Crazy for you | PONNY

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Eu estava extremamente nervosa quando cheguei ao apartamento de Alfonso com ele. Como se estivesse lendo meus pensamentos, ele pegou minha mão e beijou minha testa. 

— Ela vai amar você. — Ele disse quando já estávamos no elevador. 

— Espero que sim. — Mordi meu lábio. 

Saímos do elevador e ele pegou a chave em seu bolso para abrir a porta. Entramos e ela não estava na sala, esperei que ele trancasse a porta e o segui até a cozinha. 

Ela estava arrumando a coisinha que, na minha opinião, já estava perfeitamente arrumada. Porém, Alfonso disse que ela gostava de arrumar as coisas mesmo que não estivessem bagunçadas. 

— Oi, mãe. — Ele disse, anunciando que estávamos ali. Ela se virou e sorriu para nós. 

— Oi, filho. Oi, Anahí! — Ela veio até onde estávamos e me abraçou com um grande sorriso nos lábios — Estou muito feliz de te conhecer, Alfonso falou muito de você! 

— Espero que bem! — Eu disse brincalhona. 

— Como se eu tivesse o que dizer de ruim, né. — Ele disse sorrindo e eu tive vontade de agarrá-lo. Entretanto, a mãe dele ainda estava ali, não podia esquecer. 

— Com certeza, só coisas boas. Quando ele disse que você era linda, não tinha imaginado que seria tanto! Ele não quis me mostrar fotos suas. 

— Muito obrigada! — Sorri, mas como a maioria das pessoas, nunca fui boa em lidar com elogios. 

— Vamos para a sala conversar um pouco — Ruth disse animada. 

A seguimos até a sala, eu e Alfonso sentamos em um sofá e ela em outro. Ele já havia comentado o quanto a mãe dele cobrava que ele encontrasse alguém. Por isso era totalmente perceptível o quão feliz ela estava. 

— O que você faz? — Ela perguntou. 

— Estou estudando administração — Sorri.

— Você dá aula para ela, Alfonso? 

— Nos conhecemos antes disso, mãe — Ele mentiu. 

— Mas sabemos diferenciar as coisas. 

— Está tudo bem, eu já namorei um professor meu. No meu caso não deu certo, mas foi tranquilo. — Ela disse dando de ombros. 

Olhei para Alfonso que estava com os olhos arregalados e não pude evitar rir. 

— O que foi, filho? Eu tive outros namorados antes do seu pai, nada demais.

— Tudo bem, mãe! 

Ruth me fez outras perguntas e conversamos sobre vários assuntos. Era ainda mais legal pois Alfonso também conversava com a gente, dava para ver nos olhos dele o quanto ele admirava sua mãe e todo o carinho que tinha por ela. Da mesma forma que era perceptível que ela tinha muito orgulho dele. 

Ela contou sobre a época que o pai de Alfonso foi embora e como isso a machucou, que por um momento ela não sabia o que fazer, mas ele em seus oito anos de idade disse que iria cuidar dela e que nunca a abandonaria. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ela contava o quanto Alfonso foi protetor e cuidava de tudo. Um anjo em sua vida, palavras usadas por ela mesma. 

De fato, era uma história que mexia comigo e me deixava ainda mais orgulhosa do meu namorado. Ele era uma pessoa ainda mais incrível do que eu já considerava e isso me fazia o admirar ainda mais. 

A tarde passou mais rápido do que eu imaginava e toda o nervosismo que eu estava sentindo, passou nos primeiros cinco minutos em que eu estava com ela. Ruth era uma mulher muito engraçada e animada. Alfonso teve a quem puxar.