Nove

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"O ódio é uma coisa fácil e fútil.
o amor exige um esforço
que todo mundo conhece,
mas ao qual nem todo
mundo está disposto."

Candace Beaumont

— Vocês se beijaram?! – Amber comemorou feito uma idiota enquando Dylan me encarava, mas não consegui decifrar sua expressão.

— Sim. – rolei os olhos.

Grande coisa.

— E como foi? – Dylan perguntou me olhando.

Estávamos os três no meu quarto, conversando sobre a quase festa.
Amber estava ultra emocionada por ter, mais uma vez passado a noite com Samuel.

Dylan por outro lado reclamava de não ter ficado com ninguém, dramático.

— Legal – dei os ombros tentando permanecer indiferente.

Sendo que meu corpo vibrava apenas de lembrar do beijo, que foi... intenso? Sei lá. Foi bom.

— Legal? Isso não é um bom adjetivo para definir um beijo, Candy.

— Você mesma disse uma vez... Que depende do beijo pra saber se o sexo também é bom. – Dylan falou me encarando e eu senti minhas bochechas queimarem.

Tentei abrir a boca pra falar algo mas nada vinha em mente.

Com certeza transar com ele deve ser... quente.

— Bochechas vermelhas? Hm. – Ele debochou e eu rolei os olhos.

— Teve direito a mão no pescoço e na bunda. – murmurei e Amber começou a bater várias palmas seguidas.

— E o que mais? – Dylan perguntou.

Droga.

— Eu percebi que vocês dois sumiram. – Ele deu os ombros. – Se não quiser falar tudo bem.

— Nós só conversamos. — expliquei e ele sorriu.

— Boas horas de conversa. – Amber continuou sorrindo feito um idiota.

Foram várias horas, só percebi isso quando o dia estava amanhecendo. Foi tão estranho...
Ouvimos músicas, assistimos vídeos idiotas, bebemos algumas cervejas que Nathan trouxe com ele quando apareceu no quarto. Pra ser sincera, foi muito divertido, apesar de ter sido incomum, certamente bem incomum.

— Por que Emma não veio? – Dylan fugiu totalmente do assunto e eu agradeci mentalmente.

— E você já viu ela sair pra algo que não seja estudar? – Amber o encarou.

— Se vocês tivessem dito algo pra mim, teria convidado ela, mas eu sequer sabia que iria rolar alguma coisa.

— Casa liberada? Era óbvio que algo iria rolar. Se dependesse de Alexis teria acontecido a melhor festa do ano.

— E logo depois o melhor velório do ano, porque meu pai mataria nós dois. – Falei tranquila e os dois gargalharam.

— E hoje?

— Hoje nada. – Amber deu os braços entendiada.

— Precisamos marcar algo pra essa semana... Um cinema, qualquer coisa. – Dylan murmurou desanimado.

— Saudades da escola? – interroguei e ele soltou um risada abafada.

— Nunca – Ele balançou a cabeça negativamente.

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