldade me encontrando em um quarto completamente branco.

Ah, pronto!

Morri e agora to no céu.

Aqueles arrombados não falaram que eu tava indo pro inferno por causa da minha sexualidade?

CADÊ O CHIFRUDO?

Olhei para o lado e tive a visão do Leonardo com os olhos completamente cheios de lágrimas e com um sorriso maravilhado. Ele tinha alguns machucados na testa, na bochecha e nas mãos. Não eram quase nada demais e já estavam cuidados, oque me deixou aliviada.

- Você finalmente acordou... - Falou baixinho ainda sorrindo. A voz dele era arrastada de sentimentos. Só de escutar a voz dele, eu quase chorei.

Eu soltei um breve e leve sorriso para o Leonardo que segurava a minha mão com carinho. Dei uma olhada pelo quarto branco que eu estava e então notei que era um quarto de hospital.

Esqueçam o céu, eu realmente to indo pro inferno.

Nunca mais eu invento de ler capítulos de fanfic na igreja, eu juro.

Isso nem é importante!

O importante é que o Leonardo conseguiu, ele deu um jeito de me trazer pro hospital.

Então oque foi aquele acidente de carro que eu vi nos meus últimos momentos acordada?

- A Letícia? - Perguntei assustada.

- A polícia ainda não encontrou ela... - Respondeu o Leonardo com um ar desapontado.

- Não foi sua culpa, as ações dela não têm nada a ver com você. - Tentei confortar ele.

- Eu trouxe ela para as nossas vidas. - Retrucou ele se sentindo culpado.

- Você não tinha como adivinhar que ela se tornaria obcecada por você, meu amor... - Expliquei e ele me olhou com um sorriso aliviado.

O Leonardo se aproximou da minha mão levemente e beijou a mesma com carinho.

- Eu li as cartas! - Sorri animada e o Leonardo fez uma careta envergonhada. - Elas estavam incríveis, você fez um ótimo trabalho.

- Se você chama "colocar todos os meus sentimentos em um papel" de "um ótimo trabalho", então eu acho que a única pessoa que eu tenho que agradecer aqui, é você. - Sorriu genuinamente e eu devolvi o sorriso.

- Cadê o resto do pessoal? - Questionei confusa e preocupada.

- A Ana e o Pietro pediram pra chamar eles assim que você acordasse porque eles tinham que ficar em casa, limpando tudo. Já o resto do pessoal, tá lá fora no corredor, provavelmente chorando ou impedindo a Helena de se jogar da janela pela 10ª vez. - Explicou e eu assenti com um sorriso.

- Você pode chamar um por um? - Pedi e o Leonardo assentiu sorrindo.

Ele se levantou do sofá que ficava do lado da minha cama e caminhou até à porta. Abrindo a porta, o Leonardo fez uma cara de espanto ao ver quem estava do outro lado dela. Sem esperar, a pessoa do outro lado da porta entrou no quarto e fechou a porta atrás dela sem se importar.

- Oque... - Tentou falar o Leonardo em choque ao encarar o homem que estava na nossa frente.

- Traficante mafioso? - Perguntei confusa interrompendo o Leonardo e o moço sorriu divertido.

- Você pode me chamar de Rossell. - Se sentou na poltrona do outro lado da minha cama e eu olhei pra ele confusa.

- Eu to tão confuso. - Contou o Leonardo encarando o traficante.

- E eu to aqui pra esclarecer as dúvidas de vocês. - Sorriu simpático o mafioso.

- Oque você tem pra contar pra gente, traficante? - Sorri.

- Bom, pra começar, vocês não precisam se preocupar mais com a garota que atirou em você, o meu pessoal já está tratando dela. - Falou com a cara séria e eu encarei ele assustada.

Eu acho melhor não fazer muitas perguntas sobre isso...

- Quando que a minha vida se tornou um romance mafioso? - Perguntei confusa e o traficante gargalhou.

- Desde que você atendeu a minha ligação da prisão. - Confessou e eu soltei um sorriso surpreso.

- Moço legal da prisão? - Ri desacreditada.

- Eu acho que eu ainda to alucinando por causa do acidente. - Contou o Leonardo completamente viajando.

- Pequena garota, eu não tenho muito pra te contar. Apenas tenho que admitir que você brilha. - Sorriu.

- Oque você quer dizer com isso?

Acho que os meus produtos Ivone finalmente tão resultando, vou agir normalmente pra ninguém suspeitar de nada.

- Você não consegue se esconder, quando nasceu pra se destacar.

Eu sorri ouvindo aquilo e o moço legal da prisão sorriu de volta se levantando.

- Aonde você tá indo? - Perguntei confusa.

- Eu apenas tinha que te passar a informação sobre a garota que atirou em você, te contar quem eu sou, te agradecer e ah, não se preocupa com um cara que se chama Louis, ele tava na prisão comigo e ele nunca mais vai pensar em te incomodar. - Piscou pra mim e eu encarei ele com cara de bunda.

Dei uma breve olhada para o Leonardo que encarava o moço legal da prisão completamente confuso e com uma cara de bunda maior que a minha.

- Eu ainda quero ver aquelas fanfics que você me falou sobre. - Lembrou o traficante com um sorriso e eu soltei um leve sorriso.

Antes que eu pudesse responder, a gente ouviu a porta do quarto se abrir violentamente e gritos familiares preencherem o espaço.

- Isso daqui é um absurdo! Como eles deixam entrar até um desconhecido antes de mim? - Gritou o velho homem indignado e eu olhei completamente surpresa para o mesmo.

- Pai?

continua...

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maratona né?

qnd bater 4444 comentários eu posto o próximo cap ainda hj;)

Meu Melhor Amigo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora