Sessenta e três

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"Você merece
quem te ame
mas antes, tire da cabeça a ideia de que
a "peessoa certa" não irá te machucar.
ela vai te amar, mas também irá errar como qualquer outra.
A diferença é que ela
estará disposta a consertar."

Candace Beaumont

terça-feira, 19h21

A incerteza do que iria acontecer no futuro era algo sufocante, mas ao mesmo tempo era como se eu tivesse quase certeza do que me aguardava, sentia que seria algo grandioso... Eu tentava de toda forma focar apenas nisso.

Focar nele e o quanto esse tempo juntos me fez bem.

Era inevitável não desejar que aquele dia durasse mais, mas infelizmente os momentos com ele estavam chegando ao fim.

E todas as sensações boas começavam a ser substituídas por uma sensação sufocante, audaciosa e horrível, além de ser incontrolável. 

Nathan parecia tranquilo parado na minha frente, apesar de que eu achar que ele merecia uma decisão minha naquele momento. 

Ele sorriu de lado ao pegar em minha mão, automaticamente nossos dedos se entrelaçaram e meus olhos procuraram pelos seus, em um forma de buscar um refúgio.

Abri minha boca algumas vezes seguidas, e antes que eu sobesse o que dizer...

— Sobre o que eu falei... Sobre você ir pra Ottawa comigo — murmurou, me fazendo desviar o olhar.

— Eu...

— Não precisa falar nada. — afirmou — Eu não vou te pressionar, se você não está pronta ou apenas precisa de um tempo pra pensar, não tem problema. Eu não vou te pressionar. 

Seus olhos tão fixos nos meus que ele parecia estar tentando enxergar a minha alma, ou ler meus pensamentos.

Enquanto eu só conseguia pensar que... Não queria magoá-lo, de forma alguma.

Mas precisava ser realista, eu não podia me forçar a fazer algo que ainda não me sentia pronta, e essa era a melhor forma de não magoá-lo. Essa era a melhor forma de não destruir nós dois mais uma vez, e sabia que deveria fazer o possível para evitar isso, ou eu cairia e um buraco que sabia que não seria mais possível sair.

No fundo eu sentia vontade de me jogar de cabeça, de fazer tudo que ele estava propondo, mas... Preciso fazer as coisas com calma, minhas atitudes não podem mais serem impensadas dessa maneira.

— Sei que você ainda não está curada — apoiou a mão levemente em minha bochecha.

Podia sentir sua respiração um pouco agitada batendo contra meu rosto, seu olhar não abandonava o meu. E por mais que as coisas não estivessem perfeitas, sentia meu corpo esquentar apenas por ele ser tão incrível e compreensivo comigo.

— É... — murmurei fechando os olhos.

Engoli seco enquanto a ponta dos seus dedos fazia carinho leve em meu rosto, e ele esboçava um leve sorriso ladino ao encarar meus olhos.

Nathan deu um pequeno passo, que fez seu corpo ficar mais próximo do meu. Fazendo minha respiração ficar mais agitada rapidamente.

Fechei os olhos na tentativa de tentar controlar toda e qualquer reação que meu corpo ousasse em esboçar.

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