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Quando cheguei na escola no dia seguinte, pude ver Dulce me esperando em frente ao meu armário. Ela sorriu ao me ver e eu a abracei. 

— Bom dia. — Sorri. 

— Bom dia, Any — Ela disse e me olhou — Acordou animada hoje, né?  

— Muito. — Abri meu armário para pegar minhas coisas e Dulce me olhou desconfiada. 

— O que você está aprontando? Você deu na noite passada?

— Não! Infelizmente… — Fiz bico e ela riu — Só digamos que Alfonso me deve uma aposta. 

— Como assim? — Ela me olhou confusa. 

— Apostamos uma vez que ele ia acabar ficando comigo e ele disse que não. Disse também que não era de perder apostas. 

— E apostaram o que?

— Deixamos para escolher quando um de nós ganhasse e bem, eu ganhei. 

— Nem vou perguntar o que você quer porque eu já sei. 

Olhei-a com um sorriso presunçoso nos lábios e nós rimos. Após eu trancar meu armário, fomos para a sala, a primeira aula seria dele. Ele ainda não tinha visto minha mensagem e eu não sabia se isso era bom ou ruim. 

Sentamos em nossos lugares e conversamos sobre aleatoriedades até o sinal bater e o professor entrar na sala. Alfonso me olhou assim que entrou, mas desviou o olhar rapidamente colocando a bolsa sobre a mesa. 

— Bom dia, pessoal. Espero que estejam animados para estudar. Semana que vem teremos uma prova e hoje eu darei um trabalho para vocês estudarem, mas quero que comecem a fazer aqui. Tudo bem?

— Sim — A maioria respondeu. 

— Ótimo. — Ele foi até a lousa e escreveu como seria o trabalho e depois explicou como ele queria. 

Quando terminou, sentou-se em sua cadeira e pegou seu celular. Tentei não observá-lo, mas se ele abrisse minha mensagem, eu queria muito ver sua reação. Ele arregalou os olhos e após morder os lábios, me olhou discretamente, tentei evitar um sorriso, mas foi impossível. Abaixei a cabeça para que ele não me visse sorrindo e quando ergui novamente para olha-lo, ele digitava algo no celular enquanto sorria. 

Será que ele estava me respondendo? 

Merda, eu queria muito pegar meu celular agora para ver sua resposta. Se ele realmente me respondeu. Porém, o homem que estava sorrindo agora, é o mesmo professor chato que proibiu celulares na sala e não acho que só porque o beijei e recebi um oral dele quer dizer que tenho liberdade para pegar meu celular assim. Não mesmo. 

Mas eu sou tão curiosa, merda. 

— Professor? — Levantei a mão e ele me olhou surpreso, porém, já estava sério novamente. 

— Sim? 

— Estou com dor de cabeça, posso sair para tomar remédio? 

Ele me olhou por alguns minutos e pareceu reprimir um sorriso. Seus olhos brilhavam e eu não pude deixar de lembrar quando ele disse que queria me foder aqui mesmo. Será que ele também estava pensando o mesmo?

Certo, Anahí, pare já ou você vai criar situações picantes demais em sua cabeça. Péssima ideia ficar excitada em uma segunda. 

— Pode. — Ele mordeu o lábio e eu assenti. Peguei uma cartela de remédio que eu tinha na bolsa, me levantei e saí rapidamente dali após aquela pequena – grande – tensão sexual. 

Corri até o banheiro e entrei na primeira cabine livre, peguei meu celular e abri rapidamente sua resposta. 

Meu Deus! 

Crazy for you | PONNYOnde histórias criam vida. Descubra agora